Capítulo 4

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Posso ter demorado um pouco, mas está aqui outro capítulo. Estava fazendo uma One-Shot de presente para uma amiga de aniversário e tive que redirecionar meus encargos, mas logo termina!

 Estava fazendo uma One-Shot de presente para uma amiga de aniversário e tive que redirecionar meus encargos, mas logo termina!

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Subindo o elevador, encostada em uma das paredes metálicas, penso nos ocorridos de hoje. Mais um dia de aula concluído e a ansiedade me consome. Não sei se pelo fato das aulas do mestrado começar amanhã ou do meu vizinho ir me encontrar em uma lanchonete perto de casa - um lugar tranquilo onde era vendido de café a hambúrgueres - deve servir.

As portas se abrem no meu andar. Enquanto destranco a fechadura, olho para trás, a porta de Dimitri fechada. Será que ele já teria chegado? Ainda me pergunto como isso foi acontecer. Com tantos malditos prédios nessa cidade, tinha que ser justo no meu? Suspiro e entro sem conseguir tirar aquele russo da cabeça.

[...]

Entro na lanchonete um pouco nervosa com a situação. Avisto Dimitri sentado em uma das mesas lendo. Respiro fundo e me aproximo. Sento em frente a ele e consigo ver a capa do livro. Nem me dou ao trabalho de ler o título. Pela imagem, com certeza velho oeste.

-Boa tarde!- murmuro um cumprimento.

-Boa tarde.- diz voltando seus olhos para mim através do óculos de armação fina e fechando o livro. Nem vou comentar esse mau gosto, estragou tudo que tinha de bom quanto a ouvir rock. Um revirar de olhos internamente, por favor?

-Podemos começar logo?- pergunto.

Quanto antes isso terminar melhor.

Ele começa a tirar um material de sua pasta e aproveito para pedir uma limonada. Ele começou a me explicar o conteúdo. Em algumas partes, fiquei sem ouvir por conta do sino da porta que me tirava à atenção, além do nervosismo. Ele certamente não vai com minha cara, sempre sério o sisudo.

Acho que peguei pesado com ele logo no primeiro dia que o vi. Será que soou muito rude e arrogante? Pode até realmente ser mão-de-obra estrangeira, mas não posso negar que é muito gostoso. Na minha cabeça era inconcebível um cara desses morar em um país que a primeira coisa que vinha à cabeça era puramente neve- nem mesmo uma mínima extensão de gramíneas. Quem sabe ele poderia morar em um iglu, brincar com uns ursos polares e quem sabe nadar com uma foca?

Espera, eu tenho certeza que eu vi na internet algo sobre militares russos treinarem focas para levar armamentos.

Chega desse pensamento ridículo, agora estou dependendo dele para terminar meu mestrado. Sinto-me ridícula e burra por essa situação. Nunca liguei muito para as opiniões alheias e sempre tive meus amigos por perto, mas por que estou me importando tanto com o que ele pensa de mim?

Dimitri me passou uma atividade com certo nível de dificuldade para fazer. Estava no início da resolução, instintivamente olho na direção do barulho que se fez presente no recinto. Uma garçonete cai juntamente à bandeja fazendo um estardalhaço. Retorno minha atenção para a atividade e tenho que refazer passo a passo mentalmente.

Físico-químicaOnde histórias criam vida. Descubra agora