Abri os meus olhos, devido à claridade que se estava a apoderar do quarto. Ainda meia desnorteada, apalpei o sítio onde estava deitada, tentando-me lembrar de alguma coisa que tenha acontecido ontem.
Ele dormiu aqui.
O meu corpo estremeceu com esse pensamento, mas isso rapidamente desapareceu. Talvez ele não seja tão escroto quanto realmente parece.
A minha mão foi de encontro à minha testa, testando a temperatura da mesma, e esta estava fria. Um sentimento de alívio atingiu-me, mas rapidamente foi trocado por pena, pois esta tinha sido a primeira noite que eu tinha dormido melhor em dias. Tinha a certeza que quando ele souber que estou melhor, vai-me mandar lá para baixo.
Ouvi a maçaneta da porta e rapidamente me recompus, puxando o lençol para cima. Quando espreitei para ver quem é, vi apenas a Sra. Roberts. Um suspiro saiu por entre lábios.
- O Sr. Styles disse para a acordar e levá-la à cozinha para comer alguma coisa. - Ela informou e eu assenti.
Será que vou, finalmente, comer algo de jeito? Peguei num robe que estava ao fundo da cama e vesti-o, apertando-o bem à volta do meu corpo.
A simpática senhora de meia idade, conduziu-me até à cozinha, e pelo caminho fui apreciando a enormíssima casa que este homem possuía. Será que ele faz algum tipo de trabalho corrupto?
Ele ia vender a minha virgindade.
Não devia de ser a primeira, e tinha quase a certeza que não seria a última.
Assim que chegamos à cozinha, a senhora de cabelos grisalhos preparou o meu pequeno-almoço, e lá no fundo, senti pena por ela estar a trabalhar para mim. Eu podia muito bem fazer aquilo.
Sentei-me numa das cadeiras altas do balcão da cozinha e observei ela a encher uma taça com leite e a preparar um pão misto torrado.
Tinha saudades do chocolate quente em frente à lareira.
O pequeno-almoço foi posto à minha frente e eu vi a Sra. Roberts dar um sorriso carinhoso para mim.
- Espero que esteja do seu agrado. - Ela disse.
- Vais estar de certeza! - Comentei e dei uma trinca no pão.
Vi ela abandonar a cozinha, e continuei entretida a beber o leite quentinho e a torrada.
Depois de comer tudo, peguei no copo e no prato para mete-los dentro da máquina de lavar loiça.
- O que pensas que estás a fazer? - Uma voz rouca e irritada fez-me dar um salto e deixar cair o copo ao chão, desfazendo-se em pequenos pedaços.
- E-eu ia arrumar isto. - Murmurei, pondo uma mão no meu coração, ainda assustada.
- Merda, Annabeth! Só fazes merda! - Ele grita furiosamente e chamou uma das suas empregadas. - E porque porra estás descalça?
- P-porque--
- Foda-se! Só me fazes perder a paciência contigo! Queres ficar ainda mais doente? Isto é tijoleira, caralho. - Ele falou, enquanto puxou-me abruptamente para uma carpete preta que decorava a cozinha. Ele retirou-me o prato das mãos e pousou-o novamente no balcão.
Uma jovem empregada chegou e limpou a porcaria que eu fiz. Senti-me mal por ele ter gritado comigo como se eu fosse um lixo.
Quando a empregada se foi embora, dei um suspiro e pus a minha mão na minha cabeça, puxando o meu cabelo para trás em frustração.
- Vai para a cama. - Ele ordenou.
- Não.
- Desculpa? - Ele questionou com uma voz sarcástica.
- N-não vou fazer tudo o que tu queres.
- Oh, já vi que tu gostas de castigos. - Ele pronunciou, passando os seus dedos pelos seus lábios rosa carmim.
Um pequeno arrepio percorreu o meu corpo quando ele disse a palavra "castigos", mas tentei demonstrar que isso não me afetava.
- Castiga-me. - Ordenei, com audácia, e dei um estalo a mim própria mentalmente.
Sou mesmo burra.
- Não me desafies. - Ele semicerrou os seus olhos verdes.
- Então pára com as ameaças. - Tentei finalizar a conversa e virei costas a ele, aprontando-me para sair desta divisão.
Mas isso não chega a acontecer, pois a sua mão agarra o meu braço com uma força um bocado exagerada e puxa-me para trás.
- Nem penses que vais fugir.- Ele rugiu.
- Jesus, Harry! - Exclamei exasperada junto com um pequeno gemido, por causa da força que ele exercia na minha pele.
Ele sentou-me quase com um empurrão, e quase caí da cadeira. Olhei para ele um bocado chocada com a sua atitude bastante agressiva. Eu sabia que ele era mau, psicopata, mas ainda assim ele nunca me tivera tratado de maneira tão violenta. Ele parecia notar no ato que fez e fecha os seus olhos com força.
- Annabeth. - Ele murmurou entre dentes. - Tenta não me enervar muito. Especialmente hoje. Por isso, vais para a cama a ver se amanhã estás completamente boa de saúde. - Ele comandou, fazendo um tremendo esforço para não berrar comigo.
Decidi assentir. Não valia a pena lutar contra ele, pois este homem tem uma força muito superior à minha. E não valia a pena magoar-me ou até mesmo perder a vida por causa da minha maldita teimosia.
Quando ele apontou o dedo para a porta, eu fiz caminho até ao quarto ordeiramente.
*
*Eu sei que este capítulo tá mais pequeno e que não presta, mas sorry! Estou mesmo com pouca inspiração, mas queria atualizar :/
Vá, digam-me o que acharam destas atitudes 'brutamontescas' do Harry xd
Opá, tou tão contente :') chegamos aos 30K, e esta semana tivemos nos #20's lugares em Fanfiction omg :')
Pergunta: Qual é o vosso estilo de música favorito?
Eu tipo, amo rock, pop rock, punk rock, hard rock e metal :3
LY ♡
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The Kidnapped || h.s
Fanfiction"Nada nos faz acreditar mais do que o medo, a certeza de estarmos ameaçados. Quando nos sentimos vítimas, todas as nossas ações e crenças são legitimadas, por mais questionáveis que sejam. Os nossos opositores, ou simplesmente os nossos vizinhos, de...