Reconheci a voz de Shawn e acionei todo o meu instinto "fingir de boba" para lidar com o fato de ele estar me ligando sem eu nem mesmo ter lhe dito o meu nome, quanto mais meu celular.
— Quem fala?
— Eu sei que você já sabe que sou eu — ele deu uma risada cativante — Estou ligando pra saber se você... Dormiu bem?!
— Eu dormi muito bem, obrigada — respondi a sua pergunta repentina.
— Ah que coincidência por que eu também! Fiquei sonhando com o seu sorriso e os seus olhos a noite toda e...
— Como conseguiu o meu número? — o interrompi.
— Eu sei a senha do celular da Aaliyah, satisfeita? — disse sendo irônico.
— Sua irmã vai adorar saber que você anda bisbilhotando o celular dela.
— Você não vai contar pra ela, não quando eu estava prestes a te oferecer um favor...
— Que favor? — indaguei o cortando de novo.
— Como você é novata e eu sou veterano achei que seria uma boa idéia te mostrar a escola.
— Você não tem cara de ser um veterano receptivo — fui sincera.
— E eu realmente não sou... Isso tudo é uma desculpa para passar mais alguns minutos com você — revirei os olhos e Shawn, como se tivesse enxergado o meu gesto riu como um garotinho sapeca. — Até amanhã, Antonella.
Ele desligou e eu voltei a minha atenção para o meu livro, Shawn era o perfeito mauricinho metido á galã, e por mais que ele seja o extremo contrário do meu tipo de homem, não posso negar que eu até gostava de suas cantadas, até por que eu não flertava com alguém á séculos.
— Quem era no telefone? — Tracy perguntou secando os cabelos loiros com uma toalha.
— Um cara,conheci ele na festa ontem — falei bloqueando os raios de sol que incidiam sobre os meus olhos com o livro.
— Ah... E ele já te chamou pra sair?
— Ele meio que não faz meu tipo, e além do mais eu não pretendo sair com ninguém por agora — disse dando de ombros.
— Eu entendo.
Tracy e eu entramos, minha mãe picava alguns vegetais na cozinha e Jimmy fazia churrasco, eles até pareciam pessoas normais, assim, de longe. Mas no fundo no fundo, eu não conseguia enxergá-los como uma família.
Era só eu, morando com a minha mãe e o namorado ricaço dela que tem uma filha que poderia ser confundida facilmente com uma princesa da Disney.
Passamos o almoço jogando conversa fora. Depois de comer, fui para o meu quarto e terminei o meu livro. Pus a minha playlist no último volume e comecei a checar a minha grade de horários do colégio.
— You know that i could use somebody — cantarolei enquanto folheava os meus livros de história dos Estados Unidos, ouvi uma batida na porta e a figura de Lana com um telefone na mão e um sorriso envergonhado entrar no quarto.
— É o seu pai. — falou me entregando o aparelho.
— Olá querida! Tudo bem?— os meus olhos começaram a encher de água e eu respirei fundo engolindo o choro.
— Oi pai! Tudo ótimo e você?
— Eu estou bem... Você está podendo conversar agora?
— Claro que sim! — respondi abaixando o volume da música e concentrando os meus ouvidos na voz rouca do meu pai.
— Sabe aquela moça que eu estava saindo á alguns meses...
— Fabienne. Lembro, ela era um amor.
— Eu e ela estamos levando as coisas, para um lado mais sério, eu diria.
Meu pai parecia nervoso e dava uma pausa a cada palavra, esperando a minha reação.
— Pai isso é maravilhoso, quer dizer, ela me parece ser uma pessoa boa.
— Antonella, eu sei como você se sente em relação a isso tudo. Desde que eu e a sua mãe nos divorciamos parece que você faz de tudo para ficar a parte das nossas vidas amorosas, mas você tem o total direito de opinar...
— Pai. Eu tinha 12 anos quando vocês se separaram. Eu nem entendia as coisas direito e tudo aconteceu tão rápido que eu preferi deixar vocês tomarem as próprias decisões.
— Eu sei Antonella. Mas olha a forma como você se separou da sua mãe depois que ela casou!
— As coisas com a minha mãe foram diferentes! Ela não só casou como trocou totalmente de vida!
— Eu sei, eu sei — ele disse tentando me acalmar e as lágrimas que eu tentava conter saíam sem eu nem mesmo perceber. — Me perdoa. É que eu sei como as coisas são confusas para você, então eu quero que saiba que eu só vou continuar as coisas com a Fabienne se você permitir.
— Quero que você seja feliz pai, com a Fabienne ou com qualquer outra pessoa, eu só quero a sua felicidade.
Pude ouvir um pequeno soluço vindo dele.
— Eu te amo — falou.
— Eu te amo, pai.
Gente! Me perdoem pela demora! Tive um bimestre bem apertado na escola mas prometo que Lost in California terá mais capítulos, vou postá-los ao decorrer dessa semana!
Favoritem e indiquem a fanfic! Não esqueçam de comentar o que acharam! Vou adorar conversar com vocês!
Beijinhos de mel da tia Carol!
ESTÁ A LER
Lost in California | Shawn Mendes
Romance"Influenciada por sua mãe a se mudar de Paris para os Estados Unidos, Antonella Bianchi se vê obrigada a lidar com o seu novo estilo de vida em um outro país. Antonella acaba conhecendo Shawn Mendes, um jovem herdeiro que sonha em ser cantor. Mesmo...