Além das Aparências (Degustação)

7. Sim ou não, eis a questão!

Percy me trouxe em casa, eu o convidei para entrar enquanto fazia janta para o meu pai ele me contava sobre a irmã mais nova. O carinho que ele fala dela é palpável, sorrio achando lindo o carinho dele para com ela.

_Você quer jantar?

_Não. - Ele responde se levantando da bancada da cozinha. - Vou conhecer meu sogro hoje?

_Você já conhece meu pai.

_Não como seu namorado.

_Não estamos namorando. - Digo de forma displicente, sinto seus beijos em meu ombro e pescoço. - O que você está fazendo...? - Pergunto com a voz mais melosa do que gostaria.

_Tentando descobrir o que sou para você, já que não sou seu namorado. - Solto um gemido sem querer e sinto seu sorriso sobre a minha pele. - Um ficante, talvez?

Me viro e o encaro.

_O que eu sou pra você? - Pergunto com a sobrancelha erguida, faço minha melhor pose inquisidora. Os olhos verdes agora muito mais escuros.

_Eu diria minha namorada, mas não posso namorar sozinho, então você vai ser o que quiser.

_Seremos só nós dois, sem uma terceira pessoa? - sei que é uma pergunta idiota, mas é importante pra mim, ainda que ele minta.

_Eu não aguentaria dividir você.

Sorrio com a careta que ele faz, parecendo imaginar. Novamente sou assombrada pelos meus medos e pela cena do Vitor com outra mulher.

_Eu vou dividir você!? - esclareço.

_Com certeza não. Eu sou homem de uma mulher só. Não aceito dividir e não quero ser dividido. Não sou o seu ex, não me confunda. - Ele diz sério.

Não sei porque mas essa declaração apesar de ter saído meio rude, me enche de alegria, o sorriso que decorra minha face é muito maior do que consigo sustentar.

Tomo a iniciativa e lhe dou um beijo estalado. Me solto para ir até a sala, sou impedida por braços fortes e um beijo assim que passo por ele. Tudo em Percy é completamente diferente, desde a forma como me beija, a convicção explícita em suas respostas, o cuidado que tem comigo, o jeito que me olha como se enxergasse minha alma, sua maneira de andar como se fosse o dono do mundo mas na verdade ele é humilde e simples, isso me encanta.

Estamos em pé no meio da cozinha nos beijando. Não era um beijo quente mas não era um dos mais comportados.

_Rum, rum... Atrapalho? - Meu pai pergunta e eu me sinto muito envergonhada. Não sei como meu pai se sente e detestaria fazer algo que o incomodasse.

_Não senhor. Eu vim trazer Isabella e... - Acho que o olhar que recebo é uma pergunta muda se ele diz algo sobre nós ou não.

_Estamos namorando! - Digo rápido atropelando as palavras. Sinto meu rosto corar por causa da vergonha. Depois de tão pouco tempo eu já apareço com outro rapaz! Parece muito errado...

Meu pai sorri e meu namorado me olha confuso.

_Isso eu percebi. - Meu pai diz. - Quero saber se tem janta. - Ele passa por nós com um sorriso divertido e para de frente ao fogão.

_Eu acabei de fazer. - Respondo.

Meu pai olha as panelas e depois nos olha, Percy está logo atrás de mim e com certeza olhando as reações dele.

_Não vão jantar?

_Não senhor eu comi batata frita, muita batata. - Acho graça da expressão que ele faz, como se a batata fosse um problema.

_Se continuar com essa alimentação vai estragar esse corpinho... - Meu pai diz em tom de brincadeira.

_O senhor tem razão... - Percy coça a cabeça enquanto franze a testa e depois sorri.

_Vai dormi aqui? - Meu pai pergunta me olhando sem qualquer expressão. E fico na dúvida sobre o que ele está pensando .

_Não... Eu tenho um trabalho pra fazer, talvez no fim de semana. Se o senhor estiver em casa podemos assistir um jogo. - Essa sim foi uma atitude bastante respeitosa.

_É uma boa pedida. Vou olhar meu plantão e te falo. Agora se me dão licença vou comer um pouco antes de dormir.

Vejo meu pai sair da cozinha e piscar para o meu, agora namorado, que sorri e balança cabeça. - Eles parecem se conhecer... - Não pergunto se isso é realmente verdade apenas volto abraça-lo.

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Espero que estejam gostando dessa história.

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Beijos da Luci