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Chegamos a casa em 10 minutos ou talvez menos e somos recebidos, novamente, pela minha cadela e pela minha gata.

Os meus pais ainda não chegaram, por isso vamos diretamente para o meu quarto.

Entro no quarto e jogo-me para cima da cama. Talvez não fazer nada também canse.


- Queres dormir um bocadinho? – o Grimaldo pergunta enquanto se deita ao meu lado.

- Se tu quiseres também. – a verdade é que eu tenho mesmo sono só que não quero deixar o Grimaldo a ver-me dormir.

- Eu não me importo nada. – viro-me de costas para ele para pegar no telemóvel e ver se o meu pai não tinha dito mais alguma coisa o que não tinha acontecido.


Antes de me virar novamente para o jogador, o mesmo puxa-me o que nos deixa na famosa posição da conchinha.

O braço dele descansa na minha barriga e a mão dele fica por cima da minha.

Sem estar à espera, recebo um beijo no pescoço que me deu cócegas e arrepios. Definitivamente é um ponto fraco e acho que o Grimaldo já percebeu isso.

Não foi preciso muito tempo até que, pelo menos, eu adormecesse. Nem sabia bem o porquê de estar cansada. Talvez as emoções que ele me trás. Não estou habituada a estes sentimentos todos. Talvez seja mais cansaço psicológico, mas eu adoro o que sinto quando ele está comigo. Talvez seja demasiado difícil para se explicar.

Não sei quanto tempo passou quando senti o jogador mexer-se ao meu lado.

Espreguicei-me e virei a cabeça para o jogador que mostra um sorriso meio desajeitado a que correspondo.


- Olá dorminhoca! – ele diz fazendo-me rir.

- Olá preguiçoso! – oiço-o rir-se também. Procuro o telemóvel e vejo que são 19h.

- Vais mudar de roupa ou assim Alex? – ele repara que o chamei por um nome diferente do costume.

- Tu chamas-me não sei quantos nomes e eu só tenho Bia. – ele meio que resmunga e eu encolhe os ombros, pois não tinha uma resposta para ele.

- Qual é o que gostas mais? – pergunto referindo-me aos nomes que utilizo para o chamar.

- Vindo de ti, qualquer um. – acho que corei e sorri. Sorri muito e dei-lhe um pequeno beijo no nariz.

- Mas vais mudar de roupa ou não? – ele sorri e abana negativamente a cabeça.


Resolvemos ligar a televisão e ficar a ver um programa aleatório até ser hora de irmos embora.

Sinto-me um bocadinho nervosa por causa da reação das pessoas que o Grimaldo ainda não conheceu e que nem sequer sabem que é ele que vai aparecer lá.


- Bia! Vamos embora. – o meu pai chama-nos. Os meus pais chegaram praticamente à hora que nós acordámos e já tinham vindo cumprimentar-nos.


Calçamos os nossos sapatos e rapidamente chegamos à porta de casa. Vamos todos nos mesmo carro. O meu pai conduz e desta vez o Grimaldo vai ao lado dele à frente enquanto eu e a minha mãe vamos atrás.

Os dois vão conversando maioritariamente sobre futebol.

Em mais ou menos 30 minutos chegamos ao restaurante. Agora era a hora da verdade.

O restaurante estava fechado pelo que só estaria lá a minha família. Pelo que parece já estavam todos lá, ou seja, só faltávamos nós.

Entramos no restaurante e o meu coração está aos pulos. Eu acho que estou mais nervoso do que o jogador, aliás ele parece bem tranquilo.

Todos olham para a porta para terem a certeza de quem tinha chegado.

Todos disseram "Boa Noite" ou "Olá" e o meu tio e o meu avô mostraram-se meio confusos. Devem ser os únicos a reconhecer o jogador, aliás a minha prima também parece ter-se lembrado de eu falar de um jogador de quem eu gostava muito e que eu lhe mostrei.


- Acho que conheço este rapaz de algum sítio. – o meu avô diz e o meu tio concorda. A minha prima olha para mim.

- E conheces. É o Grimaldo. – eles provavelmente já sabiam, mas precisavam da confirmação.

- Do Benfica? – o meu tio pergunta e eu assinto. Ele é sportinguista.

- Ele é a tua companhia? – a minha prima Catarina que já estava curiosa quando me tinha mandado mensagem ontem, agora ainda estava mais.

- Sim. – o jogador que estava apenas ao meu lado, coloca agora o braço na minha cintura aproximando-se.

- Então, bem-vindo! – todos se aproximam para nos cumprimentar novamente, incluindo o Grimaldo. Suspirei de alívio e sorri. Toda a gente parece gostar dele e ele de toda a gente.

- Tens muito que me contar. – a minha prima diz muito perto de mim e nós rimos.

- Mas primeiro vamos jantar. – ela continuou.


Sentamo-nos todos à volta da mesa já posta. O Grimaldo senta-se ao meu lado e tenho a minha prima à minha frente.

Depois de todos sentados e acomodados, começámos a comer.

The Message - TERMINADAWhere stories live. Discover now