Número desconhecido [ KatsuDeku ]

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— Ele o que?! — gritou jogando o garoto no chão. — Me responde, caralho!

— E-estava com o m-menino novato. — respondeu, dolorido. — Eu devia ter impedido, me perdoe Bakugou!

— Acha que eu irei perdoar um erro absurdo desses?! — Katsuki pegou-o pelo braço e saiu o arrastando, enquanto o mesmo se debatia pedindo por socorro. — Qual a parte de "manter todos longe do Deku" você não entendeu?!

— P-por q-que você faz isso com ele...? Deku parece ser alguém tão bom...

No mesmo instante que o loiro escutou essa fala, sua respiração se tornou errática e seu coração acelerou. Suas pupilas diminuíram e a raiva começou a queimar o seu corpo. O jovem encarava a expressão de Bakugou, completamente apavorado. Era como se o próprio diabo estivesse o observando e nesse momento tiraria a sua vida.

Katsuki parecia uma besta.

— Como se atreve a chamá-lo assim? — questionou, estranhamento calmo. Mas todos sabiam que essa calmaria não passava de uma farsa, que era o fino fio que ligava a sanidade ao coração de Bakugou. — Não sabe que só eu posso chamá-lo desse jeito?

Katsuki fervia em ódio. Sentia como se um pedaço do inferno queimasse em seu coração. O monstro dentro de si urgia ordenando que ele fosse de encontro com seu pequeno Deku e o tirasse das garras daquele maldito bicolor. Ansiava tê-lo em seus braços e escondê-lo desses olhares impuros que queriam tirar essa doce pureza de Izuku.

Bakugou estava experimentando o ciúmes.

Entretanto o moreno não podia estragar os planos. Era uma sensação agonizante, mas infelizmente não podia ferrar com tudo justo agora.

Logo teria seu precioso coelhinho em seus braços. Logo o teria apenas para si.

Era só ter paciência.

— O que você vai fazer comigo? — perguntou assim que viu o de olhos carmim trancar a porta. — O que você vai fazer comigo?!

Katsuki começou a gargalhar, em um tom desordenado e enfermo. Suas feições se entortavam, dando uma aparência ainda mais doentia ao jovem.

— Eu? Só vou me divertir um pouco. — sorriu, mostrando todos os seus dentes. — Vamos brincar de um jogo que descobri há pouco tempo, mas que já me tornei um profissional de tanto brincar.

Lentamente Katsuki se aproximou do colega e colocou na frente dele uma arma e uma faca de cozinha. Depois, a protestos do outro, colocou uma venda em seus olhos e amarrou as suas pernas. Seu membro começou a despertar, fruto da ansiedade e excitação. Merda, como amava esse jogo!

Bakugou desejava jogar esse jogo com aquele puto do Todoroki. Na verdade, mal podia esperar a hora de brincar com esse maldito que ousou tocar no seu Izuku.

— Então, você escolhe o da direita ou esquerda~?

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Toda vez que o lobo sentisse ciúme, um pedaço do inferno iria consumir o seu peito.