Prólogo

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— Guilhermino! – a mulher ruiva chama o homem que se vira assustado sabendo que o tempo estava prestes a acabar

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— Guilhermino! – a mulher ruiva chama o homem que se vira assustado sabendo que o tempo estava prestes a acabar. — Precisamos esconder Crystal rápido. – diz tensa se referindo a criança de cabelos negros.

— Ok, eu vou escondê-la. Você precisa despistar eles, nos encontramos no parque. Tome cuidado.- diz o homem lançando um beijo em sua direção e então a mulher começa a correr em direção oposta.

O homem pega a pequena criança nos braços e começa a correr floresta dentro. Depois de uma pequena corrida o homem para e coloca a criança no chão.

— Crystal minha querida, papai precisa fazer uma coisa. Você pode ficar aqui? – a criança o encara sem entender o que o homem está dizendo. Seus olhos azuis estão baixo e mesmo sem entender ela começa a chorar.

— Não chore minha pedra preciosa! – diz o homem se abaixando e abraçando a pequena criança.

— Dum scilicet appetimus ea mala sunt, non vident. – sussurra algo em latim.

— Papai ama você, Crystal. – fala com lágrimas no rosto, ele tira o colar do seu pescoço e coloca no da criança.

Ele tira do casaco uma pequena zebra de pelúcia e entrega a criança e lhe dá um beijo em sua testa. O homem começa a andar deixando para trás a criança no meio da floresta.

A criança sem entender brinca com sua zebra sem sentir falta do seu pai. Ele dá uma última olhada em sua criança e então começa a correr em encontro a mulher ruiva no parque.

Depois de alguns minutos ele chega no maldito parque onde a mulher está andando em círculo impaciente.

— Pronto? – pergunta a mulher assim que o vê.

— Sim. - balança a cabeça concordando. — Onde você deixou Mérida? – pergunta preocupado com a outra criança.

— Com uma velha amiga, ela estará segura. – respondeu a mulher com uma certa tristeza no olhar.

— Ótimo, ambas estão seguras. Só queria poder dizer o mesmo do nosso precioso bebê! – diz passando a mão pela barriga da mulher ruiva e fazendo com que algumas lágrimas caiam de seu rosto.

Por um momento os dois ficam parados ali olhando um para o outro. Eles sabiam que não tinham muito tempo, os homens estavam atrás deles fazia muito tempo e o dia da mortes deles era aquele dia não tinha como prolongar isso. E por incrível que pareça os dois estavam em paz.

— Elas terão um futuro, Agnes.
– sussurra o homem e a mulher concorda com os olhos cheios de lágrimas.

Os dois olham rapidamente para o oeste quando escutam um barulho de pisada. O homem tira sua espada das costas e se inclina se preparando e a mulher ergue sua besta carregada esperando os malditos.

Ela é surpreendida com um ataque nas costas fazendo-a derrubar a besta no chão. Ela lhe dá um soco no rosto e vários em diante até o rosto do homem começa a sangrar.

Os dois lutam bravamente até o homem ter a garganta cortada por uma adaga, o homem de terno desliza a adaga fazendo o sangue escorrer. A mulher fica em choque em ver seu parceiro de muitos e muitos anos de fuga morrer em sua frente, o homem que estava lutando com ela aproveita a oportunidade, então a algema por fim amarrou suas perna em uma corrente de prata enfeitiçado e tampou sua boca com um pano velho e sujo

— Fique tranquila, logo logo irá se juntar a eles, só precisamos de algo que está dentro de você. – fala e então rasga todo seu vestido verde musgo a deixando completamente despida.

A mulher tenta gritar e se debate pelo chão mas nada daquilo adiantava. O homem pega uma adaga e abre sua barriga com um corte reto do umbigo a costela. A mulher grita de tanta dor e seu desespero aumenta a cada segundo. Diante de todo aquele sangue o homem coloca suas mãos sujas dentro de seu ventre e retira a criança da barriga de sua mãe.
O vento soprava forte enquanto o choro de um recém nascido escoava pela floresta. Agnes chorava ao ver o quão lindo seu bebê e se culpava pelo futuro trágico que aquela criança estava destinada.

— Pode dizer "oi" para seus antepassados por mim? – sussurra o homem no ouvido da mulher colocando por fim uma adaga em seu peito, cruzando de ponta a ponta seu coração.

{...}

Depois de longas três horas vagando pela floresta em busca de seu pai a criança finalmente o encontra mas não da forma que desejava.

A criança se aproxima do seu pai e pega em sua mão e depois puxa tentando acordá-lo. Depois de tentar, tentar e não conseguir acordá-lo a criança senta ao lado do seu corpo e brinca com sua zebra esperando seu pai acordar.

A manhã acabou e a tarde chegou junto com a polícia, um casal caminhava pela floresta quando escutou o choro da criança. Eles ligaram para polícia que logo chegou com sua equipe.

Uma mulher loira se aproxima da criança sentada ao lado do corpo do pai. Ela se abaixa e toca na criança que recua com seu toque, mesmo a criança sem entender a situação aquele dia lhe assombrar pelo resto da sua vida.

— Venha, você precisa sair daqui. – diz puxando sua mão.

— Papai! – a criança diz correndo para perto do seu pai. A mulher a pega no braço e a criança chorar desesperadamente. — Papai!
– diz novamente entre os soluços."

Abro meus olhos vendo o teto branco e me lembro que estou no meu apartamento. Levanto minhas costas da cama e passo minha mão sobre meu rosto sentindo abaixo dos meus olhos molhados.

— Droga! – falo quando levanto da cama, o mesmo pesadelo de sempre.

A ordem dos cincosWhere stories live. Discover now