Boa amiga

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Lágrimas não paravam de escorrer pelo meu rosto e pela primeira vez desde que acordei nessa manhã e entrei neste colégio na expectativa de seguir de acordo com a minha rotina, meu coração chora de alegria. De gratidão.

— Você viu? Viu o que aconteceu, Ema? Deus nos protegeu!

Os braços de Olivia estão ao redor da minha cintura, segurando todo o meu peso.

Afastei meu rosto do seu ombro para olhar em seus olhos, sem dar a mínima por estar tão perto de seu rosto.

Seus olhos se encharcaram de alegria, sendo expressa por lágrimas e sorrisos.

— Deus está conosco. — digo entre o choro.

A forma pela qual Ele nos salvou foi surpreendente. Já vi milagres acontecendo, já ouvi testemunho de pessoas sendo curadas, mas nunca passei por coisa parecida. Era como se estivéssemos realmente invisíveis e por incrível que pareça, nem Erin pareceu notar a nossa presença. Se alguém me contasse algo parecido, chamaria de louco.

Olivia reforça o aperto de seus braços ao redor da minha cintura, demonstrando o seu cansaço por estar me carregando.

Já não havia mais ninguém na biblioteca, todos foram correndo salvar sua própria vida.

De certa forma, Deus mostrou que não estamos abandonadas. — Que eu não preciso me sentir abandonada—, como me senti quando sonhava com o Leão e de repente não o encontrava mais.

Eu choro mais um pouco. Choro porque Ele é Lindo, por que Ele é Deus e não tem vergonha de mostrar seu Amor por mim.

Todas essas semanas, Ele não estava em buscar de mostra que tem alguma coisa comigo, Ele só queria mostrar que tem tudo a ver com Ele! Ele só queria mostrar quem Ele é de fato para que eu não tema. Mostrando também o quão importante eu sou.

Minhas mãos correram para secar as lágrimas de Olivia. Apesar de tudo isso que acabara de acontecer.

— Temos que ir embora.

Seus olhos correram para minha perna, voltando a me relembrar sobre o meu machucado. Então, sinto uma forte picada e ardência na ferida, que me faz soltar uma exclamação contra a dor.

Posso sentir o corpo de Olivia se contrair.

Ela desvia os olhos, engolindo sua saliva com dificuldade.

— Vamos.

Com grande dificuldade, escorrego meu braço sobre seus ombros e recaio o meu peso sobre seu corpo, fazendo com que milagrosamente eu use minha perna intacta para andar e dividir injustamente o meu peso.

Os nossos passos eram lentos e me odiei por isso.

Maldita hora que eu levei esse tiro!

Não deveria ter ido atrás de Juliene, eu poderia conversa com ela quando estivesse mais calma. Naquela hora, apenas existia magoa de ambas as parte. Eu sei, fui uma péssima amiga quando concordei em esperar o pai de Juliene contar para ela sobre a sua traição. Juliene não merecia isso, sua mãe não merecia.

Entardecer- Para Salvar Uma VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora