Sam estava em choque, todos estavam, Donna havia jogado a bomba e saído, por um lado melhor assim, já que todo aquele estresse poderia afetar a gestação.
-Eu vou falar com ela
-Que? Não! Vovó ela não vai querer falar com ninguém agora e...
-Para o inferno o querer dela, é minha filha e eu quero estar com ela, quero poder me redimir Sophie, eu não participei de sua infância, não vamos repetir o erro
-Tudo bem, tente falar com ela, ficaremos aqui esperando.
Ruby reuniu todas as suas forças, buscando coragem onde ela nem sabia que tinha para falar com a filha, ela precisava estar lá, precisava ajudar sua Chiquitita, subiu até o quarto de Donna e respirou fundo ao girar a maçaneta da porta, que para sua surpresa estava aberta, ao adentrar o quarto se deparou com uma Donna frágil, desarmada e com os olhos marejados, ela estava encolhida na cama, o coração de Ruby se aqueceu lembrando de quando ela era pequena, nas noites de chuva que dormiam juntas para evitar o medo que Donna tinha dos raios, ela se sentou aos pés da cama e passou a mão pelas pernas da filha com amor.
-Filha?
-Não me chame assim!
-Querida por favor me escute, você precisa me entender, precisa pelo menos tentar filha, eu...eu não tive a força que você teve
-Que Eu fui obrigada a ter, você quer dizer
-Não, ninguém te obrigou a ser uma mãe maravilhosa, ninguém nem te ensinou a ser assim
-Veio aqui para que? Quando eu finalmente estou bem você volta assim?
-Estou doente Donna, não posso deixar que algo aconteça comigo sem que eu possa pedir perdão por tudo que te fiz
-Doente?
Donna sentiu o corpo gelar, mesmo com a pose forte ela sentia muita falta da mãe, a queria de volta em sua vida
-Sim querida, fui proibida de cantar por conta disso
-Mas cantar? O que isso tem com...espera
-É um nódulo querida, em minha garganta
-Mãe...
-Está tudo bem, vai ficar tudo bem, eu só preciso me acertar com você querida, só preciso disso e volto para LA e você pode fingir que eu nem existo, eu prometo que não vou te atrapalhar
-NÃO! Eu não quero isso! Você acabou de voltar e já vem me dizendo que vai morrer? Eu não vou deixar
-Oh Querida, infelizmente isso está fora de nosso controle
Ruby abre os braços sorrindo serena para a filha, não demora para que sinta seu corpo e as lágrimas molhando seus ombros.
-Mamãe por favor, você acabou de voltar
Ela segurou o rosto da filha beijando sua testa com ternura e abraçando ainda mais acariciando seus cabelos com carinho
-Eu te coloquei no mundo para ser forte minha filha, e você sempre foi, a vida toda, não se fragilize por mim
-Eu te amo tanto
-Eu também te amo Chiquitita, mais que tudo nesse mundo
-Me promete que fica aqui? Não vai mais, participe de minha vida o máximo que conseguir mamãe
-Não posso querida, não quero te deixar nervosa e nem triste, ainda mais com um netinho meu vindo aí.
Ela acaricia com ternura a barriga da filha
-Netinho?
-É um menino
-Como sabe?
-Sou a bruxa má do oeste lembra?
Ela brinca arrancando uma risada da filha, que coloca as mãos junto à dela na barriga
-Ele...Ele é meu pai né, por isso eu sentia algo quando ele me abraçava, ele se importava sabe?
-Eu seu querida, e lamento que tenha ficado sabendo assim, mas ele é o amor da minha vida, o que eu sempre te falei
-Então, vocês...ainda se gostam
-Claro meu amor, e se quer saber ainda funcionamos muito bem juntos
-QUE NOJO!
-Ah claro, você fez essa criança com oração para a cegonha né?
-Não! Mas...AI! Vocês são meus pais
-Tudo bem, eu te pouparei dos detalhes querida
-Eu preciso descer e falar com ele né?
-Acho que seria bom meu amor
-Mas antes...me prometa que não vai embora mamãe, por favor, eu não quero, você me deve isso!
Ruby respirou fundo e sorriu para a filha, ela realmente tinha o gênio da mãe, com a astúcia do pai, era impossível negar algo a ela.
-Eu prometo querida
HOJE É ANIVERSÁRIO DO MEU CRISTAL MANAUARA CAROLES! E TODOS OS CAPÍTULOS POSTADOS HOJE SÃO UM PRESENTE A ELA, COMO FORMA DE MOSTRAR MEU AMOR E AGRADECER TODO APOIO QUE ELA ME DA COM A HISTÓRIA
(Só comecei por ela)
