A dor dói.

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-Mendes pare de baderna na minha porta. A garota retrucou rindo e abriu a porta, se deparando com os amigos reunidos na entrada. -Aconteceu alguma coisa?

-Aconteceu que hoje é sexta-feira. Johnny sorriu erguendo a sobrancelha e Julie rolou os olhos, percebendo que Jéssica estava abraçada com Tom. -Dia de curtir.

-Não me diga que estava indo dormir. Julie retrucou olhando a roupa da amiga e riu baixo. -Vá se trocar, vamos a um luau na praia.

-Não vou ir para ficar de vela, já fiquem sabendo disso. Stacy disse voltando para dentro e escutou Johnny dizer.

         Tem sempre o Jeffrey como consolo, a garota rolou os olhos e trocou de roupa rapidamente, meia hora depois eles estavam no caminho para a praia enquanto Guilherme cantava uma das músicas da banda.

-Espero que não tenha ninguém no nosso lugar. O garoto protestou estacionando o carro enquanto todos desciam, indo até o porta-malas para pegar lençóis, violão, uma cesta com comida e um engradado de coca-cola. - James te ligou? Eu queria falar com ele sobre o show... Guilherme disse se sentando com o violão apoiado na coxa.

-Já te disse que ele deve estar cansado demais para ligar. Julie falou olhando feio para o namorado mas, o garoto não pareceu se importar.

-Ele disse que volta no sábado. Stacy respondeu se sentando do lado esquerdo de Guilherme e o garoto olhou para ela revoltado.

-Ele falou com você? E nem me ligou... Ele retrucou escutando Julie gargalhar.

-Gui meu amor, eles dividem algo que você não pode dar ao James.

-Cala a boca Jenkins. Ela disse olhando torto para a amiga, sentindo suas bochechas queimarem.

-E eu sempre achei que fosse o suficiente para ele. Guilherme fez um bico fingindo estar magoado antes de começar á tocar, escutando os outros cantando em sincronia.

Stacy ficou observando a roda de amigos, enquanto comiam e riam contando alguma coisa que acontecera durante os ensaios e por um breve momento ela se perguntou se haveria alguma coisa melhor do que aquilo. A volta para casa foi tão barulhenta quanto a ida mas, Stacy mal percebera pois havia caído no sono durante a viagem.

-Stacy? Era a voz de Guilherme, a chamando á uma certa distância e parte dela nem queria abrir os olhos. -Vou deixar você dormindo no carro. O garoto ameaçou abafando um risinho baixo enquanto ela esfregava os olhos e bocejava em seguida.

-Era só ter me jogado para fora. A garota retrucou com a voz embargada em sono e sorriu para o amigo, percebendo que Julie estava parada na porta da casa dela, conversando com Grace. - Me diga que não estou encrencada... Stacy sussurrou praticamente se arrastando até a entrada da casa, sendo guiada por Guilherme, que a apoiava com a mão no meio de suas costas.

-Acho que não. Vá para a cama Curtis. Ele sorriu guiando a garota até a mãe, que sorria olhando para os dois.

                                  Stacy dormiu pelo que lhe pareceu uma eternidade, sonhando com o campeonato e o olheiro que ela não fazia ideia de quem era. A garota abriu os olhos encarando o teto e suspirou, se sentindo ainda um tanto cansada ela por fim se levantou e foi até a janela, percebendo que ainda estava cedo. A casa ainda estava em silêncio quando ela desceu para a cozinha, pegando uma fatia de doce que estava na geladeira, Stacy sentou na banqueta e ficou encarando o prato, remexendo o recheio do bolo com o garfo.

-Stacy? A voz do pai chamou-a enquanto a garota se virava para trás, vendo o homem usando um dos seus roupões verde musgo se aproximar dela. -O que está fazendo acordada essa hora?

-Acordei de repente. Acho que essa coisa toda do olheiro está me deixando nervosa. Stacy deu de ombros comendo um pedaço do bolo, percebendo o sorriso no rosto do pai.

-Vai dar tudo certo, na hora certa as coisas acontecem.

-Parece o James falando. A garota retrucou largando o garfo e olhou para o homem ao seu lado.

-Está apaixonada? O pai disse vendo a garota arregalar os olhos e negar repetidamente.

-A gente teve só uns três encontros, não dá para se apaixonar. Que bobagem. Ela riu enquanto o homem se sentava ao lado dela, tomando o prato da garota e mordiscando o bolo.

