Capítulo 39

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Assim que o carro parou, eu praticamente voei para fora dele, o seu telemóvel continuava na minha mão e eu corri para o corrimão. Repentinamente ficou 30 graus mais quente.

Quando cheguei ao corrimão, curvei-me sobre ele e vomitei; penso que todas as vezes que quis vomitar por causa do Louis estavam concentradas no meu estomago, tornando impossível aguenta-las. Tudo estava a sair; todas as boas vezes que ele me deixou super entusiasmada e todas as más vezes que ele fez com que eu quisesse morrer num buraco.

Incluindo esta vez.

“Lorena? Bebé?” Assim que senti a sua mão na minha cintura, bati-lhe para que ele se afastasse e voltei-me para encara-lo.

“Bebé?” Repeti rapidamente, limpando o quanto da minha boca. “Depois de descobrir sobre isto, tu tens o descaramento de me chamar de bebé?!” Eu não queria saber se estava a gritar com todos os meus pulmões; era agora ou nunca.

“Diz-me, bebé, quando é que tencionavas contar-me?” Abanei o seu telemóvel no ar. “Pensaste que eu nunca iria descobrir?”

“Lorena-“

“E pelo amor de Deus, pelo menos uma vez na tua vida, não me mintas!”

“Eu nunca te menti!” Sim, claro. “Isso foi algo que nunca teve significado nenhum!”

“Então porquê é que não me contas-te?!” Wow, estávamos apenas a começar e eu já estava a ficar sem voz.

“Já te disse! Não importa!”

“Claro que importa!” Gritei. “Continua a importar! Isto, esta merda é a razão por que estamos juntos! Foi isso que nos juntou!”

“Não Lorena…” Ele bateu com a sua palma na sua cara antes de dar uns passos até mim. “Não é isso. Não consegues ver? Foi a aula de Drama, essa aula juntou-nos. E a peça-“

“Tretas.” Cuspi, interrompendo-o. “Eu tenho estado na tua aula de Drama desde o ano de caloiro e tu nunca sequer olhaste para mim, o tempo todo!”

“Tu tinhas namorado!” Ele defendeu-se.

“Tu nem sabias! E também não seria a primeira vez que curtirias com uma rapariga comprometida!” Era verdade, estava a tornar-se pessoal. Mas, mesmo que eu quisesse ser a mázona da situação, não conseguia evitar em sentir os meus olhos a arder um pouco.

“Deus.” Disse quando olhei para o rio à minha esquerda. “Todo este tempo… eu pensei que gostasses mesmo de mim.”

“Eu gosto-“

“Eu pensei que te tivesses interessado por mim porque quisesses e não porque alguém te disse para o fazeres! Eu pensei mesmo que fosses um humano decente! E depois eu descubro que tu fingiste estar interessado em mim por causa disto? Disto?!” Abanei o seu telemóvel outra vez, mas desta vez ele não ficou parado a observar-me; ele deu uns largos passos em frente, arrancando-me o telemóvel das mãos como fez no carro.

“Tu queres mesmo saber o quanto isto importa?” Ele perguntou baixo, o seu olhar duro.

Antes de me aperceber, estava a gritar “Não!” quando o vi a atirar o telemóvel para o rio Tamisa. Observei o pequeno objeto a cair, e literalmente me contraí quando ouvi o chapinhar, dizendo que ele tinha chegado a água.

Alguém peixe iria ter bastante sorte.

“Quantas vezes é que vou ter de o dizer?” Louis continuou como se nada tivesse acontecido. Escusado era dizer que ele estava a tornar-se agitado também. “Não tem nada a ver com a minha decisão de querer estar contigo.” Ele estava a tentar soar racional e calmo, mas não estava a funcionar para mim.

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora