Hugo
- tem certeza? - olho para ele que confirma com um gesto de cabeça - ótimo, preciso das peças prontas pra semana que vem
- ok
- quero todos empenhados, não dê moleza para aquele cara da montagem, mais uma e ele estará fora, entendeu?
- sim senhor
- por hoje é só - olho para o relógio e vejo que é quase hora do almoço - Diogo ligou para o escritório?
- as meninas disseram que não, eu pedi para ligarem no celular mais uma vez, mas elas disseram que caiu na caixa postal
- que estranho... ele ja deveria ter chegado ou pelo menos ligado - descido passar na casa de Rebeca, talvez ele possa ter ligado para ela, e além disso quero saber se ela está bem - pode ir, vou sair para o almoço e talvez demore a voltar, então cuide de tudo
Ele sai da sala enquanto me levanto e pego minha jaqueta e as chaves.
Fecho a porta da sala e saio da Oficina, subo na moto e vou direto para o prédio de Rebeca.
Estaciono e ao passar pela portaria Xavier me diz que ela está com visita.
- visita? Eu conheço?
- eu não sei, mas ela é bonita
- obrigado pela informação - subo as escadas e bato na porta que é aberta por Emily.
Ela me olha e parece desconfortável.
- oque foi?
- eles estão na cozinha - ela diz abrindo espaço para mim.
- eles?
Vou até a cozinha e quando os encontro confesso que fico surpreso.
Diogo está em pé de braços cruzados, Rebeca está sentada perto da mesa e aquela médica intrometida está ao seu lado.
Os três olham para mim assim que percebem minha presença.
- vejam só quem chegou, o queridinho da mamãe
- Diogo não... - Rebeca parece nervosa.
- oque está acontecendo? - pergunto sem entender o sarcasmo em sua voz.
- está acontecendo que você não me disse que a minha mãe tinha sofrido um acidente e parado no Hospital - ele se aproxima de mim - eu sou o filho dela Hugo e tinha o direito de saber
- eu sei, eu pedi para ela contar mas ela não quis, e porque você está tão nervoso?
- porque você decidiu que seria melhor não me contar... ela é a minha mãe, eu precisava ter sido avisado
- eu cuidei dela
- será que dá para vocês dois pararem? - Rebeca fala - eu já estou bem, não ha motivo para discussão
- e oque a médica está fazendo aqui? - pergunto sem conseguir conter minha dúvida.
- ela é minha convidada, veio conversar comigo
- eu acho que é melhor eu ir Rebeca - ela fala se levantando - não quero atrapalhar
- não...não precisa, pode ficar, a casa é da minha mãe, ela decide quem convidar ou até isso você quer fazer?
Começo a ficar com raiva dele. Ele está agindo como um moleque, e está tentando me tirar do sério.
- quer saber Diogo? Eu não contei porque ela pediu, e se está tão incomodado por que não vai embora de uma vez e deixa a sua mãe em paz, você nunca está por aqui quando ela precisa mesmo, não vai fazer diferença
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INFINITO
Spiritual" - O amor é sofredor, é benigno, o amor não é invejoso, o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta " - 1 Coríntios 13: 4,6-7. O amor de De...