LXXXIV- Prisão noturna

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Cai a noite lentamente
E meu coração se entristece progressivamente;

Os vaga-lumes se perdem pelo jardim
E eu tento encontrar meu rumo na escuridão
Mas meus passos estão presos ao chão

E cada estrela é uma lágrima a se dissipar pela terra

Só peço que me tire dessa prisão
As paredes se fecham ao meu redor
E o céu parece se distanciar,
A correr para longe de mim

Só peço que me tire dessa prisão
Quando o medo é tudo o que tenho
E o decorrer da madrugada me assola
A lua de repente se apaga

E os monstros começam a surgir
Arrastam-me para as profundezas do mar negro

Salve-me...

Salve-me...

Apenas peço que me salve

O ar se esvai

O mundo ruiu aos meus pés

Só peço que tire dessa prisão;
Leve-me ao céu infinito
Que trará a cura para libertar o meu coração.

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