Capítulo 12 - Correndo Riscos

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Sábado

- Todo mundo já está sabendo. – Gui retornou, me trazendo uma xícara de chá.

Laura, Alice e Victor estavam no salão comunal tentando me consolar. Mas a verdade era que não importava o que diziam porque nenhum deles sabia a verdade. Eu havia traído meu namorado, mesmo que sem querer.

- Provavelmente Luc está espalhando mentiras por aí para sair de bonzinho.

- Isso não está ajudando, Laura. – Alice disse.

- Desculpa.

- Bom, mas bonzinho é a última coisa que ele é. Chamar a minha amiga de puta me dá vontade de enfiar as unhas na cara dele.

Victor fez uma careta.

E depois colocou a mão na boca, assustado.

- Que horas são?

- Hum... Duas horas, acho.

- Estou atrasado para o grupo! – ele se levantou em um salto e depois voltou para dar um beijo na minha testa. – Cuidem da minha amiga, pessoal.

Na hora, me dei conta de quem ele provavelmente encontraria e fui até a porta.

- Ei, vocês já decidiram o cara novo do grupo?

- O Troy.

- Malfoy?

- Que outro Troy existe?

- Hum...

Peguei um pedaço de papel, uma pena e um tinteiro e escrevi uma mensagem.

- O que se passa?

- Você poderia... – assoprei e dobrei o papel. – Dar isso para ele?

Victor fez sua melhor expressão de curiosidade e em resposta, imitei um zíper em minha boca. Ele pegou o bilhete e guardou no casaco.

- Vou querer algo em troca! – disse, por cima do ombro.

- Você tem a minha amizade em troca!

Três horas depois, encontrei Troy Malfoy nas estufas, como havia combinado no bilhete. Ele não estava molhando as plantas, nem trocando a terra ou enfeitiçando raízes; estava me esperando, apoiado na bancada, com as mãos nos bolsos e o cabelo caindo sobre os olhos, para variar.

Assim que me aproximei, ele retirou o bilhete do bolso.

- Letra bonita, parceira.

Sorri.

- Eu me esforço.

- É a primeira vez que você marca um encontro. – ele disse. – Geralmente sou eu que marco ou você aparece de surpresa.

Pensei em dizer que não era um encontro, mas optei por deixar essa ladainha cair por terra. Então, me virei e me apoiei à bancada também, ao seu lado.

- Eu tenho um favor para pedir.

- Ao seu dispor, senhorita.

- Eu te peço para manter segredo. – eu disse e ele se virou para mim. – Sobre os nossos beijos.

Mantive meus olhos à frente, pois já era demais apenas sentir os dele sobre mim.

- Você chama aquilo de beijo?

Franzi o cenho.

- É como a humanidade costuma chamar.

Ele riu e abaixou a cabeça e fiquei me perguntando se estaria desmerecendo os beijos.

- Enfim, a tão doce e virgem e popular Amy Potter prefere manter em segredo os seus encontros nada inocentes.

Revirei os olhos.

- Não sou eu que costumo transar em banheiros de bares, sabia?

- Eu não tenho nada a esconder, Potter.

- Bom, eu tenho. – me virei para ele, finalmente. – Ok? Pode fazer isso por mim? Por favor?

- Eu realmente não consigo imaginar que tipo de idiotice aquele McNamara foi capaz de fazer com você para pensar que eu sairia por aí contando sobre o que nós fizemos. Que tipo de cara você acha que eu sou, parceira?

Tentei não me afogar na intensidade dele, mas eu precisaria ser puxada de volta por uma âncora porque já parecia tarde demais. Pelo visto, ele já sabia de tudo.

- Eu não sei... – foi tudo o que consegui dizer.

Para a minha sorte, ele desviou os olhos e voltou a enfiar as mãos nos bolsos.

- Você está bem?

- Na medida do possível.

- Ele arruinou a entrevista?

- Hum... Não.

- Mas arruinou o seu coração.

- Longe disso.

Ele me fitou.

- Bom saber. – ele cruzou as pernas. – Estava pensando se uma poção redutora ou um estuporamento seriam necessários.

Fiz uma careta.

- Definitivamente, não.

O silêncio tomou conta e pensei que eu precisava deixar algumas coisas mais claras.

