Capítulo dezanove *Bónus*

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Depois de horas voando, as suas asas já pediam por descanso.

Agradecendo por já ter chegado ao seu destino, pousa no meio da floresta para que não seja vista por ninguém.

Como sempre.

Ela é invisível, ela é um mito, todos já ouviram falar, mas ninguém viu.

Não sabem se é uma mulher ou homem, não sabem quem ela é.

Não sabem porra nenhuma.

E ela deve continuar assim, sem chamar atenção e deixando cadáveres pelo caminho.

Resolvendo os problemas do destino e de quem ela ama.

Destino...

Ela trabalha para ele e mesmo assim le ferra.

O destino não dá desconto, nem para um dos seus melhores empregados, ou o melhor.

Ele não da desconto nem a ela, o seu braço direito.

Por causa disso, das rasteiras que o destino a deu, ela é assim.

Ela aprendeu a não sentir, a não se importar com merda nenhuma.

Assim como fizeram com ela.

Ela estava sobrevivendo desse jeito, cumprindo o seu destino.

Até que o destino a deu outra rasteira.

Mas essa foi a melhor que podiam a ter dado.

Ela teria a oportunidade de fazer algo, por alguém que ela nunca fez nada.

Por alguém que ela pela primeira vez ela deseja que saiba da sua existência.

Mas nem tudo é como a gente quer.

Ela não tem autorização para se mostrar.

Apesar dela não ligar, nem um pouco para as consequências.

A verdade é que ela tem medo, pela primeira vez ela tem medo.

Ao pousar no meio da floresta, ela arranja o seu vestido preto colado e coloca o seu casaco ela caminha calmamente com as suas botas de couro de dezassete centímetros até o seu destino.

A sua mente trabalha pensando em diversas formas de matar o inimigo, mesmo ela já tendo a sua ideia principal.

Isso não significa que ela não pode brincar com ela antes.

Um pouco de tortura nunca faz mal, pelo menos o ser sente algo antes da morte, mesmo que seja dor.

Isso também depende do tipo dor.

Qual é a pior dor?

Física ou psicológica?

Quem disse psicológica acertou.

A dor psicológica é uma dor que atinge a alma, uma dor difícil de sarar.

Diferente da dor física que depois de um tempo se cura facilmente.

A dor psicológica é uma dor que a cada lembrança a ferida aumenta.

Aí só tens duas opções, saber conviver com a dor, ou morrer com a dor.

E essa é uma das dores dela.

A psicológica...

E ela aprendeu a conviver com ela, já que morrer não é uma opção.

Não até ela esperar que o seu substituto atinja uma idade o suficiente para que ela o treine e o deixe em seu lugar.

Aí sim, ela pode morrer se quiser.

O bom é que ela não terá muito trabalho.

Já que a criança tem o sangue dos Winchester e Vodmont.

Ela cessa os seus passos observando a fileira de árvores caídas, mudando os seus olhos para um amarelo vivo, ela já consegue observar a casa e caminha em direção a ela batendo a porta três vezes seguidas.

A porta é aberta imediatamente e a bruxa repara na mulher a sua frente, o seu rosto demostra a sua confusão mental.

__Quem é você?- pergunta, sendo ignorada. A mulher entra na casa sem precisar da sua permissão.

__Não queira me conhecer menina-responde se sentando no sofá.

__Como você chegou aqui?, a casa está camuflada- exclama assustada parando encostada na porta depois de a fechar.

__Estava querida, não está mais- responde cruzando as pernas__ Sente, vamos conversar.

A dominância em sua voz fez com que a bruxa não questionasse e fizesse o que mandou.

Sentada de frente para a bruxa a mulher sorriu.

Um sorriso frio, sem nenhum sentimento visível. Nem felicidade, nem tristeza.

__Por que não me contas o que fizeste a menina Sky?.

__Eu não fiz nada!- exclama nervosa fazendo a mulher levantar e caminhar em sua direção.
A mulher se curva em frente da menina a encarando com os seus olhos agora vermelho vivo.

__Não se preocupe, é normal mentir quando se tem medo- a consola e se levanta ajeitando os seus fios da cor de ouro sobre os ombros.__ Agora faça logo a porção para parar o que você fez-ordena e a menina tenta levantar.

Os dezassete centímetros de bico fino da sua bota de couro vão de encontro ao peito da menina a fazendo sentar novamente, assustada com lágrimas nos olhos.

__Nem tente nada bruxa, você não vai querer ver o meu pior lado- diz e a menina acente assustada e a mulher retira o seu pé do peito dela__Então seja rápida, não tenho muito tempo- diz se afastando para a menina passar.

Na cozinha a bruxa faz a porção e a mulher encara cada movimento dela, não perdendo nenhum.

__Terminei- diz entregando o frasco a mulher__A senhora pode ir agora.

__Ainda tenho tempo, você foi rápida- diz esticando a perna e retirando de dentro das botas uma faca de prata e uma espada com alguns símbolos estranhos.

__O que a senhora vai fazer com isso?- pergunta com o medo evidente na sua voz.

__Espero que você não tenha sido burra o suficiente para pensar que depois do que você fez, ias sair impune?- pergunta e a garota fica em silêncio__É você é burra.

Levanta do banco e da a volta se aproximando da menina.

__Por favor senhora- implora com os olhos marejados.

__Me chame de Morte, e não se preocupe só iremos brincar um pouco.

__Me chame de Morte, e não se preocupe só iremos brincar um pouco

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Kayvrel Vodmont Where stories live. Discover now