-Não acredita em amor à primeira vista? Taylor perguntou com o garfo á caminho da boca, como se não acreditasse no que ouvira.

-Tal coisa não existe pai. As pessoas não se apaixonam hoje e amanhã vão querer dar um fígado por você. Stacy disse completamente convencida de seus argumentos e o pai riu baixo, comendo o restante do bolo.

-Eu acredito. Eu me apaixonei á primeira vista pela sua mãe. Taylor disse um tanto distante, relembrando de um tempo em que ele havia acabado de entrar no exército e se encantara com uma moça bonita que trabalhava desenhando retratos. Ele se encantara com ela e havia ido a galeria aonde ele trabalhava todos os dias, só para ter o prazer de encarar aqueles olhos dourados, e Grace havia se encantando tão rapidamente com ele mas, nenhum dos dois decidira falar nada. Até o dia em que ela desenhou Taylor e deixou a pintura na porta da galeria, o homem não resistiu mais e finalmente tomou uma atitude. Eles noivaram um mês depois, e Grace o esperou por dois anos, para que finalmente pudessem casar.

-Pai? Stacy chamou o homem, cutucando o ombro dele enquanto ele a olhava confuso.

-Me desculpe. Me perdi no momento. Ele riu baixo e olhou para a garota em seguida. -Quando o homem certo aparecer, não vai importar o tempo. Só o que tem aqui. Taylor falou apontando em direção ao peito e se levantou. -Vou para a cama, você deveria fazer o mesmo.

-Claro. Ela concordou vendo o pai desaparecer e ficou sentada ali sozinha por mais um tempo, até terminar por deitar no sofá e adormecer em seguida.

                 O pai de Stacy levou toda a família para jogar paintball, o que era considerado covardia por Luísa, já que o homem era bom de mira, melhor que qualquer uma delas. Grace estava tão feliz por ter o marido perto, que aquilo fez as garotas pedirem para esticar a diversão até a hora do jantar, a qual o pai as levara para comer em um dos tradicionais restaurantes mexicanos que ele adorava. Por um instante, o pensamento de Stacy alcançou Gabriel e ela ficou se perguntando se ele já havia sido tão feliz quanto ela.

-Não vale! Isso nem parece um elefante! Luísa disse enquanto a irmã fazia uma mímica mal feita de dumbo.

-A mímica é minha. Faço como quiser. Stacy reclamou fazendo bico e os pais riram alto, se divertindo com as filhas.

-Vocês não cresceram. Taylor disse olhando para as filhas com certo brilho no olhar. Ele se lembrava o quão difícil havia sido ficar longe de suas garotas, não poder vê-las todos os dias, não saber como haviam se saído nos treinos ou na escola, como Grace estava se sentindo, e agora tudo parecia que finalmente ia se consertar.

-Cresci dois centímetros no verão passado. Luísa disse revoltada enquanto Stacy rolava os olhos.

-Muita coisa. Já pode competir com o Empire State. Ela sorriu torto, escutando uma batida na porta. Assim que a garota abriu a porta, se deparou com Gabriel, cambaleante e claramente bêbado ele sorriu para ela com a voz embargada.

-Stacy...

-Gabriel o que você está fazendo aqui? Ela disse em um sussurro, mas ele já estava falando alto demais.

-Eu precisava ver você. Ele falou se encostando na porta enquanto o pai da garota surgia atrás dela.

-O que está acontecendo? Taylor perguntou curioso enquanto o rapaz lhe sorria ainda um tanto tonto.

-Prazer soldado...
Stacy rolou os olhos, pronta para retrucar com ele quando Gabriel tombou e caiu aos seus pés retrucando algo sobre como a dor dói.

-Esse garoto está em péssimo estado. Não me diga que é seu outro namorado... O homem disse sério mas, o tom de humor ainda estava em sua voz.

- Ele é o filho do diretor Johnson. Stacy respondeu se abaixando para pegar o garoto pelos ombros. -Isso vai ser um desastre.

-Johnson? Taylor franziu o cenho curioso enquanto ajudava a filha a carregar o garoto para dentro.

-Eles voltaram... Gabriel balbuciou assim que a garota o jogou no sofá, com as mãos na cintura encarando ele. 

-Quem voltou? Stacy perguntou vendo o garoto rolar o corpo para o lado do sofá, abrindo uma pequena brecha dos olhos.

-Os meus pais. Eles estão juntos. O garoto disse indignado, ainda bêbado demais para pensar em outra coisa. -Por isso que ele estava tão feliz essa semana... Gabriel sorriu com amargura tentando se sentar no sofá. -Como ela pôde?  Ele perguntou com um choramingo e Taylor encarou a filha, sem entender o que estava acontecendo.

-Você devia dar uma chance para ele. Se a sua mãe perdoou, é uma boa hora para você tentar também. Stacy disse escutando a risada do garoto enquanto ele resmungava palavras ininteligíveis.

-Você não entende! Gabriel choramingou antes de cair no sono, Stacy olhou para o pai, que parecia tão confuso quanto ela e começou a vasculhar o bolso do garoto.

-Eu não acredito que isso está acontecendo. Esse garoto tinha tantos lugares para ir e veio aqui. Ela resmungou escutando os passos da mãe se aproximarem do sofá 

-O que aconteceu? Ela disse sendo acompanhada por Luísa, que olhava para o sofá com certo interesse.

-Meu Deus! Gabriel Johnson no meu sofá. Isso só pode ser brincadeira. A garota exclamou se aproximando da irmã que acabara de tirar um molho de chaves do bolso da calça dele, encontrando o celular em seguida.

-Isso vai ser horrível para ele... Stacy disse buscando o número do pai dele na agenda e ligou para o diretor Johnson.

-Eu sinto muito por isso senhora Curtis. David falou envergonhado, ao chegar na entrada da casa de Stacy e ser recebido pela mãe da garota. Gabriel ainda estava deitado no sofá, em sono profundo quando seu pai entrara na casa, se deparando com Taylor sentado na poltrona.

-David? O homem disse levantando o olhar e encarou o outro que se aproximara do filho, sentindo uma vontade forte de estrangular o garoto.

-Taylor Curtis. Isso é inacreditável... David sussurrou ao mesmo tempo que o pai de Stacy levantara e abraçara o homem. -Faz tanto tempo.

-Voltei do exército essa semana. Ele respondeu olhando para o amigo de longa data, enquanto Stacy cutucava Gabriel para que acordasse.

-Parece que foi ontem que nos despedimos. O homem falou olhando ainda admirado para o amigo e por fim, voltou a visão ao filho. -Me desculpe por isso Taylor. Eu honestamente não sei mais o que fazer com esse garoto.

-Não fale como se você fosse um santo nesse campo Johnson! O pai de Stacy gargalhou e ofereceu um café ao amigo, enquanto os dois foram para a varanda conversar. Stacy franziu o cenho sem entender muito o que estava acontecendo e por fim, conseguiu acordar Gabriel.

-Você está encrencado. Ela disse observando o garoto resmungar e tentar se levantar arregalando os olhos em seguida

-Aonde fica o banheiro? Eu vou vomitar... Gabriel anunciou ficando pálido de repente e Stacy o arrastou para o banheiro o mais rápido que pode. 

                 O garoto vomitou por um bom tempo antes de se encostar na parede do banheiro, olhando para cima um tanto perdido. Os olhos dele estavam fechados enquanto o suor se acumulava na testa e os lábios ainda estavam um tanto pálidos quando finalmente falou:

-Estou me sentindo péssimo.

-Você está péssimo. Stacy respondeu dando descarga e fechando a tampa do vaso sanitário, se sentando ao lado dele. -Não devia ter feito isso.

-Eu achei que quando eu acordasse isso tudo seria mentira. O garoto falou com certa dor na voz e olhou para ela. -Engraçado eu ter procurado logo você.

-Concordo. Ela sorriu encarando a expressão perdida do garoto ao seu lado e respirou fundo antes de falar. -Você precisa aprender a perdoar Gabriel, sua vida nunca vai mudar se você guardar rancor.

-Eu não quero que nada mude! Ele exclamou alto demais e escondeu o rosto nos joelhos enquanto a voz era abafada por um choro baixo. -Eu só queria que nada disso tivesse acontecido...

-Gabriel... Ela sussurrou tocando no ombro dele e abraçou o garoto, quando ele lhe encarou com os olhos mais vazios que ela já vira em sua vida. -Você vai ficar bem.

-Gabriel? A voz do pai chamou o garoto enquanto ele se levantava rapidamente com a ajuda de Stacy e era carregado para fora pelo pai, ele deu uma última olhada na direção da garota e ela com pena, entrou em casa esperando esquecer aquela cena.

