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Após eu voltar da praia eu fui pra casa, estava muito calor então eu fui sem blusa, mesmo que já estivesse escuro, entro em casa e não tinha ninguem, eu adorava esses momentos que eu podia andar pela casa sem olhar pra cara daqueles dois, vou direto pra cozinha beber agua, escuto a porta dos fundos ser aberta e já fico em alerta, nunca se sabia quando teria uma batida policial, mas era apenas Evan, ele estava suado e cheirando a grama, provavelmente cortando a grama do quintal, ele suado e a camisa colando no tronco e comigo sem camisa não iria dar certo, ele esperava cada minuto pra me molestar e ele não iria perder esse momento.

- Ei anjo, ta calor né – diz ele pegando a garrafa de agua da minha mão.

- É – digo sem dá muita importancia.

- Que tal um banho? – diz ele me puxando pelo braço.

- Me solta – digo me debatendo, eu não sou fraco mas ele era dois de mim.

- Qual é, eu sei que você quer isso a muito tempo – diz ele segurando os meus braços e me prenssando na parede, eu não conseguia me mexer, ele cheira o meu pescoço e eu mordo o ombro dele no intuito de ele me soltar, mas isso parece que só o fez querer mais.

Nesse momento minha mãe entra na cozinha pela mesma porta que ele entrou.

- Oque é isso?! – pergunta ela gritando, Evan levanta as mãos pro alto sorrindo, ele dá de ombros e sai pela porta da frente me mandando um beijo.

- Ele me agarrou!

- Aé, e você mordendo o ombro dele foi imaginação minha?! – pergunta ela gritando.

- ERA PRA ELE ME SOLTAR MERDA! – eu não estava acreditando que estavamos discutindo por causa disso.

- NÃO MINTA PRA MIM! – diz ela pegando a garrafa de agua encima do balcão e jogando no chão.

- Sabe mãe, você me dá nojo, você coloca um homem que comia o seu filho de dez anos com os olhos, ai hoje esse homem me agarra, uma coisa que ele já queria fazer a muito tempo e no final ainda me culpa?

- Ele sempre te prefiriu... – diz ela desviando o olhar.

- Pois é, eu percebi isso com doze anos e ele trinta, e sabe como eu me senti? Apavorado – digo pegando minha camisa que estava no chão da cozinha e colocando ela – não se preocupe mamãe, tudo que eu sinto por ele é nojo – digo por fim saindo pela porta da frente.

Encontro ele lá, sentado e sorrindo pra mim, ele agarra o meu braço antes de eu sair.

- Nunca mais toque em mim – digo puxando meu braço.

- Qual é anjo, eu sei que você gosta – diz ele ainda sorrindo.

- Eu prefiro morrer – digo e cuspo toda a minha magoa e raiva nele, saio andando rapidamente, vejo um homem alto, forte e ruivo me observando de uma varanda, porque eu tava vendo tantos ruivos hoje?

Continuo andando sem rumo, pra quela casa eu não voltava hoje, dou voltas na cidade até as dez da noite e acabo encontrando um grupo de adolescentes que estavam todos sujos de tinta, e por incrivel que pareça Brianna estava no meio.

- Oque você ta fazendo o doida? – pergunto a parando e ela me olha surpresa.

- Eu e meu grupo estamos assim desde as cinco horas, passamos na federal – diz ela animada.

- Serio? Nem sabia que você queria fazer faculdade, entrou pra qual? – pergunto realmente interessado.

- Medicina – diz ela com os olhos brilhando.

"- Eu sou um policial! – diz luke.

- Hm... Eu sou um medico – digo pra ele.

- AAA meu deus, refén ferido, chamem o medico – nesse momento eu olho pra ele e abro um sorriso.

- Afastem, coloquem ele na maca – digo entrando na brincadeira."

Sorrio quando essa lembrança que apareceu derrepente pra mim.

- Legal, parabens – digo abraçando ela mesmo ela estando suja de tinta.

- Estamos indo comemorar, vamos? – diz ela já me puxando.

Passei a noite inteira com eles, essa noite Brianna me contou que entrou nas drogas para deixar ela acordada, ela estudava muito e precisava de alguma coisa que a deixasse ligada, mas deu tudo errado porque ela se viciou, mas me disse que nesse momento novo na vida dela vai a ajudar a sair dessa, volto pra casa bem cedinho, e quando eu chego perto de casa eu vejo o ruivo saindo de casa, ele olha pra mim e me manda um sorriso lindo, só agora eu percebi seus olhos azuis como o mar, mando um sorriso sem graça e entro em casa, subo sem olhar pra nada e me jogo na cama.

Como seria fazer faculdade de medicina? Me pego pensando.

Pego meu notebook e começo a pesquisar as mensalidades, as areas que eu poderia exercer, o tempo para formar e acabo indo dormir sorrindo, eu só não sabia se era por causa da faculdade ou pelo sorriso do ruivo.

Da infância a maturidade (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora