Taih (Parte 1)

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Protagonista: - Narrador -

  Em passos pequenos, um garoto de olhos azuis caminha sem rumo em uma direção desconhecida até mesmo para ele. Seus cabelos castanhos balançavam conforme a leve brisa batia em seu rosto juntamente com a radiação solar que fazia a pele mulata do garoto parecer branca. Mesmo com a elevada intensidade da luz ele continuava a dar passos lentos e desnorteados. Seus olhos, sem brilho, sem vida apenas eram direcionados ao chão e só prestavam atenção aos obstáculos e nada mais. Com a camisa de mangas curtas marrons claras rasadas do pescoço ao braço direito, onde ele arrastava com sigo um machado viking com dificuldade. Neste mesmo braço um pouco de sangue escorre para a mão e consequentemente para o machado. Suas feridas e machucados por todo o corpo são provas de uma batalha grande e sanguenta.

  Ao seu redor o caos se espalhava em meio a fumaça grande quantidade de fumaça produzida pelos barcos em chamas. Frutas e cestos boiavam na água salgada do grande oceano. O garoto para em frente a uma corda que prendia o seu pequeno bote ao navio em chamas e a cortou com o machado que ficou cravado da madeira do único pilaste do pequeno bote de madeira, seu corpo já sem força deixou-se cair no chão do bote em quanto seus olhos sem um pingo de vida se fechavam lentamente.

  Em Berk, Astrid finalizava completamente a mudança da sua casa para a de Soluço, já que antes deste e Kend saírem já haviam começado a mudança. Astrid falou a ambos que ela, com a ajuda de Tempestade e Karí concluiriam logo, pois faltavam apenas objetos pequenos.

-Pronto. Acabamos! - Comemorou Karí em um animo perceptivelmente forçado.

-Graças a Thor. - Respondeu Astrid também desanimada pelo cansaço.

  A fúria da noite deu um riso baixo e curto, porém audível aos ouvidos da colega que no momento portava uma expressão de confusão no rosto.

-Qual é a graça? - Perguntou a humana.

-Bom, é que vocês vikings dizem "Thor", e os fúrias da noite dizem "Taih". - Justificou o Dragão.

-Quem é Taih? - Disse a garota deitando-se no chão com a barriga para cima. Ela não tinha muito que se preocupar, já que o piso de madeira se encontrava limpo.

-Bom... Já que agente não tem nada pra fazer. Posso lhe contar uma historia que meus pais me contaram quando eram vivos? Sobre Taih é claro. Mas é longa. - Falou o escamoso réptil.

-Claro. Eu tô curiosa agora.

-Então tá.

Narra Karí - A muito tempo nasceu uma fúria da noite, a quem foi chamada pelos seus pais de Taih. Ela cresceu justa e honrosa, humilde e bondosa. Era discreta e apesar de sempre ajudar os outros nunca gostava de agradecimentos. Ela sabia lutar como ninguém, mas sempre chegava em sua casa ferida. Ela só utilizava sua força para proteger a quem amava, e todos os outros ao seu redor quando tinha oportunidade. Sua grande força e habilidades eram usadas apenas para ajudar quem precisava e defender os outros também, mas nunca se defendia. Fazia questão de ajudar todos, até mesmo aqueles que a odiavam.

  Antes os fúrias da noite eram extremamente numerosos e cruéis. Quando uma ilha era ocupada pela metade. Estes fúrias da noites organizavam expedições e verificavam a ilha mais próxima que tinha água e comida. Estes começaram a ser chamados pelos vikings de "Crias Diabólicas do Raio e da Própria Morte" por ao achar a ilha desejada, eram enviados esquadrões de mais de trezentos fúrias da noite que só paravam o ataque quando cada animal e resquício de vida terrestre fosse completamente destruído.

  O momento triunfante e mais esperado da vida que qualquer fúria da noite era a chegada da sua batalha por terras. A cada sem anos era conquistado uma nova ilha. Porém quando Karí foi convocada para ir a batalha da sua geração ela negou. Nunca concordaria com algo assim.

  Contudo não adiantou, foi forçada a ir. Porém não chegou a ilha, ela se desviou do grupo e se escondeu perto em meio ao caminho. Ao final da sangrenta batalha o esquadrão retornava, e Taih foi junto ao ver eles passarem. Todos chegaram em suas casas com seus corpos cansados, cortados e ensanguentados. Cada corte tinha uma historia para contar. Os fúrias da noites eram recebidos com festas e os que não retornavam da batalha eram ainda mais festejados, pois sua morte era motivo de alegria maior. Pois eles foram até o fim e morreram com honra e glória. Karí entretanto nunca concordou com isso. Para ela era uma perca desnecessária de vidas, o que a abalava muito, pois diferente dos outros fúrias da noite ela ligava para o que acontecia ao seu redor e sofria ao ver a dor do outro.

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