O grande dia

291 61 87
                                    

Chegou o grande dia, ansiedade tomava conta do meu corpo, minha respiração já estava ofegante e ainda era de manhã, em meu computador só tinha pesquisas sobre o manicômio, já tinha encontrandoe o blog de um rapaz que por sorte conseguiu sair a tempo, o mesmo pediu para não ser identificado mas autorizou que eu escreve-se o que ele passou lá:

- As cinco horas da manhã eles nós acordavam com baldes de água fria, era proibido escovar os dentes, livros, chinelos, presentes ou qualquer outra coisa que nossos familiares traziam eles recolhiam quando acabava o horário de visita, eles pouco se importavam com a gente, eu passei três dias e três noites sem comida só tomando os malditos remédios que me obrigavam, éramos os brinquedos deles, eles obrigavam a gente entrar no último dormitório que ficava no segundo andar só para praticar relações sexuais com outros pacientes do mesmo sexo, enquanto estávamos sofrendo eles davam gargalhadas, malditos médicos não esperavam por isso, segunda feira eles levaram dois pacientes para esse dormitório ao chegar lá eles fechavam a porta e obrigava os pacientes a praticar relações sexuais um com o outro, o rapaz tão atordoado com essa situação pegou impulso e se jogou pela janela, eu estava sentado no pátio quando ouvi um barulho muito alto, rapidamente o pátio encheu de funcionários, um tumulto se formou, acabou que colocaram todos os pacientes em seus dormitórios, não sei como a morte desse paciente não vazou na mídia mas estou aqui para contar o que acontecia lá dentro.

Já era noite e eu precisava entrar naquele lugar, algo em mim dizia que eu não deveria fazer isso mas eu sempre fui teimoso, chamei o Clarencio e o Zito mas éramos poucos precisava de mais gente então chamei minha namorada e um amigo dela, Luana e Matheus, parecia que eu sabia que pelo menos duas pessoas iriam ficar com medo, já estávamos a caminho, da casa do Clarencio até o manicômio era mais ou menos cinco minutos andando, fizemos uma parada, conferimos as mochilas, sincronizamos os relógios e continuamos em direção ao manicômio, chegamos exatamente meia noite nem um segundo a mais nem um a menos, esse era o horário perfeito a rua estava vazia, já parados em frente ao portão era impossível não demonstrar o nervosismo, um portão alto enferrujados e pontiagudo com grades um pouco menores, fiquei uns dez minutos analisando uma forma de entrar, era quase impossível um paciente conseguir sair e alguém conseguir entrar, cheguei bem perto do portão e notei alguns sinais de arrombamento, tomei coragem e pulei o muro, Zito optou por fica vigiando do lado de fora e Luana ficou com ele, já no pátio eu aguardava o Clarencio e o Matheus pularem o muro, as energias daquele lugar não eram boas, o medo tomava conta de mim, Clarencio e Matheus conseguiram pular e então iniciamos a busca, estávamos no pátio como eu havia dito, tinha uma mesa de sinuca centralizada e logo a esquerda uma escadaria que conduzia até uma sala, não deu muito bem para identificar se era um consultório ou a sala de administração, nessa sala encontrei um monte de fichas de pacientes que por ali passaram, recolhi algumas e desci, fui até a grade e as entreguei ao Zito, de volta ao pátio continuamos do lado esquerdo a segunda porta havia uma grade igual aquelas do refeitório da escola, entramos e só havia uma bicicleta, até hoje me pergunto o que aquela bicicleta estava fazendo ali, saímos da cozinha e novamente estávamos no pátio ao nosso lado direito estava uma a cappella que irie falar sobre no próximo capítulo, a nossa frente havia outra escadaria mas essa era diferente era estreita é bem inclinada não havia iluminação pois esquecemos as lanternas e quando finalmente tomamos coragem para entrar escutamos um barulho e pela porta um bando de morcegos que parecia não ter fim, a luz da lua rapidamente se escondeu atrás das nuvens, devagar e em fila indiana subimos e a cada degrau ficava mais estreito, quase engatinhando chegamos ao quarto, era horrível, tinha um cheiro que não dá pra descrever e umas camisas de força manchadas, havia também correntes chumbadas a parede e ao canto um pequeno colchão ortopédico na cor azul e nas paredes marcas, não sou nenhum especialista ou CSI mas pareciam-me marcas de unhas, ao sair daquele cômodo entraríamos na a cappella e nesse momento fomos surpreendidos por um vulto na janela da a cappella.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 04, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O ManicômioOnde histórias criam vida. Descubra agora