Capítulo 2

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Para Amanda com todo meu carinho. FELIZ ANIVERSÁRIO! Sorte, amor e sonhos sempre. Parabéns!

Monick, 18 Anos!!! Parabéns minha linda. Sorte e uma linda e cheia de sonhos vida de adulto, sorte e muito amor sempre. FELIZ ANIVERSÁRIO!


   Dominique

14 de Fevereiro de 2015

A porta do elevador se abre e entro sem pressa, encaro o espelho, com o dedo indicador, ajeito o batom vermelho, os cabelos da mesma cor estão soltos. Gosto do que vejo, pisco para meu reflexo.

— "Jolie". – A porta do elevador se abre e atravesso o corredor me divertindo com o barulho dos saltos da bota de cano longo sobre o assoalho brilhante, o porteiro ergue os olhos do jornal que lê distraído, me sorri sedutor como todos os dias, devolvo com uma piscadela que o faz alargar o sorriso. Tão jovem, se eu fosse como "mama", mas não sou e prefiro homens a meninos, nunca fui boa educadora. Principalmente sexual, gosto de quem sabe o que está fazendo.

Quando chego na calçada, um vento frio sopra me fazendo estremecer, ergo a gola do casaco e aperto mais o laço do cinto. A rua está movimentada, o céu cinza com pesadas nuvens. Vai chover, talvez tanto quanto aquela primeira vez há quatro anos quando nos reunimos por acaso no Paradise.

Um táxi passa por mim acelerando, me ignora e está aí algo que odeio. Ser ignorada não é para mim. Mostro o dedo do meio que ele nota pelo retrovisor e buzina em resposta.

Mudo a posição do dedo quando outro táxi se aproxima, ele para e agradeço mentalmente. Entro batendo a porta, o homem me olha pelo retrovisor sorrindo educado.

—Pode seguir. – Digo apontando a rua, ele obedece. – Vocês sabem que nos filmes sempre estão a postos quando se precisa de vocês? – Ele balança a cabeça rindo.

—Nova York senhora, estamos sempre correndo contra o tempo. – O homem explica.

— Eu não, eu deixo que o tempo corra atrás de mim, vire à direita, por favor. – Ele obedece.

— O trânsito está péssimo hoje. Sábado e dia de San Valentin. Vai encontrar com o namorado? – O homem questiona.

—Namoradas, três. – Ele quase engasga, deixa de olhar para a frente e se volta.

— Caramba! Sério? – Faço que sim, ele engole em seco, balança a cabeça em negação e volta a encarar o trânsito. – Eu sem nenhuma.

— Acho que está trabalhando demais. – Ele concorda, me encara pelo retrovisor.

—Elas sabem? Quer dizer, uma sabe da outra?

— Sou sempre muito honesta. Uma lição que vocês homens deviam aprender.

Silêncio, o rapaz fica pensativo encarando o sinal vermelho enquanto aperta o volante, o sinal fica verde e ele avança, no fim do quarteirão, aceita minha ordem e vira à esquerda, depois direita e duas ruas depois, no centro de Manhattan, meu querido Paradise.

—Aqui está ótimo. – Digo abrindo a bolsa.

— Está fechado. – Ele me avisa.

— Eu sei. Festa particular. – O homem abre e fecha a boca, estico as notas. – Fique com o troco.

— Obrigado. – Ele pega o dinheiro e guarda no bolso enquanto abro a porta para saltar. – Senhorita... – Me volto já ciente do que vem a seguir. – Sabe, se quiser um quarto elemento no jogo...

Série Paradise - Dominique(Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora