Em um reino antigo, uma jovem princesa aguarda o dia de sua formal apresentação. Sua vida foi marcada por sorrisos falsos, abraços não desejados e um perfil sempre escondido sobre as sombras de um capuz.
Nevaeh Eestwy, a herdeira de Gworn, é a prim...
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Tento manter a calma.
É uma tarefa tão simples, mas tão intrincada dentro desta sala fechada. Cada espaço está ocupado, cada respiração fica presa no ar. O rei está sentado ao meu lado, sua roupa fina e elegante em contraste com o aspecto rústico do salão de reuniões. Não olhe. A rainha também está presente, mas sua presença transforma a sala em um ambiente gélido, vulgar, pesado e cruel. Ela monitora as propostas enviadas para o rei e ignora as opiniões que não a interessam. Considero alguma papelada, assino os rodapés e espero.
Isto me perturba.
Não querem saber o que penso, nem mesmo quando se trata do imposto de Rwonen. Insistem em aumentar a taxa, diminuir a idade máxima para início de pagamento, aumentar a idade mínima para a prestação de contas.
Sou insignificante.
O ambiente é escuro, sem janelas, e com pouca iluminação. Mapas e tapeçarias e anotações decoram. Tudo tão primitivo a luz de velas, um mundo tão cru e perverso. Os livros se estendem pela enorme mesa sofisticada, suas palavras inelegíveis que se desdobram no antigo idioma. Sentem-se tão antigas quanto eu? Tão deslocadas quanto eu?
Novamente, manejo meu olhar para as feições do rei: Os roxos habitam as bolsas abaixo de seus olhos enquanto seu nariz torto e seus cabelos bem cortados são suas melhores características. A juventude ainda habita sua pele, em seus modos e até mesmo sua forma de falar. Foi treinado até os ossos, manipulado e criado para os próprios fins. Moldado para ser um rei, o dono de uma coroa de um reinado e uma era. Mas no entanto ainda não é ele quem segura a espada em meu pescoço.
Não.
Ele nasceu com o direito ao trono assim como eu ou como meu avô e meu bisavô. Não roubamos isto. Não decidimos isto. Não a desejamos, não como leigos imaginam que um rei por direito deseja uma coroa: Não precisamos dela, pois somos o objeto. Uma joia é apenas um símbolo com um valor para mim e um completamente diferente para ela.
Minha mãe. A rainha. A víbora em pele de mulher.
Mas quem pode culpa-la?
— Zauro representa não apenas a elite Neveand, mas todo aquele povo. Seus tios escolheram um caminho sem volta, esqueceram do legado que precisamos lutar para manter. — O rei argumenta, seus dedos batucando algo — Neveand tem colônias em Gworn, pouco populosas por conta das diferenças climáticas — Um sorriso irônico — Mas que nos é vital para manter saudável de nossos estoques de ouro ou abastecimento. Manter uma linha amigável é o único caminho isento de uma batalha interna.
— Bancaremos a ursa mãe? — Corlan, um dos mais altos estrategistas, perguntou — Isto não é bom, definitivamente.
— Ym I trud in mosth Hranwn noms in a War, Corlan — “Eu sinto que é menos conflituoso a guerra, Corlan” — Confliwn I Inmy. — “Confie em mim”.