A Maldição Do Demônio

Todos Tem Medo....

Assim que aquelas palavras saíram da minha boca, ouvi uma risadinha debochada vindo dele. Arquiei a sobrancelha.

- Ta rindo de que criatura?.- pergunto cruzando os braços.

- Você....- ele fala e passa o dedo indicador pelos lábios - Impossível você não ter medo de mim, todos têm medo de mim Meu Anjo.- senti meu corpo arrepiar quando ele disse "Meu Anjo". Eu acho que eu tô ficando louca.

- Escuta aqui queridinho. Primeiro: eu não sou todos, okay? Eu sou única! Segundo: eu não sou "seu anjo".- falei fazendo aspas. Ele apenas deu um sorrisinho de lado.

- Você não acha que é muita braveza pra um ser tão baixinho?.- falou e em nenhum segundo aquele maldito sorriso debochado saiu do seu rosto. Ele parecia está se divertindo enquanto tentava me irritar.

- Não, não acho. Você é muito abusado sabia? Você deveria ficar quietinho ai, enquanto eu penso num jeito de fazer você voltar a sentir alguma coisa.- falei nervosa. Ai vocês perguntam ta nervosa por que? Não sei, ele, me deixa nervosa.

- Tudo bem minha baixinha, vou ficar aqui quietinho no meu canto. Mas você bem que poderia arrumar alguma coisa pra eu comer né?.- ele fala e passa a mão na barriga. Arqueio a sobrancelha - Eu ainda sinto fome, ta?.- reviro os olhos.

- Para de me chamar de "minha" isso, "minha" aquilo, okay?.- ele revira os olhos - Vou aceitar isso como um sim. Vou ver com o Antônio se eu arrumo alguma coisa pra você comer.- ele cruza os braços e fica me olhando enquanto me levanto e vou até a porta.

Abro a porta e saiu, assim que fecho a porta o ouço dizer:

- Tudo o idiota desse Antônio.- balanço negativamente a cabeça enquanto seguro o riso.

Parece que ele não gosta muito do Antônio, isso pode ser bom.

Bom, acho que ja estou fazendo progresso...É isso! O primeiro sentimento dele que vai despertar vai ser a raiva. Poderia ser um sentimento mais amistoso, mas pra quem não sente absolutamente nada, é o melhor que tenho no momento. Sorriu sozinha por ja saber por onde começar.

Encontro o Antônio na biblioteca, vou até ele sorrindo.

- Antônio da minha vida, eu necessito da sua ajuda.- falo correndo até ele.

- Calma ai.- ele fala e da um risinho - Mas me diga senhorita, em que posso ajuda-la?.-

- Eu ja sei como começar a despertar o primeiro sentimento do Bryan, e preciso da sua ajuda.- ele arqueia a sobrancelha. E me encara.

- Por que precisa da minha ajuda?.- ele pergunta.

- Por que o Bryan parece não gostar muito de você.- digo e ele sorri - Por que ta sorrindo?.-

- Por que não parece senhorita, ele realmente não gosta de mim, ele quase bateu em mim uma vez.- ele fala na maior tranquilidade possível.

- Sério? Por que ele fez isso?.- perguntei. Ta, eu sei que ele não tem sentimentos, mas nada a ver ele tentar bater em alguém.

- Por que eu provoquei ele. Você sabe que o pai dele amaldiçoou ele né?.- assinto com a cabeça - Bom, eu sei por que ele foi amaldiçoado, e comecei a provocar ele sobre isso, e ele não gostou.-

- Bom, você conseguiu despertar um sentimento nele, raiva! Vamos investir nesse sentimento, os outros eu consigo aos poucos.-falo animada. Sim estou animada. Eu quero MUITO, que ele volte a ter os sentimentos dele. Ele é muito perigoso sem sentimentos. Lembro da história sobre a maldição dele e olho o Antônio que me encarava como se estivesse me analisando. Que mania desses dois de me olhar assim - Antônio depois eu quero saber mais sobre a maldição do Bryan, ta?.-

- Vou te contar só um pouco, o resto é melhor você saber pela própria rainha.- ele fala e reviro os olhos. Sempre é isso.

- Ta, ta. Agora preciso de comida pra alimentar um Demônio sem sentimentos trancado la no quarto.- falo e sorriu. Ele assenti e me encaminha a um cômoda da grande casa, onde imagino ser a cozinha.

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