Capítulo vinte e cinco - Sem saída

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             Um mês atrás

    Eu adoro as minhas melhores amigas, mas o fato delas estarem longe de mim me ajuda a estar mais perto de Bratt. Ele sabe que eu estou sozinha aqui, então vai tentar ser meu amigo.

     Eu ligo para Jolene, enquanto fico na frente do bar onde Bratt trabalha. Ela atende no terceiro toque.

     — Então, Soph! Alguma novidade?

     — Eu estou no bar. — Suspiro. — Meus pais acham que eu vou dormir na casa de uma amiga. Você acha que vai resultar?

     — Eu não sei. Você não vai saber se não tentar. Então, desligue o celular, põe o seu charme todo por cima dele e espere que resulte. — Ela diz.

     — Claro que sim. Me deseja sorte!

     — Boa sorte! — Ela desliga.

     Eu entro no bar e a primeira coisa que eu faço é procurar Bratt em todos os cantos. Mas não consigo encontrá-lo. Talvez esteja no banheiro ou em outro lugar.

     Eu me aproximo do balcão e peço whisky ao barman. Não pretendo ficar bêbada. Eu só quero ficar com Bratt.

     — Está sozinha? — Um idiota vem ao meu lado e sorri.

     — Não. O meu namorado está no banheiro. Ele não vai gostar de ver você perto de mim. — Digo.

     — Eu não tenho medo de ninguém. — Ele responde.

     Eu bebo todo o meu whisky e sinto meu peito queimando. Eu não fazia ideia que o saber era esse. Peço mais um copo ao barman.

     — Você vai fingir que não estou aqui? — Ele insiste.

     — Não. Pode sumir da minha frente, se não quer que esse copo... — Mostro o meu copo de whisky. —... vá parar na sua cabeça dura. Vai doer!

     Ele vai embora. Existem homens que não sabem o que significa a palavra "não. Não sei porquê insistem.

     Bebo mais um copo e pago a conta. Entendo porquê as pessoas bebem isso no inverno. É bem quente.

     Eu avisto Bratt, que está saindo de um corredor e senta no balcão um pouco longe de mim. Ele está muito lindo vestindo tudo preto.

     Ele pede uma cerveja e fica olhando para as pessoas distraído. Porquê ele não repara em mim? Quero tanto que saiba que eu existo.

    Ele olha para trás um pouco desconfiado e eu me preparo para me aproximar dele. Só não sei o que fazer. Eu posso dizer para ele que estou apaixonada. Claro que posso, mas eu não vou conseguir fazer isso, então é mais fácil eu fingir que estou bêbada. Eu não estou bêbada, mas também não estou sóbria com esses dois copos de whisky. Eu vejo muitos filmes, então sei o que fazer.

     Ajeito o meu vestido preto e caminho até ele fingindo estar bem bêbada. Espero que ele acredite. Pelo que Jolene me disse, Bratt não lida bem com mentiras.

    Ele olha para mim confuso. Acho que não convenci ele.

     — BRATT! — Eu grito e caio nos seus braços. No lugar que eu sonho estar todas as noites.

     — O que você faz aqui? — Ele pergunta me segurando. Sinto que estou nas nuvens.

     — Eu não sei. Blaire está em Massachusetts com Lambert, Jolene também está com Paul e eu estou sozinha. — Tento falar como um bêbado falaria. Acho que tão boa atriz! A melhor.

Fortemente quebrados Onde histórias criam vida. Descubra agora