Capítulo 37

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Pov. Gabriel

Não tenho ideia de quanto tempo se passou. Aperto as minhas mãos em punho numa tentativa me acalmar. Tenho certeza de que Brenda está envolvida. Alexia não pode ser tão desastrada a ponto de cair. Vou averiguar tudo o que aconteceu e se a minha prima tiver envolvida, ela vai pagar pelo o que fez.

Ela pode se meter comigo, mas com minha mulher e meus filhos, isso está fora dos limites. Nunca me senti tão aterrorizado como agora. Tudo o que eu quero é vê-la e dizer que tudo vai ficar bem.

Manterei Alexia longe da minha família. Vou renunciar a maldita herança se for necessário, mas a única coisa que eu desejo é ter ela e meus filhos.

Limpo as minhas lágrimas quando vejo Brandon colocar uma mão no meu ombro.

- “Amigo, vai ficar tudo bem.”

- “Eu nunca deveria ter levado ela para aquele inferno. Nós estávamos muito bem.”

- “Você deve ser forte, ela precisa de você.”

Se passaram duas horas e por um momento penso que vou ficar louco. Preciso vê-la.

Enfim o médico resolveu fazer o ato de sua presença e pede para que eu entre no quarto da emergência.

Meu peito dói quando eu vejo a minha mulher soluçando e tão angustiada.

- “Gabriel” - ela sussurra.

Eu me aproximo dela e deixo vários beijos em seu rosto. Limpo suas lágrimas e Alexia me presenteia com um pequeno sorriso.

- “Estou aqui.”

- “Conseguimos parar a hemorragia, senhor.”

Eu suspiro aliviado.

- “Isso significa que eles estão bem?” - minha esposa pergunta olhando para o doutor.

- “Sim, os gêmeos estão bem” - o doutor sorri. - “Sua esposa precisa ficar de repouso por pelo menos um mês. Sua gravidez é de muito risco e você teve sorte de não ter perdido eles.”

Alexia cai no choro e eu sussurro palavras tranquiliza-la.

- “Obrigada Doutor, posso levá-la para casa, ela vai ficar mais confortável lá?” - eu pergunto.

Ele assente.

- "Mas é claro.”

Sem dizer mais nada, o médico nos deixa sozinhos. Eu deito na cama e a abraço com força. Eu digo a ela que tudo vai ficar bem e que nos vamos conversar sobre o acontecido quando sairmos do hospital.

Ela levanta o seu rosto e da para ver que ela está tão pálida. Seus olhos verdes estão vermelhos de tanto chorar.

- “Gabriel, eu já não quero ver de novo a sua família.”

Eu aperto a sua mão e assinto. Eu não posso culpá-la. Eles foram uns bastardos com ela e tão pouco permitirei que eles voltem a machucá-la. Muito menos que conheçam os meus filhos.

- “Está bem amor, será como você quiser, tudo bem?”

Aproximo os seus lábios dos meus e a beijo lentamente. Minha mão acaricia a sua barriga onde estão os nossos bebês e agradeço a Deus por me dar uma outra oportunidade de ser feliz.

- "Te amo” - ela sussurra e uma lágrima escorre por sua bochecha.

Ela apoia a sua cabeça em meu peito e entrelaça os nossos dedos.

- “Eu também te amo, amor. E não vou permitir que mãos ninguém te machuque nunca mais.”

- “Eu sei” - ela sussurra. - “Eu confio em você, Gabriel.”

Um nó se instala em minha garganta e abraço ela com mais força.

Eu peço a Deus para não perdê-la quando ela descobrir a verdade.

Um Verdadeiro Amor (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora