Jantar com desconhecidos

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Olar! Acharam que por ser copa não iria ter capítulo novo? Pois aqui estou eu para quebrar com essa história.

Com menos de uma hora para o jogo do Brasel, deixo vocês com a história que vocês tanto amam (Espero eu).

Chega de papo. 





Seus cabelos estão brilhando conforme a luz da lua bate em suas mexas castanhas. Seu sorriso é preguiçoso, quando ele me pega observando-o. Sorrio de volta no silêncio do meu quarto, enquanto minhas pernas estão envolvidas nas suas, minha cabeça em seu peito e seus dedos massageando meu coro cabeludo.

-Eu poderia ficar assim para sempre. - Ele dispara lentamente como se lesse meus pensamentos. Volto a encarar seu peito e fecho os olhos, quando algo ataca minha mente feliz.

-Porque você não ficou bravo quando me viu com meu chefe? - Um novo sorriso aparece em sua boca e eu espero ansiosa para saber sua resposta. Lentamente seus olhos se abrem, e sinto uma vontade enlouquecedoura de beijá-lo, mas antes preciso de informações.

-Eu fiquei bravo. - Fico em silêncio esperando por mais, o que ele entende e continua. - Mas eu fiquei bravo comigo mesmo. - Sinto minha testa franzir.

-Porque?

-Porque pelo meu passado, eu achei que havia te perdido. - Suas palavras atingem tão forte o meu coração, que coloco minha cabeça novamente em seu peito para esconder as lágrimas em meus olhos.

-Você nunca me perderia. - Sinto seus dedos em meu cabelo de novo, o que faz com que uma lágrima derrame em seu peito, onde localiza uma das borboletas.

-Quando te vi com ele, senti que você havia feito sua escolha. Algo em mim foi destruido, então voltei para casa, precisando apenas ficar longe. Porém, quando cheguei, dei por mim que estava na cozinha, de frente para a gaveta das facas. - Sua declaração faz com que meus olhos voltem a fitá-lo, enquanto sua mão desce do meu cabelo, pousando nas minhas costas.

-Eu pensava "Porque não? O que eu tinha a perder?" mas naquele momento, sua expressão de dor naquele dia, quando me encontrou, fez com que eu fechasse a gaveta e apenas me isolasse. - Um de seus dedos, passam pela minha bochecha, limpando a lágrima que desceu sem eu mesma perceber. - Fui para o quarto de segurança, e fiquei lá.

-O que tem nesse quarto de segurança? - Minha voz sai mais firme quando questiono.

-Existe câmeras dispostas sempre que o seu apartamento é sinalizado no elevador. E foi lá que eu te vi. - Ele coloca o sorriso mais brilhante em seus lábios, fazendo com que seus dentes apareçam. - Foi então que eu entendi, pelo seu olhar, que você estava voltando para mim...

-Eu não estava voltando, porque simplismente, eu nunca fui embora. - Sorrio com a minha declaração, o que ele reage tampando minha boca com a sua. Um grunido sai de minha, pois finalmente, meu desejo estava sendo atentido.

-Anastasia? - Ele pergunta depois de algum tempo. Estamos em silêncio á alguns minutos e me surpreende que ele não esteja dormindo. - Está acordada? - Algo diz para que eu ficasse em silêncio, e eu aceito, não tendo mais forças para lutar contra a sonolência.

-Eu acho que... Acho que eu te amo.

Meus olhos apenas se apagam depois dessa declaração, mas sei que ele sabia que eu havia escutado. Ele sentiu meu coração disparar como resposta.

Sou acordada por algo delicioso.

O cheiro de café inundava o quarto, e algo como ovos e bacon. Talvez panquecas também?

Just one more nightDonde viven las historias. Descúbrelo ahora