↛ Prólogo ↚

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Não foi uma e nem foi duas, mas sim varias vezes que funguei o ar que circulava por todo aquele quarto. Eu podia sentir um cheiro diferente que exalava do ZiTao, mas eu não queria aceitar que era de outro. Eu me negava a acreditar naquilo. Mesmo que eu pudesse sentir que ele não estava bem e que também já não era mais o meu Taozi, eu não queria aceita. O pior de tudo, é que não era a primeira vez que eu sentia esse cheiro, aquilo doía e ao mesmo tempo me deixava furioso. O seu cio estava próximo e ele não permitia que me aproximasse dele.

O mesmo olhava para suas mãos de modo desolado, ele chorava forte enquanto dizia palavras duras para mim. Culpando-me com todas as forças por tê-lo marcado. Era a primeira vez que o vejo transtornado e com afeição de horror. Eu implorava por explicações - já que ele tinha passado o dia inteiro na rua - mas o mesmo me nega, a saber, o que estava lhe afligindo. Ele levanta da cama rapidamente e sai. Não somente do quarto, mas também da nossa casa. Todo afobado e levando o nosso filhote junto. Aquilo me deixou irritado e rosnando em reprovação. Sem perde mais nenhum segundo, vou atrás dele.

O mesmo podia me negar explicações, mas o nosso filhote ele não iria tirar de mim! Quando chego à garagem o mesmo já havia saído, entro no outro carro e quase quebro o vidro da janela ao bater a porta com uma força exagerada. Percebo a chuva densa que caia do lado de fora e isso me deixou ainda mais aflito pela situação. Depois de alguns poucos quilômetros, o alcanço ainda na serra.

Nossa casa ficava no alto de uma montanha, deixando a nossa família bem isolada da cidade. Concordamos que morar num lugar assim, seria o melhor para a nossa família. Já que os humanos não tinham conhecimento do nosso segredo.

A estrada estava escorregadia e a chuva tirava a minha visão de tudo ao redor. Mantenho a minha velocidade na mesma que a dele e foco nos faróis a minha frente. Quanto mais me aproximava, mais Zitao dirigia como louco e aquilo estava me fazendo temer pela vida dos dois.

Zitao! Pare! Por favor, vamos conversar. Se não quer mais viver comigo, eu vou entender, mas pense no nosso filhote.

Não houve resposta, ele apenas focava seus pensamentos em fugir de mim e ignorava minhas suplicas. Rosno irritado e aperto um pouco mais o pé no acelerador, querendo de algum modo faze-lo parar aquele carro. Podia ouvir - por conta da audição extremamente aguçada - nosso filhote chorando fortemente, me deixando ainda mais desesperado.

A perseguição continuava e o menor não cedia. Então o pior aconteceu.

Chegando a uma curva, aonde o asfalto era estreito demais, piso no freio bruscamente. Meus olhos se arregalam e o ar sai completamente dos pulmões. Vejo o carro a minha frente atravessar o guarde-reio como se a proteção fosse nada, ele capota varias vezes e varias vezes antes de chegar ao final da ribanceira. Saio do carro correndo e não tenho tempo de reagir. Uma explosão enorme rompe as montanhas me deixando imobilizado.

Olho para o carro em chamas lá embaixo, sentindo as pernas fraquejarem e cederem ao chão. Toco com as mãos a terra molhada, gritando o nome dos dois em desespero e agonia. As lágrimas logo vieram em meio aos gritos e tudo o que tinha sentido em minha vida estava dentro daquele carro em chamas. Eu podia ouvir e sentir o meu coração parando, juntamente com o dos dois...

YIFAN'S POV OFF

Minha respiração estava falha. Não comia ou sequer bebia algo há dias. O meu corpo implorava por descanso, mas eu apenas corria entre aquelas árvores pedindo por ajuda.

A neblina estava bastante densa, não sabia por quanto tempo iria agüentar naquele ritmo e eu só queria desesperadamente ir para bem longe daquele lugar.

No fim, o que eu mais temia acontece. Minhas pernas vacilam e como esperado, caio. Uma forte onda de dor me consume quando o meu peitoral se choca contra o asfalto frio e úmido - depois de uma forte chuva que cairá naquele dia.

A estrada estava escura, apenas sendo pouco iluminada pela luz que exalava da lua cheia. Eu olhava para os lados a procura de ajuda, mas por causa das lágrimas que insistiam em cair, minha visão estava turva e não vinha ninguém. Nem mesmo um carro.

Um grito de socorro escapa alto por minha garganta, ao mesmo tempo fraco por entre meus lábios cortados e sem cor. As olheiras visíveis se misturam ao olhar assustado de um ômega pelo qual foi tirado das pessoas que mais amava a força.

Escuto passos a poucos metros de mim, então levanto numa tentativa inútil de correr. Minhas pernas trêmulas e fracas não me ajudavam, me fazendo cair novamente. E antes que eu pensasse em ficar de pé de novo, braços fortes me seguram pela cintura e o asfalto começa a desaparecer da minha vista enquanto sou arrastado contra a minha vontade de volta para a floresta.

Eu esperneava e arranhava o braço alheio cravando as garras na sua carne, mas nem aquilo o afastava de mim. Eu não tinha mais forças para revidar, os gritos alto usando todo o ar que eu tinha em meus pulmões, não eram o suficiente. Ninguém me ouvia, ninguém me ajudava.

Nem mesmo aquele que tinha o meu coração para si, que prometeu me proteger até o seu último suspiro, não podia mais me salvar. Porque até mesmo ele foi tirado de mim, de uma forma tão cruel que eu jamais iria esquecer. Levando com sigo toda a minha felicidade e o amor, que eu pensava que jamais um dia poderia ser substituído.

Foi naquele dia, naquela noite, que eu olhei para aquela lua cheia - que iluminava todo aquele céu negro - jurando vingança a cada um que tirou ele de mim, pois se não, eu não me chamaria Kim Junmyeon!

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Cause You're My WayWhere stories live. Discover now