Capítulo 2

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*** Eduardo

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*** Eduardo

Passei a mão na barba por fazer. Olhei para todos os lados daquela avenida que parecia não ter mais fim no breu da noite. Eu só sei que seu nome é Celeste, conforme disse quando se apresentou e sua mão pequena e fria se aninhou-se entre as minhas. Eu não entendo as mulheres, definitivamente. Não entra na minha cabeça que uma moça tão bonita e de olhos tão intensos possa estar sofrendo por causa de um homem que está pouco se fodendo para o que ela sente. Pelo menos foi isso que Keka me disse a respeito de Celeste, quando me convidou para fazer parte de uma reunião entre suas amigas nesta noite. Fiquei sem jeito de recusar, afinal, essa maluquinha tem me ouvido nos momentos em que pensei que não haveria mais ninguém... Jamais esperei que nossa amizade fosse render tantos frutos, principalmente vinda de alguém como nós, um homem e uma mulher dispostos a conhecer o inesperado, mas na realidade o que rolou no início de nossa relação foi apenas dois beijos e uma vastidão de pecados confessados no final de cada noitada. Têm pessoas que são assim, nasceram para ser amigos.

Quando vi um carro prata saindo do estacionamento, de longe percebi os cabelos escuros brilhando no meio do nada, saí correndo para o meio da rua, tentando impedi-la de passar. Abri os braços e as pernas e fiquei assim até que seu farol me iluminou por completo. Quando ela parou, fui correndo para o lado de sua janela. Estava chorando, e mesmo assim seu rosto não estava mórbido.

− Desculpe senhorita, tenho ordens para não deixá-la ir embora. – eu disse, segurando na porta na intenção de impedir que seu carro se movimente.

− Hoje não será possível. – respondeu ela em lágrimas. Os carros atrás de nós, já buzinavam, e eu não tinha mais tempo algum de convencê-la a ficar.

− Estacione ali, podemos conversar, quem sabe você mude de ideia.

− Sinto muito. – respondeu ela, dando partida no carro, deixando-me ali no meio da rua, com carros indo e vindo ao passarem por mim.

Caminhei rumo à entrada do apartamento de Keka, sei lá, nem eu mesmo sei por que insisti. Nem nos conhecemos, talvez fosse melhor que ela ficasse só nesta noite. Eu nunca me casei, sequer tive algum relacionamento duradouro, não sei o que deva estar sentindo no dia de sua separação.

Para a minha surpresa, o carro voltou e buzinou. Virei rapidamente e lá estava ela, a branquinha de cabelos pretos, parada me esperando.

− E então, vamos subir? – perguntei. Para a minha surpresa, ela abriu a porta do carro para eu entrar.

− Entre. – pediu ainda chorosa.

− Quer conversar? – quis saber, na verdade, estava bastante surpreso.

− Quero que fique quieto. – respondeu mal-humorada. Eu só não entendi o que ela queria.

− Tudo bem. Mas posso saber o que quer fazer, caso não queira conversar?

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