A social

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Eu estou prestes a cometer um crime de ódio!

Faz duas horas e meia que a social começou e agora que estou indo pra lá. Tudo porquê o lindo e maravilhoso Aoyama Yuga, migo do coração, demorou horrores pra arrumar o cabelo e ainda me fez pintar suas unhas. Pelo menos ele me emprestou umas roupas bem legais e vai pagar o uber, gosto assim. Escolhi uma camiseta preta básica, afinal meu cabelo verde natural já chama muita atenção por si só, uma bermuda cinza um tanto larga, assim posso mexer a raba sem rasgar nada e por fim, meu belo par de all star preto.

Uraraka está com um short curto de cintura alta preto e um cropped roxo e belos saltos plataforma estão em seus pés. Aoyama está maravilhoso — pelo tempo que eu esperei se não ficasse eu ia quebrar ele no soco —. Seu cabelo loiro está incrível, chega a brilhar de tão bem tratado. Está com uma camisa branca básica —milagre —, calça jeans bem justa, marcando seus dotes e tênis prateados — ele não vive sem isso— Nós, as três beldades, estamos em um uber chegando na festa, glória!

— Vocês vão pra minha casa depois? — perguntou o loiro, animado.

Geralmente vamos sempre pra casa deles depois das festas, para nossas mães não sentirem o cheiro de bebida e outras coisas vindas de nós.

— Se tudo der certo, eu vou para a cama de um certo cinzento hoje.

Ele colocou uma das mãos a frente da boca, mostrando bem suas unhas prateadas.

— Vou pra casa do mozão, como ele não quis vir eu vou lá depois — disse Uraraka.

O namorado da vadia maior já está na faculdade, ele não para de estudar, pelo menos não empata nossos roles.

— Ai minha nossa senhora das vadias dadeiras, finalmente chegamos — falei, praticamente me jogando para fora do carro.

Depois que o Aoyama pagou o motorista entramos no galpão onde rolava a bagaça. Se baixar a polícia aqui eu vou correr tanto que nem o flash me pega.

Assim que entramos no lugar vi várias beldades.

— Aoyama, se liga na mala daquele ali. — disse apontando para um garoto de cabelos pretos que está na pista de dança.

— Aquele é o primo do Denki, o Sero Hanta — Uraraka falou animada. Não estou surpreso dela saber disso.

— Hmmm, interessante — falou Aoyama, indo em direção ao bar, rebolando aquela bunda brilhosa dele.

O seguimos vagarosamente, para olharmos todos os cantos da festa. Por um instante achei que Tetsu poderia ter ido embora, mas não, o vi falando perto do banheiro com Bakugou Katsuki. Sério que esse fodido tá aqui? E ainda falando com o crush? Meu kami! Bakugou é considerado um dos maiores comedores de ppk da região, mas eu sei que ele gosta mesmo é de comer cu de macho, sou a prova viva disso. Peguei ranço dele por conta de como ele se faz de mega hétero na frente de geral, sendo que ele me confessou que nem sentia prazer trepando com mulher. Detesto isso, posso ser ridicularizado e os cambau, mas eu sempre deixo claro quem sou, doa a quem doer. Se já sofri com homofóbicos? Óbvio, na minha família tem milhares, até minha mãe, ela é do tipo que finge não ver o que eu faço por aí, me deixa triste ela não me aceitar… porém é melhor do que perder todo o contato com ela, como acontece em muitos casos. Resolvi deixar esses assuntos de lado e focar na festa.

Logo chegamos ao bar, nesse pequeno trajeto vi umas dez pessoas que me embucetei. Por isso faz tempo que eu não vinha à nenhuma festa.

— Izuku! Nossa, quanto tempo garoto! — gritou Kyouka Jiro, já bêbada, se jogando em mim.

— Pois é, meio que me arrependo de ter vindo quando vejo todos os embustes que tem aqui.

— Não liga pra eles querido! Só aproveita que a noite é longa! — disse e beijou minha bochecha depois saiu em direção a pista de dança.

Meus quatro vizinhosOnde histórias criam vida. Descubra agora