Capítulo I - Duas Doses para Viagem

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[N/A]: Só para elucidar possíveis dúvidas, embora a fic seja uma AU medieval a história não tem qualquer relação com o episódio de RPG da season 06 de Voltron. Vocês vão perceber que ela não tem aquela pegada mágica e fantástica, é uma linha mais realista. 

Já adianto que os capítulos serão bem longos e serão 19 no total. Vai ter muuuita história pra vocês acompanharem por um bom tempo! Então arrumem seus pertences e comprem uma montaria: a viagem vai ser longa. 

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Amanheceu em Altea, como tantas outras vezes. E, para muitos, isso era paz. O reino de Altea poderia ser considerado o melhor lugar para se estar em todo o mundo, pois por muitas eras esteve em boas mãos e foi governado com justiça e empatia por seus soberanos. Contudo, nem mesmo o paraíso está imune aos pecados dos homens.

- O conselho já deve estar a par dos motivos pelos quais resolvi organizar esta assembleia – e todos os olhares da mesa estão sobre a governante legítima de Altea, a Princesa Allura, que fica em pé para falar. – Mas devo tornar a levantar a pauta. Como sabem, o Império de Daibazaal tornou-se potência militar e econômica a alguns anos e, dentre todas as nações atacadas pelos galras, Altea resistiu às ameaças e protegeu seu território. É um orgulho saber que nosso povo superou o conflito territorial. No entanto, ainda não estamos livres dos ataques do Império.

- Alteza, se me permite a palavra, temos recebido notícias sobre algumas anomalias no comportamento do Império nos últimos tempos. – diz um dos membros do conselho presente. – Ao que parece, as forças militares de Daibazaal estão decaindo e não se sabe o real motivo desse acontecimento.

- Estou ciente. E, de fato, não há qualquer consistência nas hipóteses levantadas. Contudo, é sabido pelos senhores, membros do conselho, que os planos de Altea envolvem a queda do Império. Assim como meu falecido pai, Rei Alfor, pretendo formar aliança com as nações dominadas e levar a paz de Altea para outros povos. Mas, para isso, o Império precisa chegar ao fim, e, se for necessário, Altea terá de tomar providências para que isso aconteça. Devemos estar preparados.

- Os acontecimentos em Daibazaal podem significar tanto uma fraqueza na defesa do Império quanto uma estratégia militar de recuo. – O General Shirogane, representante oficial do exército alteano, toma palavra. – E temo, Alteza, que, se tratando da última opção, podemos ter perdas graves com relação ao exército. Acredito que seja inevitável que Altea force uma ruptura no Império, mas não seria prudente agir de acordo com achismos.

- Concordo, General. Se a diminuição das forças militares for uma armadilha para nos atrair e comandar um ataque, podemos ser derrotados e ter a proteção de Altea comprometida. Precisamos ter certeza do que o Império está planejando, para nos preparamos da melhor forma possível.

- Mas como podemos ter certeza, Alteza? – o Conselheiro Real, Coran, levanta a questão. – Estando fora dos domínios do Império é quase impossível conseguir informações confidenciais.

- Estive pensando sobre isso. E, possivelmente, nossa melhor opção seria mandar alguém a Daibazaal como infiltrado. Precisamos de informações concretas para prosseguir com os planos, e o jeito mais seguro de se consegui-las é por espionagem.

- E quem será enviado?

A sala se afunda em silêncio.

- Alteza, acho que posso conseguir um candidato à missão. – Allura tem sua atenção tomada pelo General Shirogane.

- Por favor, prossiga.

- Há um mercenário conhecido que dizem estar instalado aqui na capital a alguns dias. O nome é Keith Kogane, e ele é famoso por aceitar os piores trabalhos que se possa imaginar. Costumo ouvir muito a respeito de suas habilidades e discrição. Acredito que alguém como ele possa dar conta da missão e fornecer informações valiosas ao reino.

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