Leon
Algumas horas antes
Eu estava sentado na minha cadeira confortável, lendo um artigo novo sobre um remédio milagroso. Minhas consultas já haviam terminado, mas eu sempre ficava um pouco mais, caso aparecesse algum caso de emergência. Eu era chamado pelos corredores da clínica como o doutor precavido. Eu só tinha aprendido a amar essa minha profissão,mas uma parte minha ainda se lembrava do meu outro amor,a música.
— Doutor Leonardo! — Bateram na porta do meu consultório.
— Pode entrar. — Murmurei de volta. Logo ouvi o o barrulho da maçaneta ser virada.
— Já está pronto pra irmos almoçar?
—Indagou-me a Aly, aproximando-se de mim.— Sim,já acabei. — Murmurei ao fechar meu notebook. — Ela sorriu. Segurou meu rosto e abaixou-se para selar nossos lábios. A beijei rapidamente e ela sentou-se no meu colo.
— O que você tem? — Indagou-me enquanto avaliava-me.
— Nada. — Lhe disse. — Não à nada.
— Fingiu acreditar.— Vamos ,estou faminta. — Eu assenti.
Alguns minutos depois
Já havíamos chegado ao restaurante. A Aly, havia escolhido uma mesa bem no meio do salão. Estava cheio,e nossos pedidos já havia chegado. Eu começava a comer ,meu macarrão ao alho e óleo com frutos do mar. A Aly havia escolhido um risoto de mariscos. Tomávamos uma bebida refrescante sem álcool,já que eu a tarde teria que cumprir algumas horas extras no hospital público.
— Eu não me canso de comer isso.
— Confessou-me entre as garfadas de seu risoto. — Leon, porque você não pode tirar a tarde de folga. Queria tanto te levar naquele museu novo.— Não vai dar. Vamos outro dia.
— Lhe disse. — O Antônio está me esperando. A filha dele não anda nada bem. Eu preciso mesmo ajuda-lo.— Você continua sendo um babaca sabia? — Eu cocei meu rosto rapidamente.
— Se ajudar ao próximo e ser babaca, então eu sou. — Ela revirou os olhos.
— Doutor Leonardo Martins!
— Chamou-me, o secretário de saúde,ao se deparar comigo em uma das mesas do restaurante. Ele aproximou-se de mim todo sorridente. Enquanto sua esposa seguia até uma das mesas que ficava mais afastada de nós.—Boa tarde ,senhor secretário. — Ele sorriu ,e cumprimentou com um aceno à moça à minha frente. Ele era um senhor já de idade,usava suas roupas caras ,e não se importava de mostrar o quanto podia gastar. Boa parte de seu patrimônio foi construído com o dinheiro ilícito.
— Sua esposa? — Indagou-me curioso. A Aly riu.
— Eu adoraria ser a senhora Martins,mais infelizmente o pedido ainda não foi feito. — Fez bico,e o secretário arregalou os olhos com a audácia da moça.
— Quem sabe você ainda não encontrou o homem certo! — Piscou o olho para ela,e eu ri enquanto levava minha bebida à boca.
— E o homem certo ,seria o senhor?
— Eu não me contive e acabei rindo. O homem ficou vermelho,e afrouxou a sua gravata e imendou numa crise de tosse em seguida. — Sua esposa sabe que o senhor anda flertando com desconhecidas por ai? — O secretário olhou em direção a sua esposa rapidamente.— Eu não disse isso! — Tentou Justificar e a jovem gargalhou.
— Mais bem que queria ter dito!
— Afirmou ao pobre homem,que já deixava à mostra, suas bochechas coradas.— Foi bom lhe ver, depois passe na minha casa. Minha filha o aguarda.
— Eu assenti e ele se foi.— Minha filha o aguarda! — Imitou a voz do secretário com desdenho.
— Alycia! — A repreendi enquanto franzia a minha testa ,e ela tomou um gole da sua bebida. —Você não devia ter o tratado dessa forma. — Ela bufou.
— Ele é um velho tarado , isso sim.
— Esbravejou irritada. Notei que alguns olhares vieram ao nosso encontro.
— Leon,ele não tirava os olhos do meu decote! — Eu ri.— Também,quem mandou usar um decote tão profundo. — Ela revirou os olhos.
— O que é bonito, tem que ficar em evidência. — Eu Gargalhei,e ela levou sua bebida à sua boca. — Me fala, o que você tem com a filha dele?
— Indagou-me curiosa enquanto voltava o copo à mesa.— Monique. Esse é o nome dela.
— Ela focou seus olhos aos meus.
— E é uma adolescente muito inteligente. Eu sempre a visito,para jogarmos uma partida de videogame.
— Ela gargalhou.— É isso. — Riu.
— Sim, qual a graça? — Parei de comer e a olhei.
— Só achei engraçado. Só isso. — Me disse.
— Ficou com ciúmes,foi? — Seu sorriso ficou fraco.
— Não tenho ciúmes de adolescentes.
— Me disse. — Tenho ciúmes de uma unica pessoa. — Senti a minha garganta secar. Tomei logo um gole de minha bebida. — Helena. Não é esse seu nome?— Aly,por favor...— Pedi,mais ela me ignorou.
— O que foi?— Indagou-me fazendo-se de desentendida. Você tem que se olhar no espelho,e ver o quanto esse nome te incomoda. — Voltei a comer. — Leon,os anos passam e você continua um bobão. — Murmurou.
— Aly,por favor. — Fechei meu rosto para ela.
— Ela tá nem ai pra você! — Voltou a murmurar. — Semana passada eu a encontrei na fazenda. Ela tava cheia de risinhos para um funcionário do Luan. Ela tá em outra faz tempo.
— Murmurou. — E eu aqui. Disposta a largar tudo por sua causa e você faz o que? Hein... — Cutucou-me eu voltei a olha-la. — Faz nada. Esse é o problema de nós dois. Não acontece nada. — Ela parou de comer e irou-se. — Nos nem namoramos de verdade. Somos um caso perdido. Sou um passa tempo pra você,até a mulher que você realmente ama decidir voltar pra você. — Ela largou seus talheres no prato e levantou-se.— Aly,sente-se por favor. — Pedi.
— Não! — Murmurou irritada. — Não tô afim. — Puxou sua cadeira para trás e saiu em direção a porta.
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Um pedacinho do meu coração ✔
RomanceEsse é um spinoff do livro Um pedacinho de nós dois. Livro pertencente à série de livros Pedacinho meu. Disponíveis no meu perfil. O texto abaixo é a letra de uma música que o Leon criou pra Helena. Como flash te vejo em minha memória, sentados na...