Tempo
É imprescindível, imaterial, abstrato.
É aquela música que gostamos demais e temos a sensação que nos pertence, ou uma foto que tomamos posse, pensando dominar.
A verdade é que nada é, nada nos pertence de fato. Passamos pelo tempo em um voo indeterminado, sem saber exatamente para onde o vento nos carrega, sem saber o dia da queda.
E o tempo que tanto rotulamos vai fazendo marca na pele, na mente.
O tempo é o maior escultor que já ouvi falar.
É aquela poesia ainda não dita, e quando dita não é mais poesia. Tudo se esvai.