Capítulo I

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Essa é uma história de minha autoria que foi editada e divulgada no canal SJM no Youtube. 

Meus gritos ecoaram pelo prédio e acordaram boa parte dos vizinhos, eu puxei o ar com dificuldade enquanto ouvi batidas insistentes na porta, e a voz abafada do sr. Huang do lado de fora.

Huang – DESY... DESY... está tudo bem aí?

Me levantei depressa, vesti o roupão que peguei em cima da cadeira, e me dirigi à porta.

DESY - Sim senhor! - respondi antes mesmo de abrir a porta. - Está tudo bem! - o tranquilizei finalmente abrindo a porta, e deixando que ele visse o interior do apartamento. - Foi um sonho ruim... me perdoe! - a única coisa que consegui fazer foi baixar a cabeça envergonhada.

Huang - Acho que vc deveria procurar um médico DESY – Ele pôs a mão em meu ombro, parecendo realmente preocupado comigo. - Boa noite menina.

Desy – Obrigada sr. Huang... boa noite. - Fechei a porta e o vi caminhando pelo corredor dizendo para os vizinhos que estava tudo bem.

Já era a quinta vez só esse mês que eu tinha aquele sonho, ou melhor pesadelo. Olhos castanhos bem escuros me vigiavam em meu quarto enquanto eu dormia, mas de repente esses olhos mudavam de cor, e era como se tornassem em sague, podia velos sobre mim, tão perto que pareciam penetrar minha alma, eu me debatia na cama tentando escapar daquelas mãos frias que me seguravam como força, mas não conseguia então gritava o mais alto que podia tentando pedir ajuda.

Nas noites em que tinha esses pesadelos acordava cansada e indisposta por não conseguir dormir, era impossível pegar no sono depois de passar tanto medo assim.

Levantei do sofá quase me arrastando, já eram seis horas da manhã e eu tinha que me arrumar para o trabalho, como das outras vezes esse seria um dia extremamente cansativo.

Hanni – Bom dia Dra. Faraco! - a secretária se levanta me entregando os prontuários dos pacientes que eu atenderia aquele dia.

Desy – Bom dia... - separei alguns papeis devolvendo a ela um pouco mais da metade - Só vou atender os que já estão aqui, esses vc remarca por favor.

A jovem acenou com a cabeça sem questionar, talvez por ver minhas olheiras profundas e minha cara de pouco assunto, mas eu realmente não tinha animo para ser cortes.

Caminhei até minha sala e me joguei na cadeira, o copo grande de café que comprei antes de ir para a clínica seria o que me manteria acordada até atender aquelas duas pessoas que me aguardavam na recepção.

Namjoom – Bom dia Dra. Desy - Ele entrou na sala depois de dar duas leves batidas na porta e pedir licença. - Nossa!! Vc está horrível.

Desy – Obrigada pela sinceridade Dr. Kim... mas dispenso. - Meu colega era encorajador as vezes.

Namjoom – Mais um daqueles sonhos? - Ele se senta a minha frente cruzando as pernas e apoiando os braços sobre elas.

Apenas assenti, passando as mãos pelos cabelos e curvando minha cabeça para trás.

Desy – Eu não sei o que está acontecendo comigo... estou muito cansada Jonie. - Superei fundo antes de olha-lo.

Namjoom - Os psicólogos não são imunes a problemas psicológicos sabia disso?

Desy – Ki constatação incrível doutor, descobriu isso sozinho? - só mesmo meu amigo para me fazer sorrir depois de uma noite exaustiva.

Namjoom - Não, na verdade aprendi na faculdade. - Ele sorri se levantando. - E vc também aprendeu isso... - poes as duas mãos sobre a minha mesa. - Falando sério agora... pode me procurar quando quiser, mas se não se sentir à vontade comigo...

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