- Eu terminei com ele. – disse. – Eu não...

- Estava apaixonada. – ele concluiu.

Não por ele, pelo menos.

O pensamento de que, talvez, estivesse me apaixonando por Troy Malfoy era angustiante demais. Uma Potter apaixonada por um Malfoy? Merlin, eu precisava escapar dessa. Eu precisava de um tempo para pensar em tudo isso e para entender se ele queria ficar comigo também. Só comigo. Por que eu não era do tipo relacionamento aberto.

- O que me faz pensar que não estou pronta para me relacionar. – eu disse, desviando os olhos. – Com ninguém.

- Eu não esperaria nada de diferente da tão dedicada melhor aluna de Hogwarts.

- Eu não esperaria que você entendesse. – fiz menção de ir embora.

- Ei. – ele segurou meu cotovelo, me puxando de volta. – Somos parceiros de poções, não somos? Nada mais. Aqueles beijos, como você chama, foram acidentes de trabalho e não vão se repetir. Não da minha parte, pelo menos.

Senti uma distância repentina entre nós. Mas era melhor assim, não era?

- Então como você chama? O que a gente fez?

Ele colocou sua mochila sobre um dos ombros.

- Eu prefiro não definir nomes para isso. – disse e me olhou por baixo dos fios de cabelo. - Mas algumas pessoas chamam de preliminares.

*~*~*~*~*

Quinta-feira

Eu e Alice seguimos juntas para uma loja de vestidos em Hogsmeade. O Baile de Inverno seria em uma semana e a minha querida e amada irmã havia insistido para que fôssemos até a sua loja preferida.

Dentro da Borboleta Fina, Lilian nos esperava com vários vestidos escolhidos para nós especialmente por ela.

- Esse verde vai ficar lindo com seus olhos, Am. – ela me disse, apontando um vestido longo e verde musgo.

Eu tinha certeza que não ia gostar. Tinha saia de princesa e era cheio de brilhantes.

- Lil, eu não estou me casando ou coisa assim.

- Claro que não, você se casaria de branco. – ela fez uma careta.

Peguei o cabide apenas para fingir que experimentaria e escolhi mais dois: um prata e um lilás.

- Você está perfeita, Am! – Lilian enfiou sua cabeça para dentro da cabine. - Merlin, também com essas pernas... Se eu soubesse do que o quadribol era capaz, eu teria tentado um pouco mais.

Franzi o cenho.

- Ah, não, eu não teria... – ela disse.

Girei, vendo o tecido leve flutuar em volta de mim.

- É este que vou levar.

Me troquei e fui dar uma olhada em Alice.

- Uau, este está lindo! – comentei ao vê-la com um vestido longo azul marinho com detalhes prateados.

Lilian insistira para presentear Alice e agora estávamos as duas com nossas sacolas nas mãos, prontas para arrasar no baile. Nós duas. Sem pares. Só nós. E Victor.

- Que tal uma cerveja amanteigada para comemorar? – Lilian sugeriu em frente ao Três Vassouras.

- Comemorar o quê?

- A escolha dos vestidos, ué.

Eu e Alice nos entreolhamos e entramos. Lilian escolheu a mesa e pediu as bebidas e ficamos um tempo conversando sobre nossos penteados e maquiagem para o dia. Lil sugeriu que eu fizesse um trança embutida no meu cabelo comprido e que Alice prendesse a metade de cima e deixasse a parte de baixo com seus cachos.

- Vejam só quem eu encontro num feriado?

Olhamos para cima e vimos o lindo homem de cabelos longos.

- Teddy!

O abracei. Lilian e Alice o cumprimentaram.

- Eu pensei que estaria trabalhando. – Lilian disse. – Senta com a gente!

Teddy se sentou ao lado de Lilian e de frente para Alice.

- Eu precisava de uma folga.

- Nossa, isto é uma surpresa.

- Depois de quinze dias trabalhando sem nenhuma. – ele acrescentou e rimos.

Perguntou se queríamos mais cerveja e pediu uma para ele. Quando chegou, ele a bebeu e exibiu um grande sorriso.

- Que bom que encontrei você. – disse para Alice. – Estava mesmo querendo te contar que conversei com o diretor do hospital e que ele ficou bastante interessado no seu projeto.

