22. Forgiveness

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Não quero falar muito antes desse capítulo, mas só algumas considerações: Senti arrepios enquanto escrevia todas as cenas que vocês vão ler e a música é muito importante pra uma certa cena on fire que vocês vão ver lá embaixo. Espero que vocês gostem e deixem um recadinho para a autora saber o que vocês estão achando dessa reta final da história!

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A entrada do hotel Marlowe da quinta avenida naquela noite estava tão cheia que, se não fosse pelos seguranças bem treinados, não havia como os convidados descerem dos carros que paravam a poucos passos do tapete branco que estava estendido por parte da calçada.

O lugar estava praticamente irreconhecível, já que a fachada tinha sido coberta por rosas brancas que ocupavam boa parte da parede da entrada, lugar onde as pessoas posavam para os fotógrafos afoitos que se empilhavam pelo melhor ângulo. E, por mais que a lista de convidados não fosse assim tão vasta, ainda trazia nomes importantes o suficiente para estamparem metade das revistas que estariam nas bancas no dia seguinte.

Os seguranças ajudavam as mulheres descer dos carros com vestidos longos, parando por alguns instantes na frente do mural das flores antes de seguir para a entrada, onde duas pessoas eram responsáveis por recolher as senhas que tinham vindo junto com o convite preto e dourado.

Na parte de dentro, a família Marlowe estava reunida em cima do palco que tinha sido montado apenas para aquele dia. Os homens, todos de terno, impecáveis. As mulheres, Emma, Willa e a pequena Penelope, de vestidos brancos, assim como todas as outras pessoas que tinham sido convidadas.

Não era um enterro, não seria preto que eles iriam usar. Branco, como a pomba da paz que espiritualmente estava presente ali, como Eva Marlowe deveria ser lembrada.

Os olhos de Benjamin foram diretamente para o teto do salão de jantar, praticamente irreconhecível depois que todas as mesas foram tiradas do lugar e substituídas por mesas redondas e um palco médio onde eles estavam. Talvez aquele evento, que acontecia anualmente desde quando Eva tinha falecido, era a única coisa em anos que fazia com Ben estivesse embaixo dos holofotes.

Todo ano, uma parte do inventário de artes da família Marlowe era leiloado e todo o dinheiro arrecadado ia para uma fundação que ajudava crianças carentes que levava o nome de Eva. Exatamente como ela fazia antes, quando estava viva, com suas próprias telas.

E uma vez ao ano no final daquela mesma noite, uma arte assinada por Eva ia a leilão. A família era muito apegada a ela para colocar mais de uma a venda por milhões de dólares, mas sabia que a mulher diria que 'é apenas pano e tinta' se soubesse que eles as guardavam para ter um pedaço dela presente.

Eva não estava apenas em suas telas. Estava em Ben, Aaron, James, Penny e em qualquer um que tivesse tido o prazer de conhecê-la. Ela estava viva dentro de cada um deles, deixando o seu melhor nas pessoas que amavam.

E suas ideias, vivas como no dia em que ela deixara o mundo, pairavam por todo o ambiente.

— Nós estamos aqui reunidos por mais um ano para celebrar Eva Marlowe — James falou firme, sem precisar de um papel para saber exatamente as palavras que queria usar. — Amada esposa, dedicada mãe e inesquecível como pessoa. Estamos aqui para manter a sua memória viva, ajudando aqueles que necessitam como ela gostaria que fosse feito, esperando que, em espírito, ela esteja conosco. Obrigado por mais um ano, é sempre um prazer contar com a presença de todos vocês.

O auditório, que estava lotado, explodiu em palmas assim que o homem deu um passo para trás, ficando ao lado dos dois filhos. Ben olhou orgulhoso para o pai, apertando os lábios firmemente para evitar que os olhos cheios de lágrimas deixasse alguma escapar.

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