Capítulo 15

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Acordei sentindo-me melhor pela manhã, a febre havia definitivamente baixado. Ontem à noite, Selena não conseguiu ficar de boca fechada e acabou contando para a mamãe como eu estava, e como sempre ela cuidou de mim como se eu ainda fosse um bebê. É hilário que por mais que eu cresça, para ela continuarei sendo sempre sua menininha. Eu me sentia disposta para o dia de hoje, principalmente estudar. Determinada, me levantei e dei uma passada no banheiro para mais uma rotina de sempre. Escovar os dentes e tomar banho, era tudo o que eu precisava. Dez minutos depois eu já estava de volta ao meu quarto. Abri meu Closet e procurei por minha calça escura favorita e como o dia hoje estava frio, escolhi uma blusa branca de frio, nada além de mangas compridas e gola alta. Eu adorava aquela peça. Assim que a toquei senti que havia algo dentro de seu bolso esquerdo, coloquei meus dedos lá dentro e eles trouxeram uma fotografia, na verdade, a fotografia. A de Brandon, eu havia esquecido de tirá-la dalí. Deixei tudo em cima da poltrona e segurei apenas a foto, andei até minha escrivaninha, e a guardei dentro de uma gaveta. Em seguida fui arrumar minha cama. Logo depois eu me vesti, deixei meus cabelos presos em um rabo de cavalo prático apenas com algumas mechas soltas na frente. Passei um batom nude e um pouco de pó compacto. Eu já estava pronta. Guardei minha maquiagem e ouvi baterem na porta. Era a mamãe.

- Bom dia, mãe.- Saudei terminando de fechar o zíper da minha bolsa que dentro continha meus materiais.

- Vejo que se sente melhor hoje.- Constatou depois de algum tempo.

- É, sinto-me melhor, aliás, obrigada por cuidar de mim.- Agradeci e ela me atribuiu um sorriso materno.

- Não agradeça, querida, faço isso com amor.- retribuí o sorriso.

- Pensei que já estivesse ido para o salão.

- Eu estou indo agora, quer uma carona ? - Perguntou.

Não seria uma má ideia.

Assenti terminando de colocar as alças da bolsa em meus ombros.

                             ***

- Pronto, chegamos .- Mamãe disse ao parar o carro no estacionamento do Colégio.

- Obrigada pela carona, mãe.- Falei já abrindo a porta do carro e saindo.

- De nada, querida, tenha uma ótima aula.- Ela deu a volta com o carro e seguiu seu percurso.

Segui o meu também. Comecei a caminhar. Alguns alunos me cumprimentaram na entrada da escola quando cheguei. Respondi a todos com um sorriso e um "olá" educado. Depois segui para a minha sala.

- Você simplismente não pode terminar comigo por telefone !

Estava passando pelo corredor, na parte menos movimentada, quando parei de andar ao ouvir uma discussão, a voz era conhecida. Agnella. Ela estava discutindo no celular com alguém, parecia ser Elliot. Eu não tenho o visto mais tão frequentemente como antes, ele parecia está viajando.

- Por favor, Elliot, vamos conversar. - Ela parecia aflita. - Elliot?!

Ele havia desligado o telefone na cara dela.

Ela resmungou a palavra "idiota" bem baixinho, e começou a chorar. Eu nunca a vi chorando antes, e confesso que senti um pouco de compaixão pelo seu estado. Era terrível sofrer por amor. Resolvi me aproximar.

- Oi.- Falei, ela parou de chorar no mesmo instante em que me viu.

- O que você quer? - Perguntou ríspida.

- Eu estava passando e acabei ouvindo tudo...

- E veio aqui para rir de mim.- me interrompeu.

- Eu não sou como você Agnella, eu não fico feliz em ver o sofrimento das pessoas.

Ligados Pelo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora