Como, meu Deus? Como nessa vida eu poderia fazer alguém se apaixonar por essa garota?
Essa é a pergunta que Charles se faz quando dá de cara com sua missão para conseguir um cantinho no céu.
Após um grave acidente Charles recebe uma missão, já que...
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Charles me fez comprar vestidos chiques e saltos que eu tenho quase certeza que apesar da estabilidade, não vão dar certo comigo.
Quando ele se deu por satisfeito, eu quase não tinha braços para carregar tanta coisa e ele ainda queria ir a uma loja de roupas íntimas.
Eu entrei no provador puta da vida.
Caramba, para que experimentar sutiã? Quem faz isso? E esse tal de corsellet? Para que serve um Corsellet?
Comecei a tirar a blusa e estava tão distraída que não notei a presença de Charles. Quando me virei para olhar no espelho, ele estava ali. Bem atrás de mim. Meu rosto deve ter ficado roxo de tanta raiva.
— Mas que droga, Charles. Mete o pé daqui! — Eu literalmente bati o pé no chão.
— Seios bonitos! — ele sorriu sacana e ficou de pé as minhas costas, invadindo totalmente o meu espaço, ele passou a contornar o bico dos meus seios com seus dedos — Pequenininhos! — ele gemeu em meu ouvido — Rígidos! — seu riso era malicioso — Aposto que cabem na boca!
De primeira, eu simplesmente não tive reação, e até admiti para mim mesma que estava gostando dele colado a mim, mas então eu me toquei. Ele é meu cupido, droga!
— Se você não quiser ter suas bolas moídas. Acho bom se afastar! — O olhei brava. — Isso é, se você tem bolas, não é? Até onde sei, anjos são assexuados. — Não perdi a oportunidade de provocar ele mesmo sabendo que ele não é anjo. — Agora, saia daqui! — Falei alto.
— Eu não sou um anjo! — ele continuava sussurrando no meu ouvido e brincando com os meus seios, depois passou a mão pelo meu ombro — Quando fez a tatuagem?
Dei um cotovelada na barriga dele, antes que eu recomeçasse a gostar daquilo e ele se afastou um pouco.
— Eu fiz algumas coisas estúpidas na adolescência. Conheci um cara na época no colegial, fomos em um estúdio para ele colocar piercing e fazer uma tatoo, era só para ele fazer a tatuagem, mas ele acabou me convencendo e eu fiz! — Dei de ombros.
— É linda! — ele beijou o meu ombro e sussurrou, em meu ouvido — Não vai provar o sutiã?
— Se você me largar! — Levantei a sobrancelha. — Desse jeito vou começar a achar que não quer ser meu cupido?
— Senhora? — uma voz feminina ecoou fora do provador — Está tudo bem?
— Ela está achando que você é louca! — ele riu alto
— Sim, estou ótima. — disse tampando os seios. — Eu já estou saindo.
Ela assentiu e saiu. Não coloquei o sutiã, peguei minha blusa e vesti.