- É mesmo? – os olhos de Alice brilharam.

- Qual é a dúvida, garota? O seu projeto é único.

- É mesmo. – Lilian concluiu.

- Ele pediu para enviar os detalhes, os dados do orfanato, as necessidades, os medicamentos necessários.

- Claro. Posso enviar pelo correio?

- Como quiser.

Inesperadamente, Finn Riverdale, um garoto do sexto ano da Lufa-lufa, veio até a nossa mesa.

- Com licença. – ele disse e esticou uma rosa vermelha para Alice.

Arregalei os olhos e Lilian cobriu a boca com as mãos.

- Alice Watson, aceita ir ao baile comigo?

Eu pensei que Alice iria sufocar por não estar respirando, mas o que fez foi recusar.

O garoto pareceu bem desanimado e assim que saiu, segurei a mão dela:

- Alice, o que está fazendo?

- O que eu quero.

- E você não quer ir ao baile com Finn Riverdale?

- Não. – ela disse. - E nós combinamos de ir juntas, não é?

- Porque nenhuma de nós tem um par, mas um acaba de surgir para você!

- Pelo amor de Merlin, Alice, não ouse recusar um garoto tão fofo desses. – Lilian sussurrou, mais alto que o necessário.

- Li, eu vou ficar bem. Vou me divertir com todos vocês e ainda tem o Victor, a Oli...

- Ei, gente. – Alice ergueu as mãos em defesa. - Parem. Eu não estou afim de passar o baile com alguém que eu mal conheço, tá? Prefiro passar com meus amigos. E eu realmente não me importo se tenho um par ou não.

Eu e Lilian nos olhamos e suspirei. Meio que sabia que a minha amiga era impossível de ser convencida.

- Ele parece um garoto legal. – Teddy comentou, enfim.

- Sempre teve uma queda pela Li. – contei. – Desde o segundo ano ele fica atrás dela pedindo ajuda nos trabalhos, não é?

Minha amiga revirou os olhos:

- Insuportável...

Rimos.

- Aposto que você não imaginava que ele ficaria tão gatinho. – Lilian disse.

- Mas acho que você tem toda razão. – Teddy disse. - Não vale a pena ir ao baile com alguém que você não quer.

Alice deixou um sorriso transparecer.

- Bobagem. No meu quinto ano, eu fui ao Baile de Inverno com o garoto mais lindo de Hogwarts e mal nos falávamos. – Lilian contou.

- Apenas porque eu já tinha me formado. – Teddy acrescentou.

- Ah, claro... Você reinou por todos os sete anos que esteve em Hogwarts, sem comparações.

Teddy era realmente muito bonito, com os cabelos dourados passando um pouco dos ombros e o rosto simetricamente perfeito.

- Com licença. – Alice disse e foi ao banheiro.

*~*~*~*~*

Sábado

- Ela melhorou completamente. – eu disse, tocando nas pétalas esbeltas da Griselda.

- Isso é porque costuma florescer no inverno. – ele disse, as mãos enluvadas cuidando de trocar mudas para vasos maiores. – São poucas as flores que ficam bonitas desse jeito no frio.

Estávamos há uma hora nas estufas. Troy cuidava das plantas e eu o observava, curiosa, sentada à bancada de sempre.

- Por que será?

- Porque são como nós, parceira. Precisam de calor para viver.

Ele piscou para mim.

Meu coração acelerou e me perguntei pela milésima vez se aquela parceria ia dar certo.

- Bom, eu gosto do frio. – comentei. – Sempre gostei de acordar pela manhã e ver a neve nas montanhas, de sentir o frio no nariz quando abria a janela. E adorava ver o fim de tarde chegar com um ventinho frio, uma boa xícara de chá e um bom livro.

Ele não me olhou, mas sorriu.

Quando havia começado a sorrir daquele jeito?

- Isso eu posso imaginar. A família Potter enrolada em cobertores em frente à lareira e o papai Potter contando histórias de como não derrotou Voldemort e como passou suas glórias para o Longbotton.

Apenas o encarei.

- Desculpa, não consegui evitar. – ele ergueu as mãos.

Balancei os pés.

