Capítulo 48

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Pov. Alexia

Por fim chego no lugar onde Liza me indicou. É um velho caís próximo do mar e tudo está muito isolado.

Um calafrio percorreu o meu corpo e abraço a minha barriga.

Minhas suspeitas são confirmadas; está louca trama algo, ela atentará contra a minha vida. Graças a Deus, Gabriel está perto com uma equipe policial.

Sinto um chute na minha barriga e sorrio enquanto uma lágrima desliza por minha bochecha. É como se os bebês me pedissem para retroceder. Porque Liza me odeia tanto?

Há um barco longe e vejo Liza fazendo um sinal para que eu me aproxime. Deus, essa mulher me dá medo.

- “Amor, estaremos próximo, fica tranquila. Qualquer coisa, você só precisa gritar.” - Gabriel diz através de um fone de ouvido conectado na minha orelha.

- “Tá bom, te amo. Obrigado por confiar em mim”

- “Tudo vai acabar logo, amor. Se cuida.”

Me aproximo do barco velho com a maleta em minha mão e me tenso quando Lisa me oferece sua mão para me ajudar a subir. O barco está amarrado com força no caís e examino cada parte me perguntando se a sua ideia é me jogar no mar.

- “Mamãe..." - eu digo.

Ela me abraça com força e cada parte de mim está tremendo.

- “Você esta grávida?”

- “Sim” - eu falo me afastando. - “Quatro meses.”

Ela me olha com esse sorriso malicioso que eu sempre odiei.

- “Você veio sozinha?”

Eu engulo saliva.

- “Sim” - eu minto.

- “Me entrega o dinheiro.”

Eu entrego a maleta com o dinheiro e ela olha com os olhos brilhantes.

- “Ah querida Alex, você sempre foi tão ingênua.”

Espero que Gabriel esteja perto.

- “Do que você está falando?” - eu balbucio. - “Como Gregório morreu?”

Seu rosto adquiri uma expressão escura e solta uma gargalhada.

- “Eu o matei e agora você se juntará a ele.”

Dou um passo para trás e cada parte de mim se tensa quando vejo uma mulher loira sair de dentro do barco. Brenda veste um vestido azul e suas mãos estão com luvas de látex.

- “O que você faz aqui?”

Ela e Liza compartilham um olhar e logo começaram a rir.

- “Vejo que os seus bebês não morreram com aquela queda. Você está uma grávida radiante.” - Brenda diz.

Aperto as minhas mãos em punhos.

- “Você se juntou com essa louca para me machucar, mamãe?”

Liza encolhe os ombros parecendo aborrecida.

- “Você não é a minha filha, sua estúpida. Se você fosse, você acha que eu estaria fazendo isso? Você sempre me deu nojo e me encarreguei de arruinar sua vida a cada puto segundo.”

Nem sequer suas palavras me surpreendem.

- “Você é tão cruel.”

- “Gregório também não era o seu pai. Ele é o seu tio, sua verdadeira mãe é a sua irmã. A pobre estúpida se apaixonou por um imbecil que foi para a guerra e nunca voltou.”

Uma lágrima desliza por minha bochecha.

- “Onde ela está?”

Liza parece está se divertindo muito.

- “Ela morreu quando te deu a luz. Você está sozinha Alexia. Vai morrer sozinha.”

Não podia acreditar em tudo isso. Liza é tão monstruosa. O que eu fiz para merecer isso? Quem dera Gabriel estivesse próximo.

- “Vocês não vão se sair ilesas nessa” - eu olho para Brenda e sorrio. - “Gabriel me ama e eu terei os seus filhos. Vive com isso, sua cachorra ressentida.”

Ela me olha com fúria e depois me dá um soco na cara. Ela tenta bater na minha barriga, mas eu dou um chute na sua costela. Liza me puxa pelo cabelo e começo a gritar.

- “Gabriel será só meu” - Brenda grita. - “Você jamais será feliz com ele, entendeu?”

Eu rio com ironia.

- “Ele jamais te perdoará quando souber disso. Você é uma louca, Brenda. Não se pode forçar o amor, entenda isso!”

- “SUA PIRANHA!” - Brenda grita descontrolada.

Ela tenta me bater de novo, mas escuto o som das sirenes. A lancha da polícia se aproxima e eu sorrio feliz quando vejo Gabriel.

- “FBI!” grita a polícia através do megafone.

Liza me olha com ódio e me dá uma bofetada.

- “Maldita, como você pode me trapacear?”

Ela tenta se jogar na água, mas alguns tiros no ar a deteve. Brenda tentou me apunhalar, mas o balanço do barco arruína o plano e ela cai no chão. Como puderam chegar tão longe?

Estou chorando quando Gabriel enfim sobe no barco e me abraça com força.

- “Você foi muito valente.” - Gabriel também está tremendo enquanto me abraça.  -“Estou aqui, amor.”

- “Gabriel...ela não é a minha mãe” - eu soluço.

Ele beija o meu cabelo e se agarra ao meu corpo.

- “Não quero ser cruel, mas me alegro que ela não seja. Essa mulher não merece que alguém tão maravilhosa como você leve o seu sangue.”

Vejo Liza e Brenda ser presa pelos policiais. Gabriel olha com repulsa para a sua prima.

- “Você chegou muito longe, Brenda.”

A desgraçada só ri.

- “Espero que você apodreça no inferno, Gabriel.”

Gabriel sorri.

- “E você tenha uma boa vida na cadeia, Brenda.”

Vejo como levam a mulher que me criou. Seus olhos me olham com ódio a todo momento. Como pode caber tanta maldade em uma pessoa só?

Graças a Deus tudo saiu bem e a minha melhor vingança será ser feliz junto a minha família.

Um Verdadeiro Amor (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora