Não foi uma guerra o que nos matou. Nós não nos perseguimos em genocídios e terrorismo nem, tampouco, desastres nucleares. Ao que eu saiba, todas as ogivas continuam guardadas nos mesmos lugares fazem séculos, intocadas.
Também não foi um conflito de interesses, articulações políticas, embargos comerciais gerando fome e morte. Nada disso.
O que nos matou foi uma justa resposta da natureza a todos os ataques que sofreu de nossa espécie, uma resposta implacável.
A primeira onda de devastação chegou violenta e arrebatadora: maremotos, furacões, monções e quando estas se foram, depois de dois anos, um terço da humanidade e das espécies animais e vegetais seguiram junto.
A segunda foi propositadamente lenta, porém, não menos violenta: temperaturas bruscas, doenças intratáveis, desertificação de áreas cultiváveis, falta de água, de medicamentos e morte do segundo terço da população que havia resistido às primeiras catástrofes.
Então os que restaram tentaram sobreviver com a tecnologia de que dispunham e, uma parte conseguiu se esconder protegida por esses meios durante décadas. Mas os abrigos não eram suficientes para todos e muitos ficaram expostos às mazelas. Uns morreram, a maior parte deles. Outros, entretanto, se adaptaram e além de sobreviver ficaram mais fortes.
O mundo então se reorganizou e se transformou em algo diferente. A natureza, conseguindo enfim seu propósito acalmou-se dando início a uma nova era.
Nós somos aqueles que sobraram. ...................................................................
Essa estória foi um sonho que eu tive, desses que perturbam a gente pela manhã, ao longo do dia e no dia seguinte. Eu simplesmente precisava colocar em palavras. Acaso decida prosseguir com a leitura perdoe os erros de meu amadorismo.
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Distopia
Science FictionA humanidade esgotou os recursos do planeta e sabotou a própria espécie. O mundo entrou em colapso e apenas uma pequena parte da população sobreviveu. No entanto, essas pessoas não são como as de antes, sua biologia mudou assim como o ambiente ao re...