━━ noah! u have a gf?

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- Você está sabendo que chegou um aluno novo na escola? - minha melhor amiga me intercepta na entrada do colégio e reviro os olhos. Bem informada como só ela conseguia ser, geralmente ela que me atualizava das fofocas.

- Não, mas o que tenho com isso? - vou até o meu armário, tirando de lá meu livro de história com meu caderno e estojo, guardando minha mochila no pequeno espaço.

- Ele é lindo, simpático, tem um sorriso bem bonitinho. - acho graça quando ela levanta a mão e começa a enumerar as coisas que achou interessantes no garoto.

- Até agora estou entender o motivo desse alvoroço todo pra você querer que eu saiba da presença desse novato aqui na escola. Quem é responsável por dar boas-vindas são os diretores e o pessoal do grêmio, não eu.

- Uau, meu olho até tremeu. Que discurso emocionante. - uma voz que não conheço fala atrás de mim, e me viro para dar algum comentário venenoso mas reconheço o garoto o qual minha amiga falava.

Alto, olhos claros e cabelos castanhos ondulados. Ele sorria maliciosamente pra mim, encostado no armário do outro lado do corredor, bem de frente ao meu.

- Bom, esse é o novato. - minha amiga sussurra e sai de fininho.

Porra.

- Oi novato. - digo fechando meu armário e tentando esconder a pontinha de vergonha que sentia por ter quase insultado ele sem ao menos conhecê-lo. Acho que se ele não tivesse manifestado sua presença, eu teria falado poucas e boas.

- Sou o Noah. - ele diz quando começo a andar pelo corredor, desviando de alguns alunos que caminhavam mais lentamente.

- Não perguntei, mas como tenho certeza que o destino vai fazer um trabalho muito daora para sermos colegas, sou a Y/N. - falo tentando me afastar dele.

- Nossa! Bom dia, né? - suspiro com o comentário irônico dele.

- Desculpa, só estou meio estressada com a prova de matemática e química que terei hoje.

Olho para Noah e ele sorri. Era fofo.

- A culpa não é só sua. Eu tenho essa mania de me meter na conversa dos outros quando me sinto um pouco deslocado. Aquela foi minha forma de tentar fazer amizade em um local desconhecido.

Acho graça daquilo e uma pontada de solidariedade.

- Noah... - sou interrompida pelo sinal, avisando que o horário iria começar logo. - Me encontra no intervalo, te apresento umas pessoas bem legais. Aí você senta conosco no almoço, que tal?

- Claro! - responde animado.

- Ótimo, agora tenho que ir. Nos vemos mais tarde. - corro para a sala onde teria aula de história antes de levar alguma advertência por chegar atrasada.

- Então turma, entenderam o motivo de Roma ficar dependente de escravos e o quanto isso afetou a sua economia? - a professora pergunta e alguns alunos murmuram respostas positivas enquanto escreviam algo em seus cadernos

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- Então turma, entenderam o motivo de Roma ficar dependente de escravos e o quanto isso afetou a sua economia? - a professora pergunta e alguns alunos murmuram respostas positivas enquanto escreviam algo em seus cadernos.

- Com licença... - rabisco algo que lembro que ela havia falado anteriormente na aula e nem presto atenção direito à quem falava com ela.

- Por que atrasado, jovem? - reviro os olhos internamente.

- Eu sou novato e estava resolvendo algumas coisas na diretoria. - aquilo sim me chama atenção, ainda mais com o burburinho que toma conta da sala.

- Silêncio. - a professora pede. Levanto meu rosto e tento esconder o sorriso que tomava conta do meu rosto, ao contrário de Noah, que parecia impossível estar mais alegre. - Poderia se apresentar?

- Oh, claro. - ele olha pra mim e caminha até a frente da sala. - Meu nome é Noah Urrea, tenho 18 anos, me mudei recentemente pra cá e acho que é só isso.

- Acho que... - a professora iria falar algo mas foi interrompida por uma garota.

- Tem namorada? - ela solta risinhos no fundo da sala junto à outras meninas.

- Ainda não. Talvez até o fim do mês ela aceite, né? - noto que ele olhava diretamente pra mim, o que fez a turma toda olhar também me lançando sorrisos safados. Encondo meu rosto nas mãos e sinto meu estômago ficar estranho, como se estivessem alojadas ali zilhões de borboletas.


- Então, vovó

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- Então, vovó. Foi assim que conheci o Noah. - sorrio e aperto a mão do meu namorado que aperta de volta e me dá um sorriso doce.

Minha avó queria tanto conhecer o Noah, e cá estávamos nós. Ela ouviu falar tanto dele que queria saber qual mel ele tinha dado pra minha família ser tão apaixonada por ele.

- Tomara que os filhos de vocês encontrem alguém que façam os olhinhos brilharem, assim como o de vocês quando se olham. - ela diz e quase infarto com aquela idéia.

- Filhos?! Vamos ter um monte de cachorros, isso sim! Sou muito jovem para querer filhos. - rebato.

- É claro, meu amor. - Noah se inclina e ouço seu quase sussurro no ouvido da minha avó. - Não esquenta, um dia ela vai querer ter bebês para a senhora mimar. Quantos vai querer? Espero que tenha espaço suficiente na mesa para eles comerem.

𝐓𝐄𝐋𝐄𝐏𝐀𝐓𝐈𝐀, 𝐧𝐮 𝐛𝐨𝐲𝐬 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬 ✓Where stories live. Discover now