two - bruise

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Jughead foi até a porta de meu carro e abriu a mesma. eu e Veronica ainda estávamos com as mãos entrelaçadas, eu pude sentir o incômodo de Jughead ao fitar nossas mãos juntas, mas eu continuei com minha mão à dela.

com um aceno de cabeça ele pediu para que Veronica adentrasse ao carro, e feito. eu estava prestes a adentrar, para ficar lado à lado da morena, quando ele fecha a porta do carro e me encara sem nenhum tipo de reação na face.


raiva, ódio, tristesa, desapontamento, carinho, felicidade. nada, não havia nada que me mostre o seu sentimento sobre a cena de minutos antes.


--- você não vai falar nada? --- eu disse tirando o silêncio que se alastrava entre nós.


--- não tenho o que dizer, você que têm. --- ele fitavam o mais profundo de meus olhos.

--- é, eu beijei a Veronica. --- falei o óbvio.


Jughead soltou uma risada de desgosto olhando para o chão por uns meros segundos, voltou a me fitar novamente, mas com um resíduo de seu sarcasmos nos lábios. senti sua mão apertar meu punho com força, mas aquilo não me surpreendeu. mesmo o seu semblante não me dizendo nada, eu sei que está com raiva pelo que houve, eu sei que sua vontade é me encher de hematomas como da última vez que fizera quando avistou eu e seu ex amigo, Reggie Matle.


não achem que o Jughead me bate, ou algo assim. na verdade, bate, mas sobre minha vontade ou como gostamos de dizer; ordem. sobre minha ordem.


o beijo que eu tivera dado ao Reggie deixou o Jughead muito irritado, ele além de me perdoar, disse que precisava de algo para que aquilo não se repita. eu jurava que o cara iria bater ou arranjar um assassinato ao Reggie, mas a premiada aqui foi eu.



Jughead teve uma infância bem violenta, não só porque viveu a maior parte dela no Lado Sul de Riverdale, mas porque ele a fazia violenta.


sem querer entrar em muitos detalhes sobre a vida do meu possível ex-namorado (por favor), vou contar como funciona isso de deixar hematomas em minha pessoa.

acontece que quando eu decidi ter um relacionamento com Jughead, eu sabia quem ele era, eu sabia qual eram os seus mais pecaminosos fetiches. suas vítimas sempre me diziam que ele era ótimo de cama e esse jeito dele de lidar com uma dama na cara era a única coisa estranha nele. mas, eu sempre achei exagero de todas, quer dizer, todas elas eram acostumadas a serem um tipo de objeto que só servem para fazer seus rapazes gozarem enquanto elas... bom, ficam apenas no prazer de serem penetradas, porque já ouvi muitas dizerem que sequer sabem o que é um orgasmo.

não ache que eu sou uma ninfomaníaca submissa, que curte essas loucuras de masorquismo ou algo do tipo, porque eu não sou. bom, não mais. aquilo tudo cansa, pelo menos em mim cansou.

no começo era maravilhoso, ele me induzia em tudo, não era tão bruto e muito menos violento demais. mas, depois do beijo com o Reggie, ou mais especificamente no dia do beijo com o Reggie, a coisa ficou bastante tensa.

Jughead estava muito mais violento, e eu sequer consegui senti um mínimo de prazer com aquilo. depois dele ter gozado e eu pela primeira vez na minha vida (de transar com ele) não consegui ter o meu orgasmo. segundo ele, é assim que funciona quando eu desaponto ele, é assim que funciona quando eu faço algo que o deixa com raiva ou que o magoe.

--- dessa vez passa. --- falou, soltando minha mão com brutalidade. --- você vem no banco da frente comigo. --- assenti com um sorriso debochado e senti suas mãos em minhas costas, me conduzindo até a porta.

SOBER - beronica Where stories live. Discover now