- Não tem problema. Sabe o que dizem, né? Você só implica com quem gosta.

- Eu não sei onde ouviu isso, srta. Potter, mas acho que está um tanto enganada.

- Então não gosta de mim?

- Não coloque palavras na minha boca.

Ri em meio a um suspiro.

- Você sabe que costuma manipular tudo, não é? – eu disse e ele ergueu uma sobrancelha para mim. – Isso mesmo. Você nunca diz claramente o que acha ou o que quer, mas finge que diz. Leva tudo ao pé da letra, como se as emoções ou o bom senso não contassem.

- Por que será que eu sinto que estou sendo massacrado no momento? – ele colocou a mão no peito e depois retirou as luvas e lavou as mãos na pia.

- Que dramático. – respondi. – Tudo bem, eu já estou acostumada com tudo isso, não estou reclamando.

- Ah, que bom saber que gosta de mim, Potter.

- Não foi o que eu disse.

- Não. – ele se aproximou de mim. – Foi o que eu disse. 

De repente, senti algo frio na minha mão e dei um salto. E um berro.

Malfoy caiu na gargalhada.

- Achei que gostasse do frio, parceira.

- Não dessa sua mão congelante aí! – reclamei.

- A água estava gelada.

- E isso justifica?

Ele deu de ombros:

- Bem, as plantas precisam de alguém que cuide delas, sabe?

- E ano que vem?

- O que tem?

- Quem vai cuidar delas?

- Longbotton. Ou algum monitor.

Eu não podia imaginar ninguém tão dedicado a elas quanto Troy Malfoy.

- Porque você não estará mais em Hogwarts.

- Se eu não repetir o ano...

Franzi o cenho. Sempre com seus comentários descabidos.

- Você poderia trabalhar aqui. Dar aulas de Herbologia ou de Poções. As plantas ficariam imensamente agradecidas.

- Mas imagino que os alunos não. - ele disse. - Eu realmente não acho que ser professor esteja no meu futuro, parceira.

- Por quê?

- Você realmente me vê conseguindo aturar esses adolescentes insuportáveis?

- Tipo nós?

- Exatamente. Me dá dor de cabeça só de pensar.

Ri. Era divertido estar com ele.

- Bem, o que está pensando em fazer ano que vem?

- Estou pensando em ir para a Itália.

- Jura?

- Tem uma amostra de poções.

- Isto é realmente interessante. Vai levar alguma?

- Talvez.

- Você podia inscrever o seu antídoto, o que salvou a Griselda.

- Talvez.

Olhei para os meus pés novamente, pensando. Pensando que ele não estaria mais ali no próximo ano letivo e me perguntando se haveria algum lugar em que gostaria de estar.

- Mas, é claro que você está pensando. – ele disse. - "Você é tão inteligente, Troy. Tem tantos interesses, tantas habilidades... Por que desperdiçar tanto talento?"

- Bem, o céu é o limite, não é?

- Será?

Seus olhos intensos, dizendo exatamente o contrário do que havia dito há um tempo atrás, me fizeram duvidar de mim mesma.

- Você me ensinou que eu posso ser mais que o status quo. Eu venho tentando seguir o meu coração, ser mais autêntica, descobrir o que eu gosto de verdade.

De repente, Troy passou por mim como um trovão e abriu as portas das estufas. 

- Não posso acreditar... – murmurei.

Fui até ele e coloquei minha mão para fora da estufa, sentindo alguns floquinhos de neve derreterem sobre ela.

- Vem. – ele disse e ergueu uma mão para mim.

- Para onde?

- Terá que seguir o seu coração agora, parceira.

E neste momento, feliz pela neve, meu coração só dizia sim.

Malfoy nos levou até o armário de vassouras e entendi rapidamente o que queria. Voar. Na neve. A melhor coisa do mundo. Peguei minha vassoura e escolhi uma para ele.

- Não será necessário. – disse e franzi o cenho. – Qual é a graça de voar sozinha, Potter, como sempre?

Apertei os lábios:

- Ok, mas eu dirijo.

- Nem pensar. – ele pegou a vassoura das minhas mãos e saiu com ela para o gramado. – Você é especialista nisso, agora é a minha vez.

