Perversa

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(Pither💣)

- LIAM!!! Eu o olhei perplexo. - Foi Liam quem mandou atentarem contra a sua vida!
- Eu não sei... Ele não estava na exposição naquele dia! Respondi.
- Claro que não estava... A Deborah representou ele! Ou você acha que aquele mal estar repentino realmente existiu? Balancei minha cabeça incrédulo. - Pither dias depois eu soube que Liam tinha pago para executarem você, juntamente com a Déborah!
- Meu Deus Lorenzo! Por que Déborah me queria morto? Estava horrorizado.
- Porque era muito conveniente pra ela... Se você morresse, seu pai jamais pediria um teste de DNA do bebê que ela espera. E justamente ela ficaria com tudo que te pertence!
- E você Lorenzo? Franzi o cenho. - Pra você não seria conveniente a minha morte? Claro porquê assim você teria o caminho livre, com a mulher que você ama e o seu filho? e é claro com todo o dinheiro que um dia você sonhou!!
- Olha Pither eu sei que você deve estar pensando o pior de mim... Claro com toda a razão, eu nem tenho moral pra olhar na sua cara depois de tudo o que fiz! Mas eu estou realmente arrependido...
- Será? O analisei com os olhos. - Será mesmo arrependimento ou você está procurando proteção, agora que o plano de todo mundo falhou?!
- Como eu te disse antes, não mereço seu perdão! Ele me olhou nos olhos.- Eu te entendo e você não tem porquê confiar em mim... Mas saiba que estou disposto a tudo, para que você acredite que hoje estou sendo sincero!
- A tudo mesmo? Ergui uma sobrancelha desconfiado.
- Absolutamente! Ele confirmou.
- Humm... Venha comigo! Vamos dar um passeio!
Peguei a chave do carro e Lorenzo me acompanhou sem saber o que eu estáva armando.

(Esther👶)

Apesar do Miguel ter um sorriso encantador, ele parecia chateado como se algo o preocupasse. Vi ele falando no celular enquanto eu estava na loja, comprava linhas e agulhas para Diana.
- Tá tudo bem? Perguntei ao me aproximar dele.
- Sim! Ele deu um meio sorriso.
- Miguel eu espero que você não esteja dando informações sobre mim a Pither! Falei séria.
- Eu não estava falando com Pither, e sim com o Matheus! Estou preocupado com o Sucrilhos...
- Você mente muito mal, Senhor Miguel Ângelo! Apertei os olhos desconfiada.
- E você é muito curiosa! Ele disse colocando seu braço sobre o meu ombro. - Vamos! A gente já está atrasado!
Sorri acompanhado Miguel para o lugar misterioso em que ele estava me levando. Eu não cai naquela história de preocupação com o Sucrilhos. Mas tive muito mais motivos para me preocupar quando percebi que o tal lugar era uma clínica.
- O que estamos fazendo aqui? Sussurrei no seu ouvido.
- Espera e verá! Ele deu uma piscadela.
Miguel se aproximou da recepção e fez um porte de bom moço.
- Boa tarde! Eu liguei mais cedo marcando um ultrassom no nome de Esther...
- O quê? Me surpreendi no mesmo instante.
- Shiii! Ele se voltou pra mim.
- Pois não! Preencha a ficha por favor! Ela entregou me o papel e eu encarei Miguel ainda assustada.
- Eu não vejo a hora de seus documentos se regularizarem e você poder exibir o nosso sobrenome por aí! Ele disse baixinho ao meu lado.
- E você pode me explicar o que está acontecendo aqui? Falei com o canto da boca para que a recepcionista não nos ouvissem.
- Simples! Vamos ouvir o coraçãozinho do seu bebê! Ele deu de ombros. - Não é o máximo?
- Seria se eu soubesse onde você conseguiu dinheiro pra isso?! Levantei uma das sobrancelhas.
- São minhas economias! Ele deu um sorriso maroto.
- Sei... Falei desconfiada. - A Naná vai nos matar por não termos avisado ela!
- Relaxa... Com a Diana eu me entendo! Ele disse entregando a ficha para a recepcionista com o sorriso mais orgulhoso possível.
Como já era de se esperar a médica perguntou se o Miguel era o pai. Essa pergunta me incomodava um pouco pois saber que eu ia ter que responder isso pelos próximos meses era realmente muito chato.
Miguel pelo contrário não se intimida com nada! Deixou a doutora a par de tudo o que acontecia comigo. Tagarelava sem parar sem deixar de mencionar que era o seu primeiro sobrinho.
A médica passou gentilmente um gel sobre um aparelho pontudo e estranho. E disse que como eu estava de poucas semanas o procedimento seria transvaginal. Enquanto eu estava deitada, ela me explicou que a partir da oitava semana o embrião já se transformava em um feto de mais ou menos vinte milímetros. E daí então iam acontecer as transformações no meu corpo.
Eu expliquei a ela sobre os enjôos e a doutora disse que quando eu me sentisse assim, poderia comer uma bolacha água e sal que ajudaria muito.
Quando o aparelho tocou o colo do útero eu tive um incômodo. Depois uma sensação jamais sentida, era como se todo o amor da minha vida se resumisse naquele momento. Meus olhos se encheram de lágrimas quando pude ouvir o coraçãozinho do bebê. Era forte e rápido, e Miguel segurou na minha mão ansioso.
A médica franziu a testa intrigada, senti ela contornar toda a minha barriga como se procurasse algo.
- Como eu suspeitava! Ela disse olhando o aparelho de ultrassonografia.
- Algum problema? Miguel perguntou aflito.
- Não! Problema nenhum... Só me diga se vocês estão ouvindo isso? Ela disse sorrindo ao perceber a nossa cara de espanto.
Ouvimos os batimentos cardíacos como se oscilassem e batessem em sequências contrárias. Eu não estava entendendo nada! Acredito que não era a única, pois a expressão de pânico de Miguel era evidente.
- Parabéns Esther, você terá dois bebês! Ela me disse sorrindo, e eu senti como se o consultório tivesse desabado na minha cabeça.

O Reflexo de um Anjo IIDonde viven las historias. Descúbrelo ahora