Seis

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Boa tarde, Jujubets!

Primeiramente me desculpando pelo atraso no capítulo, pois ontem à tarde passei por um procedimento cirúrgico e só pude publicar agorinha... mas estou bem aqui de repouso e escrevendo! <3

Bora conferir se o Xucro aparece mais hoje? Será?!

Bjks.

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O almoço foi diferente do que imaginei. O peixe realmente estava uma delícia, embora eu insista sobre o gosto de terra, porém, o modo de preparo, os temperos e acompanhamentos ornaram muito bem com ele. Dona Sueli ficaria rica se montasse um restaurante!

Almoçamos na cozinha da casa principal apenas eu, os donos da propriedade, a mocinha – que se chama Rita – e o peão que me ajudou com as malas. Fiquei um tempo intrigada com o número reduzido de funcionários. No entanto, ouvi dona Sueli comentar com o marido sobre o almoço no alojamento, o que me fez supor que, sim, eles tinham mais pessoas no trabalho.

Rita me procurou logo depois da refeição, assim que terminou de lavar a louça – como fez questão de me informar – e perguntou se eu queria conhecer os arredores. É claro que eu não queria, mas deixei o livro que estava lendo – ainda bem que eles não foram confiscados pela Kika – e agora a estou seguindo pela casa enquanto ela atua como guia.

— A fazenda era dos pais do seu Sandoval. O homem pensava em ter muitos filhos, por isso construiu dez quartos. — Ela faz um muxoxo. — Eu tenho vontade de dar no padre quando tenho que limpar um por um, sabe? Detesto esse serviço de casa, por mim faria as tarefas dos peões, iria nas comitiva, na lida com os boi, mas sou mulher e...

— Ser mulher não é nenhum tipo de empecilho — interrompo-a. — Se você gosta e dá conta, seu sexo não deveria ser uma barreira.

Ela ri.

— A dona fala bonito, mas os peão não pensa assim, não. Eu sou melhor que muito chapéu na sela por aqui, podia muito bem ajudar com os boi e ainda fazer a boia, mas... — Dá de ombros. — Essa é a parte que mais gosto.

Chegamos à varanda dos fundos, repleta de plantas e redes, com uma vista linda de muitas árvores e o curral – ao longe – contra o poente. Realmente, um lugar gostoso de se estar para quem aprecia não fazer nada no meio do nada. O que não é absolutamente o meu caso.

Rita continua falando sem parar em seu tour. No entanto, eu nem foco muito no que ela diz, pois sinceramente não entendo o significado de suas frases. Não, não sou do tipo esnobe que fica nervosa com quem não conjuga verbos ou não faz concordância corretamente, porém, as expressões dela me deixam perdida e seu jeito de falar tão depressa me deixa zonza de tal maneira que, quando penso em perguntar, ela já está em outro assunto, e eu já esqueci a palavra.

Dois Destinos (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora