A ruiva é fogo

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P.O.V Laryssa Casteles

No momento em que eu estava a me despedir da minha mãe e de Noah eu sentia meu coração apertar como se alguém o tivesse espremendo e esse alguém era a vida...

Eu olhava pela janela do carro observando a minha casa ficar cada vez mais pequena, junto com Helena e Noah que ainda olhavam para o carro ate ele virar a esquina.

Suspirei assim que minha vista não conseguia mais os velos.

E foi nesse momento que percebi que ainda não sabia para onde iríamos.

- Para onde vamos?.- Perguntei a Dener.

- Para o Brasil.- Ele foi frio.

Engoli em seco.

- Oque? Brasil? Porque tão longe?.- Perguntei tudo de uma vez, e tão rápido que só percebi que ele tinha entendido todas as minhas perguntas quando ele decidiu me responder meio minuto depois.

- Eu sei que o brasil não e um país de primeiro mundo e que ainda falta
muito pra isso, mas eu tenho negócios nesse país.- Disse ajeitando sua gravata.- Sei também que a educação e péssima, mais quem tem dinheiro nunca fica na mão. E eu sou um investidor da melhor escola do país que é onde Bernardo estuda, e já arranjei uma vaga pra você lá.- Ele me explicou.

- Eu não tenho nada contra o brasil! Pelo contrario acho um país fascinantes e muito diversificado!.- Falei revirando meu olhos com o comentário que ele tinha feito.- Só falei isso porque e muito longe e eu vou passar muito tempo sem ver minha mãe e Noah!

- É bom mesmo manter distancia daquele garoto, ele parece um delinquente!.- Ele falou com voz de nojo e eu me indignei.

- Não fale assim do meu amigo se não quiser ficar sem os seus dentes!.-Gritei.

- OLHE O RESPEITO EU SOU SEU PAI, NÃO VOLTE A FALAR ASSIM COMIGO, OU VOCÊ ARCARA COM AS CONSEQUÊNCIAS!.- Ele me gritou para me reprender.

- Não tenho medo de você Dener, nem do que você ira fazer ! Não me importo e nunca me importei!.- Falei com um sorriso cínico no rosto.

- Feche a janela!.- Dener falou para o motorista, que fechou a pequena janela que tinha no carro do meu pai e que dava acesso as cadeiras onde eles iam sentados.

Revirei meus olhps e comecei a olhar novamente pela janela, ate que depois de um tempo o carro parou em frente ao aeroporto.

O motorista abriu a janela novamente e Dener me olhou serio.

- Nós iremos no meu avião partícular! E ate chegarmos no Brasil eu não quero ouvir um piu vindo de você!.- Ele falou grosso comigo.

- Piu, piu, piu, piu, piu, piu.- Cantarolei enfrentando.

- Eu mandei calar a porra da boca Laryssa!- Ele se estressou e eu sorri.

- E se eu não quiser?.- Peguntei o enfrentando ainda mais.

Louca eu? Sim sempre.

Eu não tenho medo de Dener nem do que ele poderia fazer comigo, se ele acha que ira conseguir mudar quem eu sou ele estar muito enganado. Oque mas vale em uma pessoa e sua essência e isso eu nunca irei mudar.

Dener saiu de dentro do carro e foi ate a porta que dava ao banco que eu estava sentada e abriu, pegando em meu braço e me puxando para fora.

- Me solta!.- Falei com raiva.

Ele não falou nada e saiu me puxando ate a área de embarque.

Entramos no avião que estava apenas nos esperando.

Ele me empurrou em uma cadeira e mandou colocar o sinto.
Antes do jatinho começou a subir.

Uma moça linda chegou onde estávamos.

- O senhor deseja alguma coisa?.- Ela perguntou com uma voz meiga ou meu pai.

- Sim traga-me um champanhe!.- Ele sorriu para a moça e pegou em sua mão.

A mulher puxou sua mão rápido, e eu gargalhei daquilo.

- E a senhorita quer algo?.- Ela voltou seu olhar para mim ainda nervosa.

Fiquei calada.

- Senhorita?.- Ela voltou a falar comigo depois de alguns segundo de silêncio.

Continuei calada.

- Não escutou a moça falar com você?.- Dener falou sem paciência.

Continuei calada.

- Me responda Laryassa!!

- Você me disse que não era pra mim falar nada ate chegarmos no brasil e é isso que eu estou fazendo papai!.- Revirei meus olhos.

Dener me deu um olhar fatal.

- Responda a moça e volte a ficar calada!.- Ele rosnou para mim.

- Quero uma Pizza!!!.- Coloquei meus pés  em cima da poltrona.

