Capítulo XII: do novo ritmo

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Falar com Henry era sempre vantajoso.

Desconsiderando sua família e Emma, que estavam indisponíveis no momento, West era o único capaz de compreender e ajudá-lo efetivamente. Robin era um ótimo amigo, assim como Will, mas Killian não estava preparado (ou disposto) a encarar mais um conselho enigmático por trás de desenhos animados ou metáforas esportivas.

Ele precisava de alguém positivo, mas prático.

Jones, então, procurou o companheiro de equipe para, finalmente, desabafar sobre seus sentimentos com relação à distância de Swan, além do aniversário de um ano que se aproximava. Afinal, ele já sabia como agir com relação aos Jones morarem em outro estado, mas a ausência da namorada ainda era algo que ele precisava saber lidar melhor...

E o que era para ser apenas uma ligação em busca de suporte, acabou renovando as energias do atacante e o fazendo elaborar uma nova meta para o mês do retorno da cantora.

— Não é por que vocês estão separados fisicamente que devem abandonar a comemoração do primeiro aniversário. Isso é apenas uma alteração na data, nada além disso... – Henry insistiu em certo momento.

Killian não sabia como mas, mesmo com aquela maneira tão simples, ele já sabia o que fazer.

E estava firmado.

Talvez ele não precisasse de ninguém, apenas desejasse que outra pessoa estivesse por perto para ocupar um lugar de cúmplice nos planos, mesmo sem conhecimento ou sequer autorização.

Honestamente, mesmo se não fosse o caso, não seria necessário muito esforço para que o atacante se convencesse, pois West era extremamente convincente em seus discursos sobre fé e esperança. E fora isso que ele o ofereceu com alguns minutos no celular, pois, naquela noite, o moreno deitou em sua cama com a antecipação de um novo dia, ansioso para dar os primeiros passos de seu novo objetivo.

(Algo que, obviamente, também envolveria todo o Quarteto...)

— O que vocês vão fazer depois do treino hoje? – o capitão indagou aos amigos enquanto amarrava suas chuteiras, e aproveitando que o vestiário estava pouco movimentado naquela manhã.

— Acho que nada. – Robin respondeu de imediato.

— Eu ia sair com Violet, mas ela tem outra reunião na empresa.

— Will? – Killian chamou, tentando puxar informação do único que ainda não havia se pronunciado.

— Eu ainda não tenho certeza. Só sei que tenho que reabastecer minha geladeira que há séculos não vê comida de verdade lá dentro e Belle já está começando a reclamar. – o homem contou. – É sério, aplicativos delivery arruinaram a minha vida!

os aplicativos, não é?! – Locksley brincou. – Mas o que você quer, Killian?

— Arrumar algo para ocupar nosso tempo.

— Como assim?

— Nós quatro vamos começar a ter aulas de violão.

E, com o anúncio, o trio liberou sonoras risadas, ignorando a seriedade daquilo que lhes fora dito e acreditando ser apenas mais uma das gracinhas do moreno. Jones, por outro lado, permaneceu imóvel, os encarando e esperando para que acabassem com aquele pequeno show.

— Eu estou falando sério.

— Mas por que nós faríamos isso, pelo amor de Deus?

— Porque em abril Emma e eu completamos um ano de namoro e eu quero bolar uma surpresa para ela.

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