Um dia.

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Faaala cambada. 

A one era para ter sido postada ontem, em comemoração ao aniversário do príncipe Uchiha, mas a lerdeza que escrevo não permitiu que soltasse tão cedo. 

Sem mais enrolação, o cap: 

23 de julho de 2012.

Esse dia Naruto nunca mais se esqueceria. Em nenhum momento de sua longa existência. Uma vez que fora o dia que o viu pela primeira vez. E se apaixonara perdidamente. Para piorar sua situação, era recíproco.

Era verão em Long Island. A estação preferida do loiro. E esse dia, em específico, estava ainda mais bonito. O Sol brilhava com toda sua intensidade, como quem já soubesse o que estaria para acontecer naquele fim de tarde. E, bem, ele sabia. Sempre sabia. E achava um saco saber.

Tudo ocorria perfeitamente normal. Naruto trabalhava incansavelmente, afinal, não era fácil ser quem era. Sentia falta das vezes que conseguia escapar. Faziam tantos anos. Mas, neste dia, resolveu que tocaria sua lira e aproveitaria a tranquilidade tão característica de si.

Ao pôr do Sol, sentou-se em sua varanda. E começou a dedilhar as notas no instrumento. A música trazia paz para o seu coração; alívio para sua alma. Respirou fundo. Fechou os olhos. E deixou com que a harmonia se espalhasse para o mundo. As notas tocadas eram lindas. Sempre eram e sempre seriam. Já que era Naruto tocando. Sentiu que as coisas se alinhavam novamente dentro de si, balanceando o peso de suas obrigações com a vontade de seu espírito livre. O equilíbrio. Sorriu.

Abriu os olhos para dar devida atenção ao adeus da estrela para aquele dia. E esse foi seu erro. Seu grande erro. Porque, no momento em que seus lindos olhos azuis se abriram, Naruto o viu. Ele estava olhando diretamente para si; como se soubesse que o loiro estava na varanda tocando sua lira. No entanto, não havia como ele saber. Não na distância que estavam. Não com tudo o que os separavam.

Logo, o garoto que o observava atraiu sua atenção. Haja vista que era dono de uma beleza única, quase exótica. Droga! Naruto reparou que ele tinha cabelos pretos, tão pretos quanto seus olhos; a pele era tão branca, que o loiro se perguntou se o garoto já tinha saído para andar na rua durante o verão; sua expressão era séria, quase entediada, se não fosse pelo sorriso quase imperceptível; os traços eram delicados, o maxilar parece que fora desenhado a mão; os lábios eram finos, vermelhos. Era lindo. Uma verdadeira obra de arte. E Naruto se sentiu atraído por ele no mesmo segundo.

Merda. Merda. Merda.

Estava fodido.

Não soube quanto tempo exatamente havia se passado desde que começara a olhá-lo. O sorriso mínimo era de tirar o fôlego. Algo dizia para o loiro que o ato de sorrir não era algo comum no cotidiano do moreno, que não devia ter mais que seus 14 anos. Devia ser raro, na verdade. E agora, ele estava ali presenteando Naruto com aquela bela visão. A sensação de ser enxergado ainda não saia de si, apesar de fazer sentido nenhum. Delirava. Talvez aquele garoto fosse seu novo oásis.

O Sol, finalmente, se pôs, fazendo o loiro se recolher. Olhou novamente na direção do adolescente. Suspirou. Recolheu sua lira, que não deixou de tocar, em momento algum. Saiu de sua sacada feliz, porque fora privilegiado com aquela imagem; mas, ao mesmo tempo, triste, por ter seu coração tomado por alguém que não poderia lhe pertencer.

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23 de julho de 2013.

Exatamente, um ano havia se passado. O loiro de olhos azuis como um céu sem nuvens ainda não havia tirado a lembrança do garoto de sua memória. Mesmo que tivesse tido outras relações dentro desse intervalo de tempo, a recordação dele; sozinho; sobre uma grande rocha, olhando para o pôr do sol, para si, ainda estava encrustada em sua mente.

A profeciaWhere stories live. Discover now