Será que...?

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— Para ser sincero... – Um rapaz colocava uma pasta em seus bigodes, lavando suas mãos em seguida. - ...essas pesquisas, - O rapaz enxugou as mãos, corrigindo a posição de seus suspensórios. Parecia que ele conversava sozinho, mas ele estava no "cantinho dos professores" de uma universidade, ele era responsável pelo setor de pesquisas da localização. – Cansam.

— Concordo, mas aulas também cansam. – Uma moça saia de uma das cabines, seus cabelos amarrados em um coque que parecia um tanto frouxo, mas estava preso com uma caneta. Ela colocou os seus óculos prontos para cair no lugar. – Ainda tenho 3 aulas hoje, mas, vale a pena. – Ela era jornalista, mas o fato de que suas condições eram estáveis, ela estava dando aulas por diversão. – E ainda posso custear minhas coisas sem incomodar Darcy.

— O relacionamento de vocês é tão lindo, espero o dia de ver os Beneditinhos correndo todos juntos. – O bigodudo colocou sua gravata no lugar. – Gostaria de te ajudar com as aulas, Elisa, mas deu minha hora e ainda tenho coisas para organizar depois daqui. – Ele abraçou a moça, dando um beijo em sua cabeça, enquanto saia. – E manda um beijo para as minhas Beneditos.

— Tchau, Otávio. E mando sim! – Elisabeta falou de maneira rápida, sorridente enquanto acenava para ele. Ela apoiou sua bolsa no balcão, e isso foi a última coisa que Otávio viu enquanto saia da sala e seguindo pelos corredores da universidade. Ele pegou seu celular e colocou seus fones de ouvido, colocando uma música recente que ele ocorreu por infelizmente se identificar. Ele via jovens pelos corredores da universidade cantarolando "Medicina", da Anitta, já outros, tocando violões enquanto cantavam "Eduardo e Mônica", do Legião Urbana, pela sétima vez no dia, enquanto ele assobiava o ritmo de "Quem de Nós Dois", da Ana Carolina, pelos corredores.

Poucos dos transeuntes daquele local interagiam com Otávio quando ele passava pelos corredores, mas seu bigode charmoso chamava a atenção de algumas pessoas que repercutiam o meio da música independente ou "de humanas" que por ali estudavam. Mas, educado como o bom moço que era, ele fazia questão de dar bom dia, dizer obrigado e pedir licença para cada um e uma que estivesse nas proximidades.

Ao chegar na saída da universidade, o rapaz pegou sua bicicleta e seguiu rota para sua livraria favorita, que além de um ótimo atendimento, pois obviamente, era de uma Benedito, em conjunto com o café maravilhoso que ali era servido, ele não se importava com a distância que iria percorrer.

A loja tinha similaridades com uma loja americana, já que a decoração foi feita com o auxílio de uma conhecida estilista Cavalcante e seu Carcamano. Plantas e flores se encontravam espalhadas pelos locais próximos aos pontos de sol da loja, já que sua vitrine em vidro permitia a entrada da luz do fim de tarde. A loja tinha um segundo andar visível, que era onde se localizava uma lanchonete clássica e confortável, que o contraste de seus móveis combinava com os tons da loja de livros, trazendo um ar agradável para todos.

Otávio deixou sua bicicleta estacionada nos pontos de bicicleta em frente à loja, entrando com um som de sinos que anunciavam a chegada de um cliente. A Benedito que estava lendo logo guardou o livro enquanto se levantava sorridente para a chegada de Otávio. Ela estava com um copo de chá sobre sua mesa, ela bebericou rápido antes de sair do balcão para receber o amigo.

— Como vai, Cecil!? – Otávio abraçou Cecília, a Benedito dos livros, que cresceu lendo Harry Potter e clássicos da literatura, não mudando tais atitudes quando a jovem cresceu, mantendo seu romance adolescente e se casando com um médico que parecia um príncipe encantado – e realmente era – dos livros que ela lia, Rômulo Tibúrcio. – Saudades de passar por aqui.

— Eu estou bem, e você realmente estava sumido! – Ela o abraçou com força. – Estava lendo o livro que você me recomendou, a história é tão...

Mi Amore, Mio - LutávioOnde histórias criam vida. Descubra agora