Stacy passou a noite inteira pensando em Gabriel, preocupada com o que o pai dele faria quando chegassem em casa é como o garoto iria se comportar dali em diante. Na manhã seguinte, ela e os garotos da banda foram para um show pequeno em um bar do outro lado da cidade, aonde os garotos tocariam na semana que vem. Guilherme estava todo animado, como se fosse um guia turístico enquanto mostrava o bar para os amigos e recebia um olhar curioso da garçonete de cabelos cacheados, que lhe sorria abertamente.

-Pare com isso. Stacy cutucou o garoto com o cotovelo e viu o amigo olhar para ela surpreso.

-Mas o que foi que eu fiz? Ele disse parecendo inocente, mas Guilherme sabia muito bem do que se tratava.

-Julie vai arrancar seu pescoço. E eu vou deixar. Ela falou seguindo Johnny até o palco, aonde estavam montando a bateria. -Dá para fazer show sem o James? Stacy disse se virando para o amigo que concordou rapidamente ajustando o microfone.

-Johnny vai fazer os vocais dele hoje. E não vamos tocar as músicas que tem violão, afinal nos chamaram para tocar duas só. Ele riu baixo e viu Jeffrey fazer uma careta enquanto arrumava seus longos cabelos atrás da orelha.

-Sabe que as músicas com violão são as melhores. E os vocais do James são melhores, sem ofender o Johnny.

-Nem um pouco ofendido. O garoto sorriu afinando a guitarra enquanto as pessoas começavam a entrar, Stacy desceu do palco e se sentou em uma mesa ali na frente mesmo, aproveitando a visão da banda. Das duas músicas combinadas, eles terminaram tocando sete e com direito ao cover de “self esteem”. Depois do show eles seguiram para um bar de karaokê no centro da cidade, aonde Guilherme dissera ter conhecido James, cantando algo para a namorada.

-Sweet dreams are made of this... Tom cantarolou enquanto uma garota de vestido vermelho escarlate cantava e dançava desajeitadamente no palco. Stacy olhou para o garoto que sorriu torto, antes de colocar uma batata frita na boca e seguiu batucando os dedos na mesa.

-Quem vai agora? Johnny falou já de pé, esperando que alguém se oferecesse para ir com ele.

-Eu não. Guilherme disse se livrando rapidamente enquanto tomava uma lata de cerveja.

-Eu vou. Stacy respondeu se levantando e caminhando com o garoto até o palco. -Vamos lá Harvey, mostre-me que é capaz de substituir o James. Ela disse divertida enquanto o garoto dava de ombros sorrindo.

-Moleza.

Os amigos aplaudiam e gritavam da mesa, chamando atenção de todos presentes ali. Eles costumavam ir no karaokê mas, Guilherme só aceitava cantar depois que Stacy ia para o palco e conseguia aplausos. Já fazia algum tempo que Stacy perdera a vergonha dos palcos, tudo começou quando James a desafiou a cantar twist and shout no ano passado.

-Eu já disse para você ir. Guilherme retrucou apontando para Julie, que tomava um drink de frutas, olhando distraidamente para o celular.

-Não estou afim. Ela deu de ombros enquanto Tom e Jeffrey se levantavam.

-Quero ver quem vai conseguir nos desafiar. Jeffrey sorriu torto ao caminhar junto com Tom para o palco Os dois adoravam karaokê mais do que qualquer um do grupo e havia um tipo de competição de duplas que eles insistiam em fazer.  Tom amava a ideia de poderem vestir uma jaqueta de couro, fazerem cara de mau, e aquilo ser o suficiente. Stacy estava sentada ao lado de Guilherme, rindo quando os dois começaram á cantar "Bad boys", James e Julie mal conseguiam se conter enquanto tapavam a boca com as mãos vendo os garotos terminarem de cantar.

-Batam esse recorde Renegados. Tom disse pulando do palco e os dois caminharam de volta á mesa aonde todos estavam. -Quem vai ter coragem de nos desafiar?

-Eu não vou. Só participo depois que alguém canta melhor que eu. Guilherme protestou com um sorriso no rosto e olhou para os outros três ao seu lado.

-Eu vou se a Stacy for. James disse olhando para a garota que negou repetidamente.

-Nem pensar. Eu não vou subir lá. Ela disse rindo alto enquanto o garoto fazia um bico na direção dela.

-Fracote. Tom retrucou sentando ao lado de James que encarava o palco com diversão, enquanto duas garotas subiam para cantar Spice Girls.

