7. her son my son.

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- Então a sua mãe é médica?- ela perguntou pra mim enquanto nos caminhávamos pra minha casa.

Hoje é sábado, nos vamos jogar vídeo game.

- É enfermeira, mas é quase o mesmo.

- Ela não vai ligar de eu ir na sua casa na ausência dela?

- De jeito algum, ela vai achar até bom que eu não esteja passando esse tempo todo sozinho.

Chegamos na minha casa as luzes estavam apagadas, sem sinal da minha mãe.

- Vem- chamei ela pra dentro quando abri a porta.

Acendi a luz da sala, eu ia pegar o Dvd do vídeo game, estava ali em algum lugar.

- Oi meu filho, que bom que você chegou antes de eu sa...- minha mãe saiu da cozinha falando mas parou quando viu que eu não estava sozinho.

- Ahn, mãe essa é a al...- fui interrompido.

- Oi, prazer, sou a Alana- ela disse e entendeu a mão pra minha mãe.

- O prazer é todo meu, meu anjo..- minha mãe retribuiu o aperto.

Eu não sabia oque fazer com aquela situação toda rolando ali na minha frente.

- Ahn, mãe eu só vim pegar o jogo, nos vamos jogar lá encima e..

- Ah, ok, eu já estou indo... tchau alana, prazer em te conhecer- ela ia saindo de casa quando deu meia volta- minhas chaves, eu já ia esquecendo...- voltou pra cozinha.

Dei o Dvd pra alana e mandei ela já indo subindo.

- Mãe tá tudo bem?- eu disse chegando perto dela.

- Ahn? Ah, não, tá tudo bem...- ela tirou uma nota de vinte da carteira e colocou na bancada- pra pizza.

Acompanhei ela até a porta.

- tchau meu filho, se cuida- eu dei um abraço nela e já ia fechando a porta- gostei dela!!

- Dela quem mãe?

- Da alana! Achei ela muito bonita e educada... você tem bom gosto, meu filho...

- Mãe, ela é só minha amiga.. Não viaja...

Quando vi o carro arrancar da janela comecei a fazer o meu caminho pro quarto, comecei a subir a escada mas parei com o susto de quando vi a Lany parada no alto da escada.

- Ela gostou de mim.- disse toda convencida.- Você tem bom gosto, docinho.

- Para, zé mané- disse a empurrando pra dentro do quarto, ela continuava a falar sobre a minha mãe ter achado ela educada e tudo mais.

-Uhn, entrei um quarto do Japão e não to sabendo, é?- ela disse quando viu meus posters de hentai.

- Olha meus olhinhos puxados- disse fazendo graça.

Depois de ela ganhar de mim 7 vezes consecutivas no mortal kombat eu desisti e a chamei pro parque, mas antes eu mostrei pra ela um som que eu tinha feito no início da semana.

- Cara, você é muito bom...-parei o som no meio, não queria que ela ouvisse o final, não ainda.- porque parou?

- Vai ter que esperar eu soltar no soundcloud, agora vamos logo pro parque...

- Tá com medo de perder mais uma vez ne?- ela disse enquanto enrrolava o fio do joystick.

- Convencida.

Nós fomos pro lugar de sempre, dentro do tobogã.

Sempre que ficávamos chapados nos falamos coisas sem pé nem cabeça, mas naquele dia eu acho que a erva subiu demais pra cabeça e  nós começamos a falar algumas coisas que tinham mais lógica.

- Mano- dei um trago- Você já pensou em desistir de tudo? Ser feliz longe daqui?

- Com frequência... vontade de largar tudo e ir vender maconha em NYC, pena que não vou ser sortuda e achar alguém pra criar meus filhos...

- Eu crio pra você, se quiser ajudo até a fazer...- ela me deu um soco no ombro.

- Para garoto.- riu sem fazer som algum, pelo o jeito a maconha dela bateu com força.

- Não eu to falando sério, nunca pensou em sair dessa cidade fodida? Tentar algo diferente que te faça bem em outro lugar?

- Já...- parece que ela ficou meio triste.

Passamos algum tempo em silêncio, só olhando pro nada, terminando os nossos cigarros.

- Merda, só tem mais um- levantei o cigarro no ar- topa dividir?- ela fez que sim com a cabeça.

Ficamos passando o cigarro de mão em mão, uma tragada de cada vez.

- Você gosta da lindsey, né?- ela disse do nada.

- Oque? Não! Ta loca?

- Não adianta negar, eu percebi o jeito que você olha pra ela na aula de Química...

- Não viaja, mano- soltei a fumaça- sou comprometido com você, esqueceu? Até já marcamos de fazer filhos, ué...

- Mas você gosta dela...- cutucou o meu braço rindo.

- Não. Viaja.- disse e passei o cigarro.

Ela deu uma tragada funda, acabou com o back.

- Abre a boca- ela disse segurando a fumaça nos pulmões.

- Oque?- sou lerdo demais.

- Abre a caceta da boca- falou perdendo a paciência.

Fiz um "O" com a boca.

Ela chegou perto de mim e encostou os lábios no meu e soltou a fumaça dentro da minha boca, logo em seguida se afastou.

Segurei um pouco a fumaça mas acabei soltando antes de bater.

- Oque foi isso?- indaguei tentando não tossir com o vestígio de fumaça que ainda tinham em meus pulmões.

- Eu realmente não sei. Foi ruim?- neguei com a cabeça- quer repetir?-  abri um sorrisinho sacana.

- Mas é claro, minha jovem.

E então a gente se beijou.

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Xoxo, moonmila

Crybaby- Lil Peep.Onde histórias criam vida. Descubra agora