- Já trago.- ela saiu sem graça.

Dener pegou seu computador e começou a mexer nele, ate que a moça voltou com seu champanhe.

Ele pegou sorriu para ela, depois ela veio em minha direção e me entregou a minha pizza e um garfo e faca.

Peguei a pizza e comecei a comer com as mãos mesmo, ela olhou para mim e deu uma risadinha, já Dener revirou os olhos e negou com a cabeça.

- com licenças.- a moça saiu.

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Já eram 10:00 do outro dia e eu já estava cansada daquela viagem.

Não conseguia mais ficar calada, e muito menos sentada naquela poltrona que agora ja estava desconfortável.

Percebi que Dener estava em um sono profundo, então era a minha hora de dar um passeio.

Me levantei e fui ate a cabine do motorista, onde só estava ele e a aeromoça conversando sobre algo, que pararam de falar ao me ver.

- Olá!.- Falei simpática.

- Senhorita você não pode ficar aqui!.- O motorista falou calmo.

- Relaxa só queria ver como é aqui!.- Me escorei em sua cadeira.

- É perigoso ficar aqui, volte e sente-se!.- A aeromoça se levantou.

Aproveitei e sentei em sua cadeira.

- Só um pouquinho por favor!.- Pisquei os olhos para eles.

- Seu pai não vai gostar disso!.- O piloto negou com a cabeça.

- Ele esta dormindo, nem vai perceber!

- Okay você pode ficar aqui, mais só um pouquinho.- A aeromoça olhou para onde meu pai estava.

- Eeeee.- Peguei o chapéu que estava na cabeça do piloto e coloquei na minha.- Então sobre oque conversavam?

Eles se entre olharam.

- N-nada!.- A aeromoça falou sem jeito.

- Você fica sem jeito muito fácil!.- Sorri sem olhar para ela, pós estava fingindo dirigir o avião.- Deveria ser mais convincente ao mentir!

- Não estou mentindo!.- Ela ficou vermelha.

- Sei... A terminaram o namoro porque?.- Falei na lata.

- Como sabe que nos namorávamos?.- O piloto me olhou curioso.

- Simples! Vocês estavam brigando quando eu cheguei, estão com os olhos vermelho, devem ter chorado. Vocês não estão usando aliança mais da pra ver a marca, o que avisa que terminaram recentemente !.- Falei sem olha-los, mais dava pra ver pelo canto do olho que eles estavam em choque me olhando.

- A-a.- A aeromoça tentou falar algo mais não conseguiu.

- Relaxa! Não precisa me explicar  nada, eu entendo que isso e problema de Vocês. Mais por favor, se oque sentem um pelo outro for verdadeiro, não desistam, a vida é muito curta e o amanha pode mudar muito, eu acredito no amor sabe?.- Sorri.

- Oi?.- O copiloto falou chegando na cabine assim que terminei de falar.- Oque ela faz aqui?! Se o pai dela ver!

- Relaxa já estou indo!.- Me levantei da cadeira, mais antes de sair.- Pensem no que eu falei!.- Falei para os dois que estavam me olhando ainda em choque.

Voltei para a minha poltrona e me sentei.

Após mais alguns minutos de viagem, a aeromoças veio nos avisar de que já estávamos chegando.

- Finalmente!!!.- Gritei ao receber a noticia.

- Qual foi o nosso combinado Laryssa?.- Dener levantou uma sobrancelha.

- Você falou para não falar nada ate chegarmos no brasil, e foi isso que eu fiz!.- Pisquei os olhos.

- Por favor coloquem o cinto de segurança e desliguem os celulares e notbook!.- A aeromoça falou se retirando.

Olhei pala janela enquanto o avião descia no novo país onde eu iria morar.

As claras águas azuis que revestiam as praias do litoral, era oque mais me encantava naquilo tudo, elas eram bem diferentes das da Califórnia.

Mais a minha bela visão foi aos poucos se desfazendo a cada vez que nos aproximamos mais do solo, Ate o avião parar na pista de pouso.

A porta foi aberta para que pudéssemos descer, dei uma longa espregiçada assim que pisei no solo.

- Finalmente!.- Comemorei.

- Obrigada!.- A aeromoça me abraçou do nada.

- Por?.- Perguntei sem entender.

- Por me fazer enxergar que ainda a chance para o nosso amor!.- Ela se referiu ao piloto.

Dei de ombros.

- Vamos.- Dener me chamou para que o acompanhasse.

Segui Dener , e seus seguranças me seguiram.

Saímos do local e entramos em um caro preto que nos esperava logo na saída

O motorista deu partida assim que os seguranças colocaram minhas malas no porta malas.