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Alan

Prazer meu nome é Alan tenho 30 anos, passei meu tempo obrigatório no exército mas recentemente me formei em direito, por ser de uma família prestigiada eu consegui um emprego rápido demais, já saí da faculdade empregado.

Durante o meu alistamento eu mantive um relacionamento a distância, eu até poderia falar que era bom, pois quanto mais longe mais saudades eu sentia dela, após eu sair eu me descubri sendo bissexual, sim, eu namorava mas me via atraído por homens, e até clarice saber estava tudo bem, mas quando ela descubriu ela ficou possessiva, sentia ciúmes de cada ser vivo que se passava perto de mim, eu não podia nem respirar, ou seja, tem cinco meses que não estamos mais juntos, separei esse tempo para me descobrir e saber os meus gostos, posso dizer pra vocês que já tive bastante experiência em cinco meses, com homens mais velhos ou na mesma idade do que a minha, não teve tanto choque na minha família, pois já tinhamos o Dani que é gay, tem meu irmãozinho que também é bissexual e pegador nato, eles simplesmente falaram "olha, mais um".

Nesse momento estou em uma lanchonete no shopping na fila para comer, o atendente era daquele tipo fofinho, pele branca, lábios finos e cabelo preto bastante escuro, mais baixo que eu e não desviava o olhar de mim nem enquanto estava atendendo outra pessoa, termino de comer o meu lanche e vou até ele pagar, ele pega meu cartão e quando vai devolver a notinha ele me entrega junto com o seu telefone, olho pro papel e depois pra ele novamente.

- Que horas você sai daqui? – Pergunto totalmente interessado.

- As seis, porquê? – Diz ele se fazendo de inocente.

- Posso passar aqui pra gente dá uma volta? – Ele assentiu com a cabeça e me deu um sorrisinho, voltando a atender outras pessoas.

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E aqui estou eu, seis horas em ponto, esperando ele sair do serviço, quando dá seis e meia eu vejo ele sair pela porta do shopping, acabamos voltando pra dentro e indo ao cinema, na metade do filme o celular dele toca e ele saí pra atender, passando vinte minutos eu resolvo ir atrás e escuto uma discussão.

- Algum problema? – Pergunto enquanto coloco a mão na cintura dele, ele arregala os olhos e olha assustado para uma mulher na frente dele, a aparência lindamente igual a dele.

- A então esse é o motivo de estar aqui ainda – Diz ela olhando pra ele, depois ela se vira pra mim e fala – e você? Qual o seu problema?

- Eu? Nenhum, porquê?

- Você ainda tem a cara de pau de perguntar? MEU FILHO TEM APENAS 16 ANOS, e você? – Eu olho estático pra ele, que nesse momente abaixa a cabeça.

- É... Hum, eu tenho trinta... Na verdade eu não sabia que ele tem apenas dezesseis anos, mas não vejo qual o problema, ele já sabe pensar por si próprio – Eu já estava preocupado mas eu não poderia abaixar a cabeça, ele não é mais nenhuma criança.

- E você acha normal? Um cara de trinta anos como o senhor de cabeça formada saindo com uma criança – Diz ela dando ênfase na palavra – Que não sabe nem oque quer comer? Olha aqui, eu quero você longe do meu filho, se não eu te denuncio por pedofilia.

Eu sou advogado e sabia muito bem que adolescentes maiores de quatorze e que já tem consciência dos próprios atos não é mais pedofilia mas resolvi recuar (não que eu ache certo ficar com criança, não importa oque a lei diga), então apenas assenti e saí rápido de lá, como eu iria pensar que a noite iria acabar assim? Depois de hoje eu prometi pra mim mesmo que iria evitar menores de idade.

Já no dia seguinte meu irmão me pede pra leva-lo na escola, o lugar da perdição, esses adolescentes estão evoluindo muito rápido, eu olho e penso que eles tem mais de vinte mas na realidade tem dezesseis, após deixar ele lá eu começo a me afastar eu escuto meu nome ser chamado, e vejo uma criaturinha fofa correndo atrás do carro, Dani.

- Alan, esse é angel – vejo ele abraça-lo pelo ombro.

- Angel? – Ele realmente é lindo, e realmente meu tipo, droga.

- Miguel – Diz ele desviando o olhar, acho que ele estava preocupado em entrar a tempo na escola.

- Angel? – repito pensativo – realmente parece... – antes de eu terminar de dizer marcos me corta.

Meu irmão percebendo minhas intenções me mandou embora, fazer oque se todos os amigos dele que vão lá em casa tentam alguma coisa comigo? Como eu disse, eles davam encima de mim e quando eu achava que tinham mais de 20 eles só tinham 16.

E a minha promessa do dia anterior? Ela não se aplica mais.

Amor além da idade (Romance Gay) Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora