Capítulo 7 - Desespero.

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Elena Maria De Bourbon

Aquele dia eu estava tirando as medidas para o meu vestido de noiva, eu estava tão feliz, nem conseguia acreditar no que estava acontecendo. O estranho realmente foi que Arthur não havia me mandado nenhuma carta sobre se tinha chegado com segurança até a Escócia, ele sempre me mandava com antecedência, mas acho que ele somente estava ocupado com tudo que precisava fazer por lá.

— O que acham da cor dourada? - Pergunto para minha mãe e Sophie.

— Bem... acho que é até apresentável, mas eu me casei com um vestido com tons de vermelho e dourado. Porque não escolhe um assim em que as cores se misturam? - Minha mãe pergunta.

Era até uma boa ideia, eu ainda era muito inexperiente naquilo tudo.

— Eu tenho um aqui que já está pronto, e que acho que vossa alteza irá gostar. - Disse a costureira.

Eu esperei que ela retornasse, e logo que vi o vestido fiquei apaixonada. Era da cor verde escuro, o que me fazia lembrar do verde das montanhas altas da Escócia, e alguns detalhes em dourado, o que representava a beleza da Espanha. Era o vestido perfeito.

— Posso experimenta-lo? Acho que este será perfeito. - Falo sorrindo.

— Claro que sim agora mesmo.

Com a ajuda dela, e de minha mãe eu consigo colocar o vestido que parecia ter caído como uma luva em meu corpo. Tinha ficado perfeito.

— È esse. Vou me casar com este vestido, mãe. - Falo emocionada.

— Ele é lindo, realmente. Você será a noiva mais linda que a Escócia já teve.

Sorrio para ela. Ao menos naquele momento ela parecia estar sentindo algum tipo de emoção.

— Bem... só preciso fazer alguns pequenos ajustes, mas ele está muito perfeito. È como esse que eu irei me casar. Quando eu precisar provar novamente é só mandar uma carta para o palácio. - Explico a costureira.

Nós deixamos o estabelecimento e entramos na carruagem. Rápido já estávamos no palácio, e assim que entramos na sala, um mensageiro aparece e entrega uma carta para minha mãe. Ela a abre e começa a ler.

O que houve, mãe? - Pergunto ao ver suas feições mudarem.

Oh, meu Deus! - Foi tudo que ela disse.

Minha mãe acabou desmaiando, e Sophie a segurou antes que ela caísse no chão. Colocamos ela em uma poltrona que havia ali, e eu peguei a carta do chão.

"È com muita tristeza que desejamos informar que o navio em que o príncipe Arthur estava acabou naufragando. Não houve sobreviventes, e infelizmente o príncipe acabou morrendo."

Não. Isso não pode ser verdade...

Minhas mãos tremiam e um nó se formou em minha garganta.

— O que houve afinal? - Pergunta Sophie.

— Isso não pode ser verdade, simplesmente não pode. Arthur não pode ter morrido. - Grito em completo desespero.

Meu pai apareceu na sala e seu rosto me disse tudo e muito mais.

— È verdade, filha. O próprio rei da Escócia me mandou uma carta ainda á pouco. Houve um naufrágio e... Arthur não resistiu.

Eu queria gritar com ele, e implorar para que me dissesse que tudo aquilo não era verdade, mas de repente tudo a minha volta ficou escuro, e eu senti como se caísse.

A Princesa Prometida (Livro 2)Where stories live. Discover now