>Chandelier, capítulo 18.
- Uhumm... acho que a chuva foi embora - Seokjin dizia vendo as nuvens negras irem embora no horizonte.
Da janela do apartamento não dava nem pra ver as coisas de modo amplo, só através dos quadriculados da grade de proteção. Fechou os olhos aproveitando a brisa fria que carregava a chuva para longe.
Ele já havia lavado a roupa, limpando os tênis, arrumado o guarda-roupas, até mesmo trocado a toalha da mesa, e Namjoon não tinha ligado o dia inteiro, nem uma mensagenzinha.
Já tinha estudado o máximo que podia, talvez até a matéria do resto do bimestre. Mas quando o celular tocou ele quase caiu do parapeito, ainda bem que essa droga de grade serve pra algo além de atrapalhar a vista.
- Namjoon?! - " Tomara que seja ele. Tomara que seja ele. Tomara que seja ele.
- Oi, meu amor. - A voz calma e serena tranquilizou os ânimos abalados de SeokJin. - Estava me esperando?
- Eu sempre estou - Sorriu feito criança, com o coração aquecido só por ouvir a voz do namorado.
- E como você está? - Jin podia ouvir o barulho dos carros, a movimentação das avenidas.
- Estou bem, só...- Deu uma pausa encarando os carros passarem pelas ruas lá em baixo, como formigas. - Entediado.
- Uhum, eh... será que você aceitaria passar essa noite comigo? Na minha casa?
- O quê?! - Aquilo nunca aconteceu! Tudo bem, ele já pode ter vindo passar só uma noite, talvez umas horas. Mas na casa dele, nunca.
- Soomim vai para a despedida de solteira de uma amiga. - Explicou. - Eu fui convidado para a despedida do noivo...- Destravou o cinto e desceu do carro.- Mas adivinha o que eu escolhi.
- É sério, Nam? Eu nunca fui na sua casa, nunca... nunca saí com você pra algo mais longe que bar da periferia onde eu moro.
Namjoon se sentiu péssimo. Talvez fosse mesmo hora de dar o valor merecido à Seokjin, mas... não é tão fácil.
- Me desculpe por não poder te dar o que merece.- Abaixou a cabeça triste e envergonhado com sua falta de amor e atenção.
- Não é isso, amor - Seokjin se sentiu horrível por ter sido tão... sincero. - Não fique triste comigo, Nam, por favor. - Ele pode ouvir Namjoon suspirar e a ligação cair. - Você é péssimo, Seokjin! - xingou a sí mesmo, ele tinha a razão, mas não precisava jogar na cara.
Seus olhos se encheram d'água, ele havia perdido uma noite inteira deitado no peito do namorado, ouvindo e sentindo seus carinhos depois de foder muito, por causa de algo que deveria ter entrado nem no assunto.
- Seu inconveniente. - Só não jogou o celular janela abaixo, porque foi Namjoon quem havia lhe dado, e também porque não passava pela grade.
- Por que está tão bravo? - Sentiu o calor de Namjoon sob suas costas, especialmente no pescoço e na cintura. - Você fica lindo até chorando. - secou uma lagrimazinha que escorreu. - Mas ainda assim me corta o coração.
Seokjin nem acreditou que ele estava mesmo alí. Era como encontrar o Capitão América na padaria.
- Você não vai me deixar por que eu fui rude? - Seokjin ficou só olhando o rosto do namorado, não iria abraça-lo enquanto não tivesse certeza de que não seria abandonado.
- Nem por todo o dinheiro do mundo. - Disse baixo e depois exibiu seu sorriso branco e os furinhos nas bochechas.
Finalmente, depois de três o quatro semanas, eles puderam sentir a boca um do outro mais cedo que o esperado. Seokjin pode abraça-lo sem medo, e Namjoon o beijou sabendo que aquele era seu bem mais precioso.
- Vim te buscar. - Suas mãos passearam pelas pernas quase nuas no rapaz. - É só uma noite, mas já é alguma coisa.- Sorriu.
- É muita, muita coisa, Nam.
Qui
Fofu
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