- Eu não sei se confio em você a tal ponto.

- A escolha é toda sua, parceira. – ele esticou a vassoura para mim. – É pegar ou largar. Neste caso, voar comigo, neste fim de tarde frio decorado por flocos de neve, ou permanecer no chão, em terra firme, sem riscos.

O encarei, sabendo que estava me manipulando de novo, mas eu estava animada demais para recusar. Eu era corajosa e podia tentar coisas novas, mesmo que me tirassem um pouco do meu chão.

Subi na vassoura com Malfoy à minha frente. Com um impulso, estávamos no ar.

Parece estranho, mas eu nunca havia montado na vassoura com outro alguém a não ser quando eu era pequena e voava com Tiago. Mesmo assim, não subíamos mais alto que as árvores, como agora.

Troy nos levava mais rápido e mais alto do que eu imaginara ser capaz.

Quando estávamos acima do lago, observamos a noite chegar, o vento congelante em volta de nós.

- Está com frio?

- Imagino que não seja uma pergunta. – respondi. – Mas estou bem. A visão daqui de cima compensa.

Pouco tempo depois, porém, nossas roupas começaram a ficar molhadas com a neve.

- Como gostaria de voltar ao chão, senhorita? – ele brincou.

- Inteira, de preferência.

Ele girou a cabeça para trás e piscou.

- É melhor se segurar. – disse e deu um forte impulso para baixo.

No reflexo, segurei sua cintura, sentindo o vento cortante cada vez mais forte à medida que a gravidade atuava. Porém, em vez de frear, Malfoy começou a acelerar. Mais e mais...

- Está rápido demais! – alertei, porém ele não pareceu se importar.

Estávamos nos aproximando do chão e comecei a ficar preocupada.

- Malfoy! – gritei. – Freia, ou vamos bater! – mas nada. Era como se me ignorasse e nos impulsionasse ainda mais. Segurei a vassoura, tentando contê-lo, mas ele fez mais força ainda. – Troy! Para! Vamos morrer assim!

Gritei mil vezes e fiz toda a força possível, sentindo a adrenalina queimar em minha pele. Não tinha mais jeito, estávamos prestes a bater com tudo no chão, quando fomos lançados para o outro lado.

Rolei pela grama, levemente amortecida pela neve. Assim que parei, inspirei com força, como se houvesse parado de respirar. Eu estava ofegante e sentia meus ouvidos apitarem.

Quando me ergui, Malfoy estava sentado, limpando seu casaco.

- Seu louco! – berrei, caminhando até ele um tanto cambaleante. – Seu idiota! O que estava pensando...?! 

Ele não disse nada e continuei, o sangue quente:

- Podíamos ter morrido!

- Se não fosse pelo feitiço... – ele mostrou a varinha.

Havia feito um feitiço de proteção de última hora que havia impedido o baque com o chão.

- Você ficou louco! – eu nem sabia mais o que dizer. As lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu tirei o casaco encharcado do meu corpo, com raiva. – Você quase nos matou! Tem ideia do que podia ter acontecido se não tivesse feito feitiço algum?!

- Sem contar o que teria acontecido com a sua incrível Flashlight.

Estava sendo irônico. Estava agindo como se nada tivesse acontecido.

Peguei minha vassoura e saí às pressas.


*~*~*~*~*

!!!

Imagino que vocês estejam terminando de ler este capítulo querendo me matar. Duas vezes. Uma pela Amy não querer se envolver romanticamente com o Troy no momento, e outra por esse final! Mas não me matem, ok?  Escolhi  nome Correndo Riscos, mas tb gosto de chamar este capítulo de Intensidade. Hehehehehe... Esta maluquice toda precisa acontecer para o desenrolar da história e eu prometo que vocês vão amar o próximo capítulo, que se chama O Baile!

Enfim, mas não deixem de comentar! (aceito comentários raivosos e críticas tb!). Agradeço a todos que vêm lendo e comentando, do fundo do coração! Estou bem feliz por finalmente estar escrevendo esta fic que já venho pensando há tempos!

Até domingo! (e se tudo der certo, talvez segunda venha um capítulo extra para aproveitar o feriado ;)


O Céu é O LimiteOù les histoires vivent. Découvrez maintenant