-Nunca pensei que diria isso mas, concordo com o Tom. Estou decepcionado Curtis. James falou virando um copo de limonada ao mesmo tempo em que ela lhe lançou um olhar mortal.

-Tudo bem, eu vou mas, não vou cantar nada que nem eles. Ela disse apontando para Tom e Jeffrey e todos riram. -Nem acredito que você me obrigou á fazer isso.
Stacy retrucou para James ao subirem no palco, olhando as músicas disponíveis. O garoto estava compenetrado na tarefa de achar algo interessante mas, Stacy sempre interrompia dizendo que eram românticas ou bobas de mais.

-Beatles? Ele ergueu a sobrancelha na direção dela, depois de passarem por quase todas as músicas.

-Pode ser. Ela deu de ombros pegando o outro microfone e encarando as pessoas ali sentadas, Stacy quis rir quando viu que os garotos haviam escrito "vai garota" no guardanapo e o estavam balançando de um lado para o outro. Quando finalmente a música começou á tocar, Stacy mal sabia onde esconder o rosto, James ficava cantando na direção dela e pegando sua mão como se a música tivesse sido feita para ela.

-Ai estão os novos Beatles. Guilherme disse entretido antes de se levantar e chamar Julie para cantar com ele. -Depois dessa eu também quero cantar com uma garota.

-Curtis! Johnny exclamou parado na fren
te da garota e Stacy sacudiu a cabeça, afastando a memória ao caminhar para o palco com o garoto. Johnny tinha um gosto um tanto diferente dos outros quando se tratava de karaokê e aquilo só a fez se divertir ao cantar "I wanna be your dog" com ele. 

-Isso foi sinistro. Agradeço que o James não esteja aqui. Tom falou gargalhando enquanto Stacy lhe acertava um tapa no ombro.

-Pare de brincadeiras. Ela retrucou sentando de volta, e pegou um dos copos de limonada que estava quase vazio.

-Vamos lá Guilherme, eu quero cantar também. Tom retrucou se levantando enquanto o amigo parecia se render.

-Só vou porque estou bem animado hoje, não se acostumem com isso. O garoto sorriu torto caminhando com o amigo para longe da mesa, enquanto Johnny e Jeffrey comentavam alguma coisa sobre a última vez que estiveram ali sem as garotas.

-Eu adoraria ter essa vida todos os dias, sem lembrar que há tanta pressão. Stacy falou sentindo a brisa da noite tocar seu rosto enquanto a vã da banda era dirigida de volta para a casa de Guilherme.

-Eu adoraria estar no vestiário das garotas todos os dias... Tom sussurrou aparentemente pensativo.

-Você seria uma garota nesse caso. Johnny disse sorrindo torto enquanto o garoto mostrava o dedo do meio para o amigo.

-Calem a boca crianças, a creche do tio Guilherme esta quase no destino escolhido. O amigo falou acendendo um cigarro e abriu a janela rapidamente enquanto parava o carro na frente da casa de Jeffrey. -Não esqueça do ensaio, ou eu matarei alguém mais além do James. O garoto falou em tom de brincadeira mas, todos ali entenderam que havia uma pontinha de verdade na ameaça do garoto.

-Eu já disse que ele vai chegar a tempo. Stacy retrucou se sentando no banco da frente, aonde Jeffrey estivera minutos atrás.

-Ele não vai achar nada melhor que os renegados. Johnny falou se olhando no retrovisor do carro, ao passarem pela casa de Stacy.

-Até porque vocês são os melhores do mundo. Ela riu divertida e desceu do carro em seguida. -Vejo vocês na escola, e cuidado com os duetos Johnny.

-Eu vou me certificar que sejamos parceiros de karaokê daqui para frente. Ele riu acenando para a garota enquanto ela se despedia dos outros e corria para casa.

-Um dia eu ainda vou entender como você fica perto de todos eles e não se apaixona. Luísa disse assim que a irmã abriu a porta e adentrou na sala, tirando a jaqueta e se sentou ao lado da irmã.

-Eles são como garotas para mim....Stacy falou olhando para a garota ao seu lado que sorria torto. -Menos o James. Ela acrescentou escutando a risada de Luísa enquanto ela desligava o celular e olhava para Stacy.

-Gabriel esteve aqui. Na verdade, o pai dele praticamente arrastou ele aqui para pedir desculpas para o papai e para você.

Fighter: Uma Luta Pela VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora