Capítulo 1 - Família em Ruínas

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Família... O que isso significa? Algo que é composto por um pai, mãe, filhos... até mesmo um cachorrinho para combinar; todos seriam felizes, e ajudariam um ao outro, o irmão mais velho estressa a irmã mais nova...

Porém, meu significado de família era outra coisa.

Vivo na cidade de New Pal's, na costa sul de Louisiana, Estados Unidos. A cidade era extremamente extremista, violenta e só aqueles fortes o suficiente são capazes de viver aqui.

Meu pai é Sean Edward. Ele é um cara velho, de 43 anos, cabelos pretos meio branqueados, olhos pretos, pele clara um pouco rugado e totalmente extremista, junto com o resto da cidade. Defende a liberdade de armas, preconceituoso e defende a anti-imigração. Trabalha em sua própria agência de advocacia, e quer muito que eu herde aquela agência.

Minha mãe, Julie Edward, 37 anos, é um pouquinho mais diferente, porém tem quase as mesmas ideias. Cabelos ruivos, olhos verdes, corpo feito, e sempre anda ricamente. É totalmente fiel como mãe e esposa, e às vezes sem mantém submissa ao meu pai. Tinha se casado por dinheiro, mas acho que hoje se arrepende.

A única diferente, mais libertadora e aberta, é a minha avó, Agnella Edward. Uma senhora de 69 anos de idade. Ela mora no Canadá, e vive sozinha por lá. Ela pode até ser bem velha, mas sempre está cheia de energia.

E também tinha meu irmão, Louis Edward. Ele morreu na guerra. Quando fez 18 anos, meu pai o obrigou a se alistar no exército. Foi chamado para batalhar no Oriente Médio, mas não sobreviveu. Meu pai ficou muito orgulhoso quando Louis entrou no exército, mas depois ficou totalmente abalado, e se tornou mil vezes pior e culpa os iraquianos ou qualquer pessoa que vive por lá.

E finalmente, eu. Sou Sophie Edward, de 16 anos. Cabelos longos morenos, olhos azuis e corpo sensual recém-formado. Mesmo sendo jovem, já sabia dirigir e atirar. Meu pai queria treinar apenas meu irmão em armas para que ele não passasse vergonha no exército, mas acabou optando por me ensinar para eu me defender. Me defender de um povo que tinha no mínimo uma escopeta em cada canto de suas casas.

Ou era isso que eu pensava, até perceber que as armas eram para as pessoas se sentirem poderosas, respeitadas, e até mesmo temidas. Aquela era a verdade, segundo minha avó; depois que ela me contou isso, nos meus 13 anos, meu pai nunca mais me deixou vê-la. 

Desde então, só vivi nessa cidade. Chata, sem graça, e nunca tive o direito de sair. Meu pai sempre me mantinha em casa, querendo ficar sempre de olho em mim. Aquilo era mesmo bem sem graça.

Eu estudava na Saint Monchror, uma escola do ensino médio da minha cidade. Todos eram basicamente iguais. Mesma ideologias, mesma ideias... e eu ia junto.

- Ei garota, vai ter uma festa na praia — disse minha amiga. Jennyfer Scott, ruiva, pele clara, olhos castanhos e um pouco baixinha — Vai ir? Todos os garotos vão.

- Não sei. Vou te que passar pelo meu pai — eu disse. Mas eu já estava feliz; era fim de Maio, e as férias de verão estavam prestes a começarem — Bem que ele nunca deixou eu ir...

- Vamos vai. O gostosão do Jonny vai estar lá — disse Jennyfer, piscando. Jonny, um garoto popular da escola. Sempre andava descolado, um topete alto, fortão. Parecia até aqueles caras dos anos 80 — E assim, você vai ficar virgem pra sempre. Vamos amiga, você tem que ir.

- Vou ver o que poderei fazer — respondi. O sinal tocou, e saímos. Me despedi da minha amiga logo na saída.

Retornei para minha casa a pé, enquanto observava a mesma paisagem de sempre. Casas de madeira por uma rua limpa e chique. Em cada casa, havia um jardim na frente e algumas uma bandeira do país. Era sempre daquele jeito, e não via qual era a graça de manter uma bandeira daquelas na frente da casa.

Viagem AmericanaWhere stories live. Discover now