Pôr do sol acinzentado

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Jeongguk realmente se manteve ocupado durante a maior parte da semana. Ele às vezes passava no refeitório para me cumprimentar durante os intervalos, mas não tardava em alegar que precisava resolver algo com seu treinador e sair correndo.

Céus, eu sentia falta dele. E, acima de tudo, eu me sentia uma idiota por ter recuado em sua casa.

Como ele se sentiu sobre aquilo? Essa pergunta continuava matutando em minha cabeça.

— Não são os amigos do John? — Hale apontou para os dois garotos sentados numa mesa ao canto do pátio externo.

— São. — balancei a cabeça, tentando afastar meus devaneios e focar-me no presente. — Por quê?

— Eles parecem bem legais. — Maddie replicou por ele.

— A gente não tem amigos homens, não é? Podíamos amigar com eles. — Phoebe sugeriu, animada.

— Fico feliz em saber que sou um duende. — Hale bufou.

— É que você não conta mais, sabe? Você é o nosso Hale. — a loira disse, dando de ombros em seguida.

Hale, anteriormente, não era tão próximo do restante do grupo. Ele tinha seu grupo de amigos estranhos e legais, mas eles acabaram o deixando pouco a pouco, o que fez com que o garoto se aproximasse de mim e, consequentemente, das minhas amigas.

— Vou aceitar como algo bom. — concluiu, mas seu rosto ainda transpassava desconforto.

— Vamos sentar com eles? — Tina indagou. 

— Por que não? — dei de ombros.

— Eles vão pensar que você é uma louca stalker. Jeongguk vai ficar assustado. — Hale ditou.

— Para de loucura. Ele nem está lá. — comecei a caminhar em direção aos garotos, equilibrando a bandeja com meu lanche nas mãos enquanto o fazia.

— Exato. — O mais alto deu de ombros.

— Ah, prontas para fazerem amigos? — Maddie cantarolou.

— Não. — Phoebe retorquiu-a. — Mas vamos, mesmo assim.

Andamos ansiosos até a mesa de Dylan e Peyton, e esses só pareceram nos notar quando sentamos com eles.

— Oi. Queremos ser suas amigas. — Tina disse assim que se acomodou ao lado de Peyton.

— Eu sou a Maddie, elas são Tina, Phoebe e… acho que esses dois vocês já conhecem. — a moreno nos apresentou.

Peyton e Dylan se entreolharam, confusos.

— Eu sou o Peyton. — O loiro voltou-se a nós, sorrindo de forma simpática.

— Dylan. Paz. — o castanho disse, ainda inquieto.

Eu não soube dizer o que diabos estava acontecendo a princípio, mas depois concluí que: eles eram, realmente, legais, apesar de muito tímidos. Peyton era o mais extrovertido; esse guiava as conversas e cuidava para que ninguém ficasse excluído.

Mais tarde naquele dia, quando saí da escola com Maddie e pegamos o ônibus até minha casa para fazermos um trabalho, sentamo-nos ao lado de Dylan.

— Oi, amigo! — lancei-o um sorriso.

— Você mora aqui perto? — Maddie o indagou.

— Oi. — sorriu. Ele tirou os fones que descansavam em seus ouvidos para se dedicar a conversa. — Eu moro perto do parque.

Entre conversas sobre música, nossa cidade e reclamações sobre areia, Dylan acabou deixando de ser o “cara do busão” para se tornar o “amigo do busão”, e eu estava contente com isso.

Estereótipo {Jungkook} Onde histórias criam vida